Tudo poderia acontecer de mal. De péssimo. De horrível. Engolindo em seco, você parou frente aquela porta horrorosa com somente um olho mágico, algumas garrafas de bebidas nos lados e muitos, muitos mesmo, homens do lado de fora olhando sua bunda.
— O que uma delícia dessas está fazendo aqui? — Um deles comentou, tragando o cigarro — É melhor voltar pro castelo, princesa.
Você ousou revirar os olhos e empurrou a porta. Entrou e o que não poderia ficar pior, ficou. Misericórdia. Escreveu novamente no caderno mental “ Tipos de vida que eu jamais, never, teria”.
Tantos homens em volta de mulheres que desciam até o chão com minis saias. Um barman chapado entregando cervejas, alguns velhos tarados tentando fisgar umas novinhas, muita droga e uma música de estourar os tímpanos.
— Eu acho que vou voltar, recuar ! Recuar! — Você virou o corpo para sair de novo, mas vários homens entraram e você foi obrigada a andar para dentro.
Empurrada e desonrada, você se encolheu perto da bancada do bar, onde tinham tantas garrafas de bebidas que dava pra abrir uma fábrica de garrafas.
— O que uma mulher como você faz num lugar como esse? — Uma voz masculina falou, te fazendo olha-lo. O homem que espremia limão em um copo lhe olhava sorriso.
— Nem eu sei. — Você riu pelo nariz — Pode me dar um pouco de água?
O homem te olhou por incontáveis vezes para só depois pegar a droga da água. Você deu um gole tão rápido que jurou engasgar com água.
— Aqui não é lugar para você, acho melhor sair antes que um deles te empurre em um canto e te faça de brinquedo.
— Eu não vim aqui atoa. — Você fez uma careta com o comentário dele — Aqui é mesmo um bar de uma gangue?
O homem até deixou o copo cair. Levantou os olhos para te olhar e entre abriu a boca. Xeque Mate! Talvez Mate literalmente.
— Por que você quer saber? Você é uma polícial?
— Não. Só fiquei sabendo e quis vir olhar um pouco. — Com mãos ágeis, você abriu os dois botões da camisa — Você poderia me dizer se é verdade?
Os olhos não só dele mas de outros homens passaram pela viga de sua blusa, olhando o volume de seus seios. Uma ajeitada nos cabelos e cruzando as pernas, você fez a cara mais sexy que pode. Mas jurava que estava ridícula.
Ele sorriu, e fez como aqueles desenhos onde os olhos do personagem pulam para fora e a língua tomba pela boca. Homens as vezes são nojentos.
— Depende. O que eu vou ganhar com isso? — Ele perguntou. Bom, talvez um troféu de melhor escroto.
— O melhor, meu amor. — Você ousou dar uma piscadela. Deus, ajude sua filha.
— Me espera lá atrás. — E antes que ele terminasse de dizer, suas pernas se arrastaram do banco e andou até o fundo do bar.
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𝐃𝐀𝐌𝐍 & 𝐁𝐎𝐍𝐓𝐄𝐍 | 𝙈𝙞𝙠𝙚𝙮
أدب الهواة━━━━ 𝐃𝐀𝐌𝐍 𝐄 𝐁𝐎𝐍𝐓𝐄𝐍 ⅼ ➟" Não demorou muito para um 𝗴𝗿𝘂𝗽𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗮𝗽𝗮𝘇𝗲𝘀 enormes aparecerem, entre eles, um tinha os 𝗰𝗮𝗯𝗲𝗹𝗼𝘀 𝗯𝗿𝗮𝗻𝗰𝗼𝘀 escorridos e 𝗼𝗹𝗵𝗼𝘀 𝗲𝘀𝗰𝘂𝗿𝗼𝘀, umas tatuagens estranhas e as mãos nos b...