Sentada no chão daquele banheiro, acendi um cigarro tentando manter minha ansiedade normalizada, era meu primeiro dia de aula naquele colégio, eu não era muito boa em lidar com pessoas.
Ouvi três batidas na porta da cabine que eu estava, levantei jogando o cigarro no vaso e dando descarga.
Abri a porta saindo, a garota logo entrou trancando a porta, fui até a pia lavando as mãos e passando a mão molhada na nuca.
—Novata, você por aqui.- Rue apareceu atrás de mim, ela parecia pior que o dia da festa.
—Oi Rue- notei Jules do seu lado.- Jus! - sorri abraçando a mesma.
—Vocês se conhecem? - Rue perguntou apontando para nós duas.
Afirmei com a cabeça, Jules resumiu como nos conhecemos.—Legal-Rue deu de ombros.—Oi Lexi.- Jules respondeu para a garota que tinha entrado na cabine que eu estava.
—Oi Rue.-ela lavou as mãos assustada e saiu.
—Garota estranha.- Falei baixo.- Tenho que ir, até mais pra vocês.
Caminhei pelo corredor abarrotado de alunos, ao olhar pro lado esquerdo notei Nate encostado em um dos armários, o garoto me encarou, lancei o dedo do meio, sua postura ficou rígida, passei por ele sentindo seu olhar queimar minhas costas.
Entrei na sala, o professor já estava sentado na mesa, caminhei até o fundo me sentando, logo ele começou a aula, os professores daqui dispensaram minha apresentação pública, o que agradeci mentalmente.
As aulas se arrastaram preguiçosamente e finalmente o sinal tocou, corri até o meu carro, precisava de drogas.
Cheguei a conveniência rapidamente, sabia que meu fornecedor preferido iria estar ali, eu sabia que ele era estressadinho, mas gostava dele.
—Mini fornecedor.- Cheguei falando alto.
Ele apareceu de dentro do freezer, estava começando a me acostumar com aquilo, me sentei em um banco que havia ali, ele revirou a olhos já com os pacotes.
—Garota você é uma viciada ao extremo? Vai ter uma overdose desse jeito.- jogou as drogas em cima do balcão.
—Tô pagando, então posso usar o quanto eu quiser.- dei de ombros.
— Por isso não gosto de ricos, são esnobes.
—Eu sei que você gosta de mim lá no fundo, fala se não sou sua cliente favorita.- dei risada.
Ele continuou sério.
—Você nunca dá risada? - perguntei.
—40 dólares. - disse por fim.
Joguei a nota em cima do balcão,continuei sentada ali.
—Tem cigarro?- perguntei e ele jogou uma caixa em cima do balcão.— Isqueiro?- tinha esquecido o meu no carro e estava com preguiça de ir buscar.
—Tu é folgada garota.- tirou do bolso.
Acendi o cigarro e traguei, ele contava alguma coisa no balcão, minha curiosidade sempre foi meu abismo.
—Isso aqui não deve ser seu, você tem família? -perguntei torcendo pra que ele não colocasse o revólver na minha cara.
—Você é da polícia? Parente do FBI? Pra que caralho pergunta tanto?
—Sou nova aqui, só queria saber mais de você.
—Me acompanha não que eu não sou novela.
—Não tô te acompanhando só quero saber.
Ele continuou calado, resolvi não perguntar mais, vai que ele jogasse uma bomba no meu carro, fiquei ali curtindo a vibe de uma musiquinha que saia de algum canto, quando um carro para na frente da conveniência, meus olhos se estreitaram tentando identificar quem era.
Um garoto com a barba ruiva sai do carro, não sei se era efeito da droga que eu já estava usando a uns dias mas meu coração coração um pulo, ele era incrívelmente bonito.
Ele entrou na conveniência devagar, seus olhos encontraram os meus, ele me olhou de cima a baixo, ele tinha uma sacola nas mãos, ele soltou no balcão, o garotinho olhou e entrou dentro do freezer.
—Então você é a maluca que apareceu aqui na outra noite?- a voz arrastada do ruivo me perguntou.
—Então sou tachada como maluca por aqui?- traguei o cigarro.
—Se você chama meu irmãozinho de garotinho, tem uma arma apontada pra cabeça e mesmo assim continua vindo aqui, sim.
—O garoto é seu irmão? -Enruguei a testa.
—Digamos que sim, meu parceiro de negócios.
—Ele é uma criança.
—Na sua visão garota.- ele respondeu acendendo cigarro.
—Vender drogas é de família então? - ri baixo.
—Ser viciada é da sua também?- ele riu.
—Não, esse papel só caiu pra mim infelizmente.- sorri amarelo.
—Qual teu nome?- seu olhar se voltou pra mim.
—Miranda e o seu?
—Fezco e o garoto é o Ash.
—Ash, então esse é o nome daquele carrancudo.
—Pois é.
Ash volta e se senta do lado do Fezco, ele fala alguma coisa baixa pro Fezco que me olha.
—Acho melhor você ir.- Fezco diz se levantando.
—Tá me expulsando ruivinho?- soltei o apelido sem querer.
—Ruivinho? - ele riu- garota tu é folgada.
—Já ouvi isso hoje.- me levantei.—Até mais Fezco e Ash.
—Eu vou matar você cara.- Ash falou olhando para Fez.
Acenei e sai, em um movimento olhei para trás e Fezco seguia meus movimentos, neguei com a cabeça e segui meu caminho.
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Be Mine || Fezco • euphoria
Ficción General"Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!" William Shakespeare Aqueles olhos penetrantes desvendaram todos os meus segredos, o toque dele arrepiava a minha pele por completo. Fezco, eu sou apaixonada por você. PLÁGIO É CRIME, USE SUA IM...