Damaged Goods | Dramione

08

Hermione mal tinha dormido. Pesadelos a acordaram novamente. Rony estava certo? Ela foi danificada? Nenhum deles parecia atormentado por pesadelos. Havia algo de errado com ela? Por que ela não conseguia superar o passado?

Ela voltou ao auto-isolamento, pois não queria entrar no grande salão onde Rony se sentaria com Ginny e Harry. Se a situação acontecesse, Ron seria mais importante para eles do que ela. Ela não os culpou. Era o irmão de Ginny e Harry sempre confiou mais em Ron. Ela era dispensável. Racionalmente ela entendeu. Mas isso não fez doer menos.

Um pergaminho apareceu em sua mesa e ela já sabia de quem era, dado o laço de seda verde com um M nele.

Tenho os ingredientes. Encontre-me no mesmo local às 22h.

Malfoy

P.S.: Isto foi obviamente escrito com uma pena mágica. Viu como elas são melhores?

Ela revirou os olhos e pegou sua varinha, dizendo um feitiço rápido e fazendo sua caneta trouxa desaparecer. Com um sorriso, ela estava se perguntando onde Malfoy estava agora quando sua caneta o atingiu na cabeça.

Segundos depois, outro pergaminho chegou.

Uma resposta bastante agressiva a uma discussão acadêmica, mas posso ver como você ficou sem argumentos e teve que recorrer à violência.

Malfoy

Ela pegou sua tinta mágica e escreveu uma resposta para ele.

Eu entendo que a arte de uma caneta trouxa está perdida para você. Há muitas razões pelas quais uma caneta trouxa é superior, das quais citarei apenas uma: ela irrita você. E assim, com a mais profunda simpatia pela sua falta de compreensão de qualquer coisa trouxa, assinarei meu nome com as canetas mais baratas de todas.

Sinceramente,

Granger

O pergaminho mágico realmente gemeu sob sua caneta trouxa, o que a fez rir ainda mais. Oh, isso certamente o irritaria. Alguém já se atreveu a usar uma caneta trouxa em papel mágico antes?

O próximo pergaminho apareceu quase instantaneamente.

Caneta trouxa no pergaminho? Granger, você me feriu.

Malfoy

Ela o considerava engraçado. De um jeito irritante, aristocrático e de sangue puro.

.

Ela não queria sair do quarto, mas já passava da hora do almoço e seu estômago roncou. Felizmente, o refeitório estaria vazio. No segundo em que entrou, viu Harry, Ginny, Ron e Maureen sentados juntos à mesa. Eles estavam conversando e rindo. Era como se ela tivesse sido substituída por uma versão melhor e mais bonita. Uma que não foi danificada. Uma que não fosse um fardo para seus amigos.

Como se tivesse visto um fantasma, ela saiu cambaleando da sala, esbarrando em alguém antes de voltar para o quarto, de onde só saiu quando chegou a hora de encontrar Malfoy. Ela havia encontrado uma velha barra de cereais que teria de servir para hoje. Em vez de pensar em seus amigos e em como não fazia mais parte do grupo, ela se concentrou na pesquisa. Havia algo tão relaxante no mundo acadêmico. Seu cérebro podia se desligar de todo o resto.

.

Felizmente, o corpo de Hobson não estava mais na sala. Já era bastante estranho trabalhar com Malfoy sentado perto dela.

— É impressionante — disse Hermione enquanto caminhava pela grande sala do laboratório. — Mesmo para uma instalação ministerial.

Ela esperava que Malfoy lhe desse uma indicação de onde eles poderiam estar, mas ele não disse nada, apenas a observou enquanto ela lentamente montava sua estação de trabalho. Um caldeirão no meio. Todos os ingredientes que ela pediu estavam à sua esquerda. À sua direita, um microscópio para examinar como o sangue funcionava com a poção. Ela estava animada para testar sua teoria. Se funcionasse, seria uma grande peça em sua própria pesquisa sobre poções.