Destino

Capítulo 1 Inicio

Mais uma nova batalha com o mais velho inimigo daquele grupo, Naraku, ele novamente estava atrás da jovem sacerdotisa da joia.

Inuyasha defendia Kikyou de duas crias do velho hanyou, Sesshoumaru lutava sozinho contra Naraku, e Miroku e Sango lutavam com mais crias, todos tinham a quem defender e os que precisavam de proteção a quem protege-los, menos a pessoa que o inimigo mais queria.

Kagome, a jovem sacerdotisa da joia, que não tinha noção alguma de seus poderes, uma jovem do futuro que nunca convivera com yokais ou hanyos, nunca tivera que aprender a lutar para sobreviver, nunca tivera que caçar, nascida em uma época totalmente diferente da que agora ela vivia, nascera em uma época de comodidade e de certa forma segurança, um lugar onde não havia mais aquelas criaturas que agora eram consideradas apenas mitos.

A jovem lançava flechas purificadoras, ajudando seus amigos a ferir os youkais, mas essas não eram fortes o suficiente para purifica-los totalmente.

A luta estava feia, InuYasha estava ferido e proferindo maldições, Miroku e Sango já estavam no limite da exaustão, e até Sesshoumaru estava sangrando.

- Miroku, Sango, peguem a Kirara e saiam daqui!

Sango olhou assustada para a amiga.

- Mas...

- Sango, vocês estão exaustos, vão morrer se continuarem aqui, vão.

- Mas e você?

Kagome lançou um sorriso cansado para a amiga e Miroku entendeu. Sem mais o monge pegou a exterminadora e a jogou no lombo da Kirara, e aos berros a exterminadora fora levada.

Com dois a menos a luta se agravara, Sesshoumaru fora lançado longe e InuYasha cercado. Kagome suava frio e não percebera que se afastara tanto da luta e que agora estava cercada a beira de um precipício.

- Ora ora ora, então a jovem reencarnação da minha poderosa Kikyou não é tão poderosa quanto sua antecessora? Kukuku... me passe os fragmentos jovem e eu poupo sua vida.

Kagome deu um passo atrás e ao não sentir o chão olhou para onde estava. A beira do precipício, agora ela sabia como era estar entre a cruz e a espada.

- Terá que me matar primeiro para pega-los, Naraku.

- Será um prazer.

Naraku estava pronto para matá-la, quando Sesshoumaru reapareceu atacando-lhe com sua espada, o hanyou bloqueou, mas o impacto das laminas fez com que o chão estremecesse e o ar se deslocasse e jogasse a jovem garota do despenhadeiro.

Kagome não teve tempo de gritar, se bem que nem vontade para isso ela tinha, lentamente seus olhos se fechavam e ela pode sentir a pancada de seu corpo de encontro com uma agua gelada. Se lhe perguntassem o que ela sentiu, ela não saberia dizer, ela não saberia dizer se a dor que sentiu em seu corpo era maior do que a que sentia em sua alma.

Ela mergulhou na mais profunda escuridão de sua consciência, seu corpo não sentia nada, não ouvia nada, era só ela e a escuridão, mas o engraçado é que ela sempre temera a escuridão, porem daquela vez se sentia tão à vontade, tão protegida, depois de tudo o que passara com seu amor platônico por InuYasha e a não tão recente atração que sentia por um certo Dai-Yokai, aquela escuridão e falta de sentidos era um balsamo para seu coração e alma destroçados.

Para as pessoas no penhasco o tempo parecia passar em câmera lenta, InuYasha segurando o corpo de Kikyou não conseguia desviar seus olhos do local que a segundos a garota do futuro estava, Naraku gritava em plena ira, pois, a pirralha levara consigo os últimos fragmentos, já Sesshoumaru não entendia a dor que sentira no peito, a dor de uma perda, uma dor que ele jamais deveria sentir por uma reles humana.