Prólogo

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Estava em frente ao lugar que morei desde meus primeiros dias de vida, era doloroso ter que deixar esse lugar. A mudança é algo que não gosto, ter que mudar aquele lugar, aquela rotina, se auto mudar ou até mesmo os sentimentos. Essa mudança foi algo repentino que meu pai decidiu, ele achou melhor darmos um tempo desse lugar, ou que ia ser bom conhecermos novos ares.

-Porque temos que sair daqui?! Moramos aqui nossa vida toda- disse enquanto arrumava uma pequena bolsa. Papai havia dito que não iria precisar levar nada e que compraríamos tudo lá.

-Deixa de ser rabugenta Mahina! Vai ser bom sair desse lugar, eu me sinto sufocado aqui e até enjoei de olhar para o mesmo lugar- disse Tomoe enquanto se jogava na minha cama, eu o empurrei fazendo cair no chão- sua fedorenta!- apenas revirei os olhos

Tomoe, como posso descrever ele como uma raposa idiota?! Seria mais fácil. Bom, Tomoe sabe que causa um certo encanto nas pessoas e usa isso a seu favor quando lhe convém. É esperto, inteligente, debochado e às vezes é irônico e cínico. Mesmo sendo alguém muito crítico e de temperamento forte, também sabe ser gentil e protetor com quem ama.

Ele é meu guardião, designado pelo meu avô. Antes dele se tornar meu guardião, Tomoe se comportava como uma raposa cruel e desalmada que matava todos que atravessassem seu caminho e meu pai amava isso, afinal os dois se pareciam muito nisso. Tomoe não tinha instinto de bondade ou lealdade com ninguém e não suportava a fraqueza dos humanos, porém depois de me conhecer passa a compreender e entender melhor as pessoas e a ser mais compassivo e gentil com eles.

Nesse momento estávamos a caminho de Konoha, meu pai disse que foi o lugar onde o nosso clã passou mais tempo. Nosso clã sempre foi raro, desde o começo de sua criação e ficou extinto rapidamente depois da batalha que meu avô teve sobrando só dois deles.

-Está tudo bem, querida? Eu sei que você disse que iria ser chato ir para lá, mas conheça primeiro, é um ótimo lugar pra se morar tirando aquela raça humana- disse meu pai o olhei e suspirei, ele ainda com essa mania de tratar os humanos indiferente.

O que posso falar do meu pai? Ele se chama Inu-Daiyōkai Sesshōmaru, ele é uma pessoa fria, calma, calculista e inexpressiva. Não gosta de humanos, mas passou a aguentar e ser simpático depois que eu nasci, ao menos ele tenta fingir. É orgulhoso e confiante de sua própria força, facilmente irritável, principalmente com seu servo Jaken e não gosta de demonstrar o que sente, bom, mas comigo ele sempre está demonstrando amor, carinho, afeto e proteção de pai.

-Papai, o que eu te falei?!- disse franzindo o cenho

-Desculpa querida, eu juro que não quis me referir assim daquela raça- disse com tédio, porque eu ainda tento?! Escuto Tomoe rindo atrás de mim, idiota!

-Se você rir, eu juro que te derrubo!- disse olhando para trás e lançando um olhar mortal para Tomoe

-Você sabe que eu posso usar minhas chamas para amortecer a queda, sim?- disse com um sorriso debochado no rosto

-Pode é?! ENTÃO PORQUE NÃO VAI NELAS SUA RAPOSA IDIOTA!- o derrubei do manto de pele, o vejo gritar enquanto caí, afinal a altura que estávamos era absurdamente alta.- CADÊ SUAS CHAMAS AGORA, EM RAPOSA IDIOTA?

- VOCÊ ME PAGA SUA CAPETA!- disse entre gritos-SESSHŌMARU ME AJUDA- pediu

-Se vira, ninguém mandou provocar ela- disse meu pai com a mesma expressão fria de sempre.

-O senhor Sesshōmaru não tem tempo para essas coisas, isso é insignificante para ele- disse Jaken, ele era o baba ovo do meu pai. Antes que Tomoe chegasse ao chão, o peguei e coloquei em meu manto de pele.

-Então, cadê suas chamas?- ri da sua cara, o mesmo estava vermelho de ódio- o que foi? O gato comeu sua língua?

-Vai se fuder, eu podia ter morrido? Está louca?! Você vai ver só- o mesmo começou a tentar me bater e isso estava fazendo eu perder o foco.

O Clã Inu-Daiyōkai- NarutoOnde histórias criam vida. Descubra agora