— Kageyama. Kageyama Tobio! ‒ Foi puxado, com cobertor e tudo, de sua confortável cama e por sua irmã mais velha, tão dócil e amável. ‒ Até quando vai ficar nessa cama?! Já passou da hora de você arrumar um emprego, sabia?!
— Não me enche nee-san. ‒ Subiu de volta para o colchão e se cobriu de qualquer jeito, abraçando sua pelúcia em formato de bola de vôlei.
— Tobio, você não pode ficar assim só porque foi rejeitado. Eu sei que você sonhava entrar para a Shiratorizawa, mas pense que ainda tem várias faculdades além dela. ‒ A mais velha se sentou na borda da cama, passando a mão pelos cabelos escuros do irmão. ‒ Por que não entra para a do Oikawa? Ele foi seu mentor e você o adora, não é?
— Eu não posso. Meus colegas da Kitagawa também foram pra lá e eles me odeiam. Atualmente eu sou o cara mais odiado da Seijou por causa deles. ‒ Se cobriu até a cabeça, fazendo Miwa parar de mexer em seus cabelos.
— Então... Que tal a Karasuno? Soube que o técnico do time de vôlei de lá vai voltar da aposentadoria. ‒ Kageyama se sentou na cama, os olhos brilhando.
— Nee-san... Eu estava tão triste com a rejeição da Shiratorizawa que tinha me esquecido da Karasuno. Obrigado Miwa-neesan! Eu te amo! ‒ Abraçou a irmã. Kageyama era um cara sério, mas só Miwa Kageyama conseguia deixa-lo assim.
— Certo, eu também amo você Tobio. Agora levanta dessa merda e vai procurar um emprego! ‒ Chutou a bunda do irmão, o jogando para fora da cama.
Às vezes Miwa era amável e às vezes ela chutava a bunda do irmão, mas o amava de qualquer forma.
Desde que seus pais morreram, Kageyama passou a morar com sua irmã e avó, aos seus oito anos de idade. Quando a mais velha dos Kageyama ficou doente e veio a falecer, Miwa e Tobio precisaram mudar de casa, encontrando uma na província de Miyagi, onde até hoje vive com sua irmã turbulenta. Kageyama se descobriu gay quando um garoto e uma garota se confessaram a ele. Não sentiu nada quando a garota se confessou, ao contrário do garoto ao qual teve um relacionamento de alguns meses, que terminou por conta da mudança que ele teve que fazer quando a avó morreu.
Desde então ele sempre gosta de se aventurar com rapazes de sua idade ou mais novos, mas acima dos dezoito, claro. Seu tipo perfeito? Rosto bonito e fofo, baixo, corpo delineado, com curvas nos lugares certos e que saiba ser uma bela vadia em uma cama. Kageyama era do tipo sadomasoquista, com chicotes, algemas e talvez umas cordas de alpinista.
Agora o moreno se encontra dentro do escritório de uma casa noturna, assinando um contrato temporário de bartender.
— Então é isso. Os horários são somente à noite e podem se estender até de manhã, então sugiro dormir durante à tarde ou tirar um cochilo em seu tempo livre. ‒ O homem de cabelos loiros pegou os papéis e os guardou em uma pasta dentro da gaveta.
— Ahm, eu pretendo fazer faculdade, senhor.
— Então faça seus horários. Pode começar hoje se quiser. Esteja aqui por volta das oito. Kaitlyn, chame Tadashi. ‒ Se levantou de sua cadeira, chamando a secretária do outro lado da sala. ‒ Eu preciso me distrair.
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Bartender
FanfictionO que acontece quando você é obrigado a procurar emprego e acaba encontrando um em uma casa noturna, como bartender? Kageyama Tobio descobriu isso da pior forma quando começou a ter um ruivo atrás de si e isso estava o deixando louco. Não pelo fat...