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Ela não tinha feito muito para se vestir para a festa. Tentou domar um pouco o cabelo e vestiu seu jeans e camiseta favoritos. Já passava da uma da manhã. Ninguém ali dentro a reconheceria a essa hora com a quantidade de álcool e poções que normalmente eram consumidas nessas festas.

A sala comum era exatamente como ela se lembrava. Tetos azuis escuros e janelas grandes. Estantes caras e móveis antigos. No meio da sala, todos estavam reunidos, dançando e bebendo. Algum tipo de música eletrônica estava tocando, a base tão intensa que ela sentiu no estômago. Vários casais estavam se beijando. Outros estavam encharcados de suor por terem dançado durante horas. Luzes azuis e roxas piscavam na pista de dança.

Ela tentou procurar as pessoas quietas nos fundos. Geralmente eram os nerds da Corvinal que vendiam poções.

De repente, alguém a agarrou, abriu sua boca e ela sentiu um líquido frio atingir sua língua. Vodka. A garota a soltou com uma risada e desapareceu na multidão. Hermione tossiu, limpou a boca e caminhou em direção a um cara atrás, que estava ali sozinho. Ele não parecia nem um pouco bêbado. Ela ficou ao lado dele, olhando para a multidão dançando.

— O que você quer? — Ele perguntou a ela em voz alta por cima da música.

— O que você tem?

Ele olhou para ela irritado. — Não vou ser dedurado pelo animal de estimação do ex-diretor.

— Você não ouviu? Fui rebaixado a vagabunda da Sonserina.

Ele bufou uma risada. — Gosto mais de você depois da guerra.

— Você sabe o que é sombra do rouxinol?

Ele se virou para ela, dando-lhe toda a atenção agora. — Que porra de pergunta é essa? É um ácido. Queima o tecido. Liquidifica orangotangos em segundos.

— Sim.

— Você acha que eu venderia essa merda em festas?

Ela balançou a cabeça. — Mas ela está disponível? Em algum lugar? Você conseguiria obtê-la?

Ele olhou para ela com firmeza.

— Eu te pagarei. Obviamente — ela esclareceu.

— Quanto?

— Cinquenta.

— Setenta.

— Estou aqui com uma bolsa de estudos. Sessenta é minha oferta final.

Ele contemplou isso por um momento. — Certo. Você tem um acordo.

— Qual o seu nome?

— Dominic. Entrarei em contato com você quando tiver.

— Quanto tempo vai levar?

Ele sorriu. — Alguém está desesperado. Não deve demorar muito.

— O que você está vendendo, afinal?

Ele tirou dois frascos do bolso. — Isso te anima — ele ergueu o branco. — Isso relaxa você e altera seu estado de espírito — disse ele sobre o frasco azul.

— Algum deles contém serrumtase?

— Tem certeza que quer começar com essas coisas? Talvez um pouco avançado para você. Mantém você acordado por horas.

— Você vende ou não?

Ele balançou sua cabeça. — Mirelle vende. — Ele apontou para a garota atrás do bar, atualmente preparando um coquetel.

— Para que você precisa dessas coisas, afinal? — Ele perguntou. — Por favor, diga-me que isso é para algo emocionante e não para um projeto escolar.

Damaged Goods | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora