—Miranda eu já te disse pra aceitar esse contrato!- Olivia debatia nesse momento comigo.
—Os Jacobs querem dar um golpe na gente e você é cega demais pra ver isso! Tá transando com o Cal por acaso?-joguei na mesa.
A mulher ficou vermelha, ela parou no mesmo instante, nos encaramos por alguns segundos, a resposta estava bem clara, quem cala consente certo?
—Ah, por favor, é por isso que você faz tanta questão desse contrato! Quem é você Olivia?- estreitei os olhos me levantando do sofá.
—Isso não é verdade.- seu tom de voz era nervoso.
—Seu silêncio já disse tudo "titia".retruquei.
Sai batendo a porta, olhei para cima percebendo o céu cinza escuro, dando indícios de que iria chover, procurei as chaves do carro no meu bolso, havia deixado lá dentro, eu não iria voltar.
Andei pelas ruas sem rumo, meus pés já latejavam, um trovão podia ser ouvido ao sul, senti minha camiseta molhar, os pingos frios começavam a se tornar fortes, corri em direção a uma árvore que serviria de abrigo temporariamente.
—Ainda bem que deixei o celular em casa.-agradeci mentalmente.
A chuva estava se tornando mais densa, agora estava me xingando por ter deixado o aparelho em casa, já que não poderia nem chamar um Uber.
Abracei meu corpo tentando quebrar as rajadas de vento frio que vinham em minha direção, um carro parou ao meu lado, apertei os olhos tentando reconhecer quem estava ao volante, o vidro desceu devagar dando a visão de Fezco.
—Entra aí garota, você vai acabar ficando doente.
—E ser sequestrada? Não, obrigada.- continuei andando, ele me seguiu devagar.
—Você compra droga na minha conveniência e acha que eu vou te sequestrar? - riu baixo.
Suspirei vendo que não tinha opção melhor, entrei no carro trincando os dentes, Fezco olhou pra mim, vendo meu estado ele tirou a jaqueta que usava e jogou em meu colo.
—Você é muito doidona garota, quem sai em um chuva dessas? - riu pelo nariz arrancando o carro.
—Te pergunto o mesmo.
Ele me olhou pelo canto dos olhos.
—Sempre com uma resposta na ponta da língua.- deu um sorriso ladino.
O caminho foi silencioso, o som tocava baixinho algum tipo de trap, encostei minha cabeça no banco do carro, meus olhos ao poucos pesaram e tudo escureceu.
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Meu corpo estava deitado sob algo macio, levantei a cabeça vendo que estava em uma sala estranha, me lembrei que havia dormido no carro de Fezco.
Me sentei observando os detalhes, notei que estava deitada em um sofá, a minha frente uma poltrona, um centro com algumas bitucas de cigarros e maconha, uma TV meio antigo, as paredes com um tom meio alaranjado e mofo em algumas delas, olhei para trás e notei um balcão americano, separando a sala da cozinha.
Levantei e caminhei atrás de um banheiro, me olhei no espelho percebendo que estava com o rosto um pouco inchado, talvez pela maneira que estava dormindo.
Abri a porta dando de cara com Fezco me encarando, dei um passo pra trás colocando a mão no peito.
—Que susto garoto.- resmunguei.
—Foi mal aí branquinha, vi que você não tava no sofá e vim atrás pra vê se não tava fuçando nada.
Revirei os olhos passando por ele, ele veio atrás, me sentei no sofá, ele jogou uma camisa preta em meu colo.
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Be Mine || Fezco • euphoria
General Fiction"Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!" William Shakespeare Aqueles olhos penetrantes desvendaram todos os meus segredos, o toque dele arrepiava a minha pele por completo. Fezco, eu sou apaixonada por você. PLÁGIO É CRIME, USE SUA IM...