Expecto patronum!

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Harry tinha visto Draco agir de forma estranha novamente, diferente de todas as outras vezes, não fez um escândalo. Simplesmente pegou seu mapa dizendo "prometo não fazer nada de bom" viu por onde Malfoy ia e o seguiu. 

Ele achou estranho a direção que o outro estava indo, o mesmo estava sozinho, mas seus passos eram rápidos como se estivesse a ponto de correr.

O Grifinório o seguiu para sua segurança, todos queriam a cabeça de Malfoy. Querendo ou não, Harry era apaixonado por um menino mimado e metido, ele queria proteger seu amor.

Mas é claro que Draco não sabia de seus sentimentos, com toda certeza zombaria dele pelo resto da vida.

A noite estava fria e mesmo com Harry embaixo de sua capa, uma forte brisa passava sobre seu rosto anunciando a chuva que vinha. Potter observou a grande capa preta de Draco balançando com o vento.

Os cabelos loiros que estavam compridos e bagunçados um pouco esvoaçantes, mas o loiro parecia gostar daquele frescor, viu Draco por um momento parar para sentir.

Quando Harry finalmente percebeu que já haviam chegado em uma pequena e esquecida floresta, já que todos só ligavam para a Floresta Negra e com passar dos anos esqueceram que haviam duas ali.

O moreno se encostou em uma árvore, tendo Draco há dez passos dele, podia ouvir as folhas das árvores se movendo de um lado pro outro e percebendo como aquele lugar era calmo.

"Ótima escolha, Draco." O moreno pensou sorrindo sentindo seu coração ficar em paz por alguns segundos, logo ouvindo um choro o fazendo abrir os olhos que ao menos tinha percebido ter fechado.

Malfoy chorava não se importando se alguém iria o ouvir, ele sabia estar sozinho, mesmo com uma pequena inconveniência, mas ele não precisa manter sua pose.

Naquela pequena e calma floresta, podia chorar sem se importar com alguém chegando repentinamente, ou como iria explicar seus problemas para uma pessoa que realmente não queria ouvir.

" Você está bem?" "O que houve?" "Algum problema?" Eram perguntas que Draco ouvia, mas sabia que aquilo não era preocupação, era curiosidade. 

Blaise e Pansy sempre que o viam chorar, iam em sua direção e sem falar nada, apenas o abraçaram com carinho deixando com que pudesse chorar. E mesmo quando Draco se acalmava, eles não perguntavam.

Se o loiro não dizia, então com certeza perguntar não era uma opção, era sempre assim. 

Um respeitando o tempo do outro.

Mas cadê eles agora? Draco os mandou fugir para que não recebessem a marca negra, sua mãe questiona todos os dias se ele tem certeza. 

O loiro finge não entender sua pergunta...

- Tem certeza? Por que ela sempre pergunta isso? O mais importante é ela. - a voz rouca de Draco pode ser ouvida - Não, eu não tenho certeza. Mas também não posso os abandonar aqui. - ele continuou como se alguém estivesse o ouvindo.

E de certa forma alguém estava, Harry se segurava para não seguir seus instintos e o abraçar, mas como explicar do porque e como chegou ali sem que ele visse.

Só podia ouvir o choro de seu amor, mas quanto mais ouvia, uma súbita vontade de pegar a mão de Draco e fugir com ele era avassaladora.

- "Seja o menino perfeito" - ouviu a voz de Draco novamente - " O menino mimado dos Malfoy", " O filhote de comensal", " O príncipe da sonserina", "O insensível e idiota." - sua voz era triste. - Por quê todos julgam sem ao menos conhecer a pessoa? 

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