Capítulo 17

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- Calma pai, eu só caí sem querer e Hawks me ajudou vir até aqui.

Luís: Viu? Por isso que eu não gosto desses heróis, eles fingem que são bons.

- Pai, por favor. Pare de falar dos heróis desse jeito!

Luís: Mas...

- Sem mas, eu acho que foi uma péssima ideia ter vindo aqui. Hawks, me leva para a minha casa, por favor.

Luís: Não, você vai ficar aqui em casa até estar melhor! - Ele diz olhando para o Hawks com raiva.

- Olha, pai. Não quero incômodo.

Luís: Mas, você não incomoda, minha filha.

- Eu disse que não quero incômodo da parte de vocês e não que eu vou incomodar!

Cecília: Essa menina é muito abusada. - Uma das gêmeas falou revirando os olhos.

Júlia: Se acha a rainha. - A outra falou.

Luís: Chega vocês duas! Não quero discussões.

- Vamos entrar, minha perna está doendo. - Tentei inventar uma desculpa.

Luís: Claro, me desculpe por isso. Vamos logo entrar, para você descansar.

Meu pai abriu o portão e Hawks me ajudou a ir até a sala, me sentei no sofá e ele ficou ao meu lado.

Hawks: Então quer dizer que você quebra o braço e sua perna que dói?!

- É que estava frio, e eu não queria que os vizinhos ficassem vendo a briga lá fora.

Hawks: Sua sapeca, você sabia que é muito linda?!

- Obrigada, mas desse jeito eu fico sem graça.

Hawks: Linda. - Ele me deu um selinho e começou a fazer cócegas em mim.

Depois de um tempo, meu pai voltou e viu nós dois rindo. Hawks se afastou um pouco e meu pai ainda nos encarava, ele cruzou os braços e sentou no sofá que ficava de frente para o que estávamos. Ainda encarando o coitado do passarinho.

Luís: Rika, vocês estão namorando? - Ele perguntou, agora me encarando e com uma sobrancelha franzida.

- Não, pai. - Respondi a verdade.

Hawks: Só por enquanto... - Ele falou baixinho.

Luís: O que? O que você disse? - Meu pai perguntou a ele.

Hawks: Só por enquanto ela não está namorando, mas ainda vou namorar com sua filha. - Hawks olhou para mim dando um sorriso e eu fiquei envergonhada.

As gêmeas que já tinham entrado na sala ficam se mordendo de raiva. Por um lado, era bom irritá-las, já que elas viviam dizendo serem fãs dele.

Jéssica: Mas, meu marido não vai deixar. Ele sabe que heróis não prestam, não é, querido?! - A mulher do meu pai disse chegando perto dele.

Luís: Olha, sinceramente eu acho que estou só me distanciando da minha filha, não deixando ela decidir o que quer da vida. - Meu pai que disse isso? O que fizeram com o Luís verdadeiro?! Eu estava chocada.

- Pai, o que deram para o senhor beber? - Ele não era assim, algo de errado não estava certo!

Olho para a cara da mulher do meu pai e ela estava com a cara mais feia do que já era. Certeza que foi porque meu pai não concordou com ela.

Luís: Depois do dia que aquela faculdade pegou fogo, fiquei com medo de perder você. - Senti verdade na fala do meu pai.

Jéssica: Todos nós ficamos preocupados, você é da família! - A mulher do meu pai com a falsidade a milhão, certeza que era para meu pai achar que ela se preocupava comigo.

Luís: Quando vi você no portão com o braço engessado, fiquei com medo desse rapaz ter feito algo com você. Mas, vi que seus olhos brilham quando olha para ele. - Meu pai não estava colaborando, como ele falava uma coisa dessas com o Hawks perto?!

- É I-impressão sua, pai. - Por que eu estava gaguejando?

Hawks: Pois fique tranquilo, eu nunca faria mal nenhum a sua filha. Afinal, ela irá se casar comigo. - Ele disse sorrindo.

- Hawks! - Dei um tapinha fraco em seu braço.

Sebastian: Já chega com essa palhaçada, pai. Você vai deixar mesmo ele ficar com sua filha? - Os bater tentavam impedir a qualquer custo.

Luís: Chega, eu não vou ficar fazendo minha filha ter mais raiva de mim.

Sebastian: Então, o senhor já se esqueceu que foi um HERÓI que matou sua mulher?! - Ele falou com um sorriso bem pequeno no rosto e eu comecei a ficar com raiva.

Luís: Não fala dela, você não tem esse direito!

- Eu juro, que se você falar da minha mãe novamente, chutar suas bolas! - Fechei a cara e falei no tom mais sério que consegui.

E você acha que eu tenho medo de você? Sua Put.. - Não esperei ele terminar o xingamento e logo usei minha individualidade, foi um breve período de tempo, mas assim que tudo parou, eu me levantei e chutei sua cara.

Tudo voltou ao normal e sua boca saía sangue, minha rasteirinha fez estrago na cara desse cretino.

Jéssica: Ah meu Deus, chama a ambulância. - Ela grita desesperada, as gêmeas desmaiaram juntas, Hawks me segurou para não cair e meu pai ficou sentado no sofá, com a boca aberta.

Hawks: Vamos embora, vou deixar você na casa da dona Rose. - Hawks falou me levando para fora de casa.

Jéssica: SUA ASSASSINA, NÃO VAI SAIR IMPUNE! - A mulher veio em minha direção para me bater, mas Hawks entrou na minha frente e segurou as mãos dela.

Hawks: É melhor você não encostar um dedo nela! - Ele falou em um tom sério, que a fez engolir em seco.

Ele me pegou no colo e começou a ir para fora de casa, depois começou a voar e rir.

Hawks: Olha, eu sei que sou herói e tenho que salvar as pessoas, mas foi muito bom ver que você chutou a cara dele. - Ele começou a rir sem parar.

Eu comecei a rir junto com ele, enquanto voávamos pelo céu escuro.

- Não era minha intenção fazer aquilo! - Parei de rir e fiquei um pouco triste.

Hawks: Eu sei, meu bem. - Ele me deu um beijo na minha testa, o apertei mais forte depois de perceber que estávamos voando..



Desculpem a demora👽
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Nova Vida Ao Seu Lado (Hawks)Onde histórias criam vida. Descubra agora