.sr patinhas

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— Porque diabos eu tenho que ir até o vizinho, porque você jogou seu gato de pelúcia na varanda dele por acidente? — Keisuke encarou a irmã menor, com seus seis aninhos completos e sorriso banguela, por ter caído no skate a dois dias.

— Porque mamãe disse que você é o responsável quando ela não tá e não é gato, é o sr. Patinhas, chame pelo nome! — Para uma criança de seis anos, Megumi conseguia por autoridade naquela situação de forma natural.

Principalmente porque ela estava de pé na cadeira e Keisuke estava sentado no chão, com uma xícara de café em mãos, cabelos presos num coque totalmente mal feito – Chifuyu riria da sua cara se o visse – e usava pijama preto com bolinhas rosas – presente de sua mãe.

— Eu sou o mais velho, vai você.

— Eu sou uma criança, tenho seis anos e se for alguém ruim? — Ela pontuou. — Vai deixar sua irmã menor com um desconhecido?

— Merda... — Resmungou, como diabos ele estava perdendo num diálogo com uma criança de seis anos? Fucking seis anos! — Tá bom, eu vou lá depois.

— Eu preciso do sr. Patinhas agora.

— Meg...

— Nii-san

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— Onde foi que ela aprendeu aquele olhar? Que merda. — Keisuke resmungou, terminando de fechar a porta, havia perdido uma guerra de olhares com Megumi. Ela aprendeu a imitar o olhar da mãe deles e agora o tinha nas mãos.

Baji Keisuke não podia contra as mulheres daquela família – elas eram assustadoras.

Bufou ao avistar a porta do vizinho, respirou fundo e contou até três, batendo na porta e ouvindo um "já to indo" animado e se questionou que tipo de ser humano ficava animado de manhã, principalmente às 9 horas e pouco. Seu vizinho era doido.

"Merda Meg, olha onde se me joga a porra do gato de pelúcia?!"

Quando a porta foi aberta e o misterioso vizinho do andar de baixo apareceu, Keisuke retirou qualquer xingamento que tivesse atribuído as coisas que Megumi fez, na verdade ele estava glorificando a criança de seis anos.

"Meg, você é uma enviada dos deuses"

— Oi. — O jovem de cabelos bicolores, sorriso calmo e olhos marcados pelo delineador preto, encarou a figura à sua frente.

— O-oi — Merda, quase gaguejou diante daquele homem.

"Eu sou tão gay"

— Posso ajudar? — Voz melodiosa, deuses, Keisuke pagaria uma eternidade só para poder ouvir mais aquela doce voz.

— É... minha irmã, ela — "Respira, lembra como respirar né?"— Ela deixou o sr. Patinhas cair na sua varanda.

Deuses, Keisuke estava parecendo a porra de um virgem naquele momento – jurava que conseguiria sair de seu corpo e ver-se como Takemichi naquele momento, quando ele foi se declarar para Draken e parecia ao ponto de morrer de vergonha, sorte que o tatuado entendeu as falas do mesmo, porém Keisuke não sabia se aquele anjo gostoso pra caralho seria capaz de compreender.

"Foco, Baji Keisuke!"

— Sr. Patinhas? — Sua voz saiu alegre e a risada gostosa que saiu de seus lábios fez Keisuke ter um gay panic diante de tamanha fofura quando ele ria. Céus, como alguém podia ser tão perfeito? — Acho que está falando dele, né? — O vizinho puxou mais a porta, demonstrando o que ainda escondia com o braço direito, revelando um gato de pelúcia, com alguns remendos e usando uma roupinha de dorayaki – Mikey havia dado aquilo para Megumi de aniversário.

— É, esse gato. — Sorriu envergonhado.

— Eu ouvi ela chamando por ele quando caiu, pensei em deixar na porta de vocês depois, mas você venho buscar. — Sorrindo, estendeu o gato para Baji. — Prazer, Hanemiya Kazutora.

— Ga-digo, Baji Keisuke.

— Ok, Baji Keisuke. — Kazutora riu fraco. — Eu tenho que sair depois, então a gente sê vê por ai?

— Claro! — Respondeu prontamente, sorrindo feito bobo diante de Kazutora.

— Até mais, Baji.

— Até mais, Hanemiya.

— Me chame de Kazutora, não gosto muito de Hanemiya.

— Kazutora, nome bonito – "como o dono".

— Obrigado. — A porta fora fechada e Keisuke girou os calcanhares, sorrindo feito bobo ele saiu andando, dando eventuais pulinhos e agradecendo aos deuses por Baji Megumi ser sua irmã menor.

— Meg, eu te amo irmãzinha.

Vizinho - BajitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora