22. Dia Quase Perfeito

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- Você chegou, vem comigo! - ele estende a mão e eu seguro. Isaac anda comigo pra dentro da floresta e eu me arrepio por estar aqui. Faz eu me lembrar do dia que eu saí do cofre.

Do nada ele para e se vira pra mim.

- Tá, agora eu preciso que você feche os olhos!! - desconfio um pouco, mas faço o que ele pede e sou guiada até ele me parar de novo.

- Já posso abrir?! - estico os braços e tento achar ele.

- Pode sim - ele ri e eu abro os olhos.

Estamos numa área que parece ser o fim da floresta, dá pra ver toda a cidade daqui. É magnífica! Ainda mais agora que é quando o Sol está se pondo.

Ele colocou uma toalha de mesa azul-marinho grande estentida na grama. Tem uma cesta de piquenique e uma caixa térmica em cima da toalha, uma moto que parece que nunca foi usada está perto de uma das árvores a nossa volta.

A única coisa que consigo fazer é abrir um sorriso e admirar tudo o que ele fez aqui.

- O que achou?! Eu não fui te ver porque tava ocupado com isso. O Liam sabia que eu ia fazer isso, ele me disse que inventou umas desculpas pra você não me procurar.

- Eu tô sem palavras, é tudo muito perfeito. Você é perfeito! - vou até ele e o beijo.

- Ah, aquela moto ali é pra você! - ele me vira em direção a moto.

- Pra mim? Foi muto caro? Não precisava gastar dinheiro comigo!

- Meu pai não era uma das melhores pessoas do mundo, mas tinha uma grana boa pra me dar como herança. Eu nunca soube bem o que fazer, aí lembrei de você!

Ele me convida a me sentar. Ficamos um do lado do outro, apreciando a vista da cidade com o céu escurecendo. Comemos, bebemos (nada que me deixasse doidona como na noite da Casa do Lago), andei um pouco na moto com ele pela floresta, deitamos na toalha de mesa encarando um ao outro, foi tudo muito maravilhoso!!

Ouço barulhos e acordo. Eu e Isaac tinhamos dormido, mas eu não consegui deixar esse som pra lá. Tem alguém aqui, eu sinto. Não vou acordar ele, só se for muito necessário.

Levanto com cuidado e olho em volta. Vejo alguém se aproximando, é um daqueles caveirinhas. Logo do lado dele, vem a desgraçada da Kate.

- O amor adolescente. Patético!

- O que você veio fazer aqui? Pelo que eu saiba, não sou lobisomem.

- Não, você é uma criatura melhor. Quando me achou eu senti uma coisa estranha em você e hoje eu vou descobrir o que é! - o Berserker se aproxima e eu cutuco o ombro do Isaac, acordando ele.

- O que foi? - ele murmura.

Quando vê que eu to em pé com uma expressão não muito boa, ele levanta depressa.

- O que ela tá fazendo aqui?

- Eu não sei.

O Berserker se aproxima do Isaac. Outro surge do meu lado e me segura pelo braço. Isaac tenta me soltar, mas o outro Berserker segura ele e ficamos sem ter como nos mexer. Kate vem até mim e me encara.

- Você é Banshee?

- Sim, eu sou Banshee, quer um teste? Eu grito no seu ouvido até estourar sua cabeça.

- Gosto de você S/n. Você não tem medo de falar o que pensa, mas ao mesmo tempo não fala tanta merda assim.

- Solta a gente, você não tem nada pra ganhar comigo, não posso transformar alguém em lobisomem porque eu sou Banshee caso não saiba disso ainda.

Mais que um Rostinho Bonito (S/n)Onde histórias criam vida. Descubra agora