Era dia 8 de abril e estávamos nos aproximando de mais uma cidade litorânea que ficava relativamente na reta do Monte Amiata. Estava na cabine de controle junto de Kaayra.
Jafari: tá chegando no fim a missão
Kaayra: graças aos deuses, não aguentava mais essa missão
Jafari: foi tão ruim assim? *Sorrindo brincalhão*
Kaayra: não é que foi ruim, foi exaustivo só.Jafari: você fez coisas demais durante a missão, não é?
Kaayra: é...
Jafari: vou ter que fazer uma restrição médica para você?
Kaayra: *rio baixo e olho pra ele* você não é meu médico, não vai adiantar
Jafari: *dou de ombros* sem problemas, eu peço pro WillKaayra: Will não é mais meu médico, lembra?
Jafari: mas você ainda respeita ele como se fosse...
Kaayra: ok, ok, você venceu.Abracei ela por trás, me encaixando entre as asas dela e beijei seu pescoço, o que a fez arrepiar muito. Ri baixo contra a nuca dela e observei ela se arrepiando. Ela tentou me afastar, mas não deixei.
Kaayra: assim vai me fazer bater o barco *muito corada*
Jafari: você não bateria esse barco nem se estivesse furiosa, eu conheço você. E sei também que gosta de me sentir assim, pertinho de você *beijo a nuca dela*Kaayra: odeio que você esteja certo. E cadê o menino tímido que você era? Tá muito assanhado...
Jafari: você não gosta de mim assanhado?Kaayra pensou por um tempo antes de falar.
Kaayra: gosto. Mas e se meu pai descobrir pelo cheiro que você andou próximo demais de mim?
Jafari: seu pai não vai me matar por isso, vai?
Kaayra: sinceramente? Não sei.Jafari: isso faz eu ficar nervoso, minha parceira
Kaayra: você não tem ideia do quanto eu mesma estou nervosa com isso
Jafari: só precisamos tomar cuidado
Kaayra: sim, simEstava tudo tranquilo, finalmente. Mesmo que estejamos nos aproximando do grande risco principal, estava tudo tranquilo ali. Ficamos em silêncio, aproveitando a companhia um do outro, quando Kaayra se virou de frente para mim e nos fez cair no chão, segundos depois, algo passou raspando nas asas dela, fazendo-a gemer de ardência. O objeto se fixou no centro do alvo. Kaayra se levantou de cima de mim e duas partes de penas caíram de suas asas para o chão.
Jafari: está tudo bem?
Kaayra: sim, sim. Só ardeu um pouco.Ela foi até o alvo e tirou uma faca com ponta de madeira e cabo de ferro negro. Apesar de a lâmina ser madeira pura e entalhada, mesmo de longe era perceptível que era algo que poderia perfurar e cortar qualquer tipo de carne. Ela se aproximou de mim novamente, enquanto eu levantava e ela mesma estudava a faca.
Kaayra: que faca... Diferente
Jafari: você acha que alguém a atirou para nos acertar?
Kaayra: não... Eu teria sentido antes, bem antes. Ela na verdade parece que surgiu do nada, como se um portal ou algo assim a transportasse para cá. Mas eu não reconheço esse material, esse tipo de madeira
Jafari: parece... Madeira de freixo.Ela me olhou curiosa, esperando minha explicação.
Jafari: é um tipo de madeira que existe nos livros de Acotar... São o único tipo de arma não-feérica que pode matar um feérico.
Kaayra: qualquer coisa feita dessa madeira pode matar um ser mágico? *ri com desdém* então eles não são seres tão poderosos assimJafari: são mais poderosos do que você imagina. Mas, como uma faca de freixo apareceu do nada?
Kaayra: não sei, meu Sol... Também não achei sentido nisso... Assim como não acho sentido nas visões que vimos aquela vez
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As Sete Pecadoras e o Deus do Mar
Fiksi PenggemarA personagem Kaayra Lótus embarca em uma nova aventura para salvar o mundo em que vive, porém dessa vez será ela, Helena e 5 novas semideusas. Uma viagem árdua e longa para derrotar um novo inimigo, conhecer um novo alguém importante pra ela e salva...