Capítulo 1 Entrega

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Ela estava furiosa, furiosa e frustrada, mais furiosa do que frustrada, todos os nervos de seu corpo tremiam devido sua raiva, seus dentes doíam de tanto que ela pressionava um no outro. Quebrar suas antigas flechas não a estava acalmando, mas ela continuava, seus olhos estavam preenchidos por lagrimas, cuja as quais ela recusava-se a derramar, aqueles pequenos fragmentos de flechas serviram para a jovem ascender uma fogueira, mas sua raiva queimava mais forte que as labaredas a sua frente e lhe aqueciam muito mais o corpo.

Sentia-se quente por conta de sua raiva, mas sentia-se fria por dentro, tudo por conta de seu coração partido, seu estupido coração partido. Será que aquela seria sua eterna maldição? Sofrer por um amor que não seria correspondido? Ter sempre seu coração partido e a alma despedaçada?

As lagrimas começaram a escorrer por seu rosto, mas ela não emitia som algum, o único som produzido pela jovem era o estalar causado pela quebra das flechas, até que uma das lascas lhe cortou a palma da mão e furiosa ela gritou enquanto jogava o mais longe possível aquele pedaço inútil de madeira.

- Inferno!!!!!

A jovem de cabelos negros marchou até o riacho e deixou sua mão afundar na água gelada, levando seu sangue, e lhe causando mais dor, até o sangue estancar. Uma risada dolorida saiu de sua garganta e pôr fim a sacerdotisa se rendeu as lagrimas.

Com dor ela se afastou do riacho e voltou ao seu protótipo de acampamento, afinal não possuía uma tenda, apenas sua velha mochila, seu arco quebrado, suas flechas destruídas e seu saco de dormir. Tudo nela doía, tanto por fora quanto por dentro, sentia-se destruída.

Com destreza fez seu curativo e por fim jogou-se em seu saco de dormir.

Eles estavam em uma maldita batalha, aquele inútil tinha de protege-la e nem isso foi capaz, porque ficou atrás do monte de terra de sepultura e ossos, enquanto que ela teve seu arco quebrado e o corpo jogado de encontro com um rochedo a quilômetros de distância. Agora estava sem arma, com o corpo cheio de machucados, enquanto que a morta viva estava lá, plena e bela, sem um único arranhão e um sorrisinho cínico, que a jovem do futuro adoraria arrancar na base do tapa, mas nem isso era capaz, não pelos machucados, mas sim por não ser forte o suficiente para tal, e aquilo lhe frustrava de um tanto.

A sacerdotisa jogou o braço direito por sobre os olhos e tentou conter um gemido de dor, não dor física, mas emocional, era o prelúdio de um longo e doloroso choro.

Uma aura maligna chamou sua atenção antes que ela pudesse se entregar a dor de sua alma despedaçada e ela sentou-se imediatamente.

- Quem está aí?

Do meio das arvores uma figura estoica apareceu e Kagome prendeu o folego, afinal qualquer movimento seu ou fala acabaria em sua morte imediata.

- O que faz sozinha no meio da floresta, humana do bastardo?

Kagome fechou as mãos em punhos e o fuzilou com os olhos, a prudência indo pro espaço em questão de segundos.

- Primeiro eu não sou humana de ninguém, não sou um objeto a pertencer a alguém e segundo, o que eu faço ou deixo de fazer sozinha no meio do nada não é da sua conta, lorde do Oeste.

O rosnar dele lhe eriçou até os cabelos da nuca, ela estava apavorada, mas não seria por isso que deixaria que ele lhe intimidasse, mas seu corpo inteiro se retesou ao ver os olhos do youkai vermelhos, seu coração disparou ao vê-lo se aproximar lentamente, como um felino próximo ao ataque.

- Este Sesshoumaru irá ensinar bons modos a miko e como nunca mais desrespeitar este Sesshoumaru.

Kagome abriu a boca para responder, mas foi impedida pelos lábios do youkai que reivindicaram os seus com luxuria. A jovem tentou se afastar, mas suas mãos foram suspensas acima de sua cabeça quando fora deitada no chão, os olhos do youkai se encontravam rubros e a miko já não tinha força de vontade o suficiente para evitar que aquilo acontecesse, afinal quem resistiria a Sesshoumaru Taisho?

Sesshoumaru livrou as mãos da miko para que ele pudesse despi-la daquelas roupas estranhas e antes que a morena percebesse se encontrava apenas nas peças intimas de sua era com o lorde em cima do seu corpo reivindicando cada pedaço de pele com seus lábios, lhe arrancando suspiros e gemidos. Kagome livrou-se da parte de cima das vestimentas do lorde, por alguma razão queria sentir sua pele na dele, queria afundar seus dedos nas madeixas prateadas e deixar marcas de unhas nas costas do albino.

Kagome sentia-se derreter nas mãos daquele youkai, seu corpo inteiro queimava e sua mente estava em branco, ela pode sentir quando Sesshoumaru se livrou de forma bruta de seu sutiã e sua calcinha, os transformando em pedaços inúteis de pano, sentiu quando ele tomou seus seios e quando desceu até sua intimidade, quando a língua do youkai entrou em contato com as dobras dos lábios de sua intimidade ela sentiu seu corpo se retesar, não de medo, afinal junto veio um gemido que nunca seria confundido com nada que não fosse prazer, lentamente ele inseriu um dedo em sua entrada e continuou a trabalhar com sua língua, a jovem acompanhava os movimentos com o quadril, vendo que a morena já se acostumara ele inserira mais um e assim foi até que a jovem sentiu seu corpo colapsar e sua mente se apagar por segundos.

Ela arfava, nunca sentira aquilo em sua curta vida e sentiu-se quente novamente ao ver Sesshoumaru lamber os lábios e os dedos que estiveram dentro de si, aquele youkai era sexy demais para a sanidade da humana.

O youkai se posicionou em meio as pernas da humana, livrou-se com destreza de sua calça e antes que a miko pudesse pensar no que estava prestes a fazer ele a penetrou, o corpo da jovem se retesou com a dor repentina e ela soltou um grito agoniado, Sesshoumaru se esforçou para não começar a se mover e se pôs a distrair a sacerdotisa com beijos, mordidas leves e a brincar com seus seios. Quando a respiração da jovem voltou ao normal ele começou a se mover, primeiro lentamente observando o rosto da mulher, mas vendo que ela pedia por mais, ele se moveu mais rápido, perdendo para seus instintos até alcançar seu próprio ápice junto da jovem.

E aquele foi apenas o começo da noite, pois aquele ato veio a se repetir até que o sol nascera e eles se deram algumas horas de descanso e sono.

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