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Embora Hermione não quisesse reconhecer isso depois de ter caminhado por 20 minutos pelo labirinto que era a floresta na propriedade dos Malfoy: Draco estava certo. A raiva que ela sentia era menos potente. Apesar de ser péssima em duelos, lançar feitiços havia dado a ela uma válvula de escape.

Quando ela acordou no dia seguinte, sua cabeça parecia mais clara.

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A sala de poções estava mal iluminada quando ela entrou. Ela sentiu o cheiro de vários ingredientes da aula do dia ainda no ar.

— Srta. Granger — Snape disse com desdém. — A que devo o enorme prazer da sua companhia.

Hermione pegou seu caderno. — Estou presa à minha teoria do sangue. Eu preciso de sua ajuda.

Um suspiro saiu de seus pulmões que parecia quase torturado. — Prossiga.

Ela se sentia estranhamente nervosa. Apresentar sua pesquisa fracassada para um dos melhores mestres de poções foi intimidante. Ela esperava mostrar a ele sua pesquisa completa quando realmente funcionasse. Mas ela estava presa e precisava de ajuda. Ela esperava que ele não apenas risse na cara dela e a chamasse de estúpida.

Abrindo seu caderno com suas pesquisas mais recentes, ela o colocou na frente dele. Com sua típica expressão vazia, ele leu e depois olhou para ela.

— Suponho que não esteja funcionando?

Ela mordeu os lábios. — Não.

— Seu primeiro erro está aqui. — Ele apontou para uma seção de sua fórmula. — Eu entendo que você queria usar cardo leiteiro com erva daninha para limpar o sangue, mas embora a erva daninha tivesse esse efeito, ela queimaria antes de chegar à corrente sanguínea devido à sua interação com o cardo leiteiro.

— Ah, sim, mas apenas os caules da erva daninha causam essa reação com o cardo leiteiro. Eu só usei as esporas.

Ele ficou em silêncio por um instante e então sua boca se curvou. — Esperta.

Por um momento ela desejou que alguém estivesse na sala para testemunhar Severus Snape realmente a elogiando. Isso aconteceu? Isso foi um sonho? Mas Snape já havia passado para o resto da fórmula da poção. Depois de fazer várias perguntas, ele finalmente disse como consertar.

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Ela mal podia esperar para experimentar a nova fórmula esta noite. Anotando as melhorias em seu caderno, ela ouviu uma batida na porta.

— Você não tem permissão para dizer não — Ginny disse com um grande sorriso.

— Posso saber para o que estou dizendo sim?

Ginny entrou com um grande sorriso. — Harry e eu vamos levar você ao novo pub em Hogsmeade. Eles abriram há dois dias.

Ela tinha boas lembranças de Hogsmeade. Voltar para lá depois de todo aquele sofrimento parecia uma boa ideia.

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Quando chegaram, tudo estava exatamente como ela se lembrava. Eles folhearam a coleção na Dogweed & Deathcab, procuraram as melhores e mais recentes varinhas na Ollivanders e procuraram livros na Tomes & Scrolls. Parecia que as coisas tinham voltado ao normal. Harry não a olhava com olhos preocupados; não a tratava como se ela fosse feita de vidro e estivesse prestes a se quebrar em um milhão de pedaços.

O novo pub era aconchegante, com bancos de madeira escura e velas por toda parte.

— Confira a melhor parte — disse Harry com entusiasmo enquanto saíam. — Ele vem com uma cervejaria ao ar livre.

Damaged Goods | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora