Capitulo 08

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A rotina da manhã de Alfonso mudara totalmente desde o nascimento de Nate. Antigamente ele pegava trabalho as 7:30, agora pegava as 9:30, assim podia acordar o filho com calma, alimentá-lo, aprontá-lo e levá-lo pra torre branca. Antigamente ele acordava e fazia o que bem queria, agora precisava ser silencioso, porque o menino podia acordar. Mas não se importava. Acordava mais cedo, porque precisava fazer suas coisas, e o deixava dormindo, mas só de acordar e ver o menino aconchegado nele, o rostinho inocente adormecido, o enchia de uma alegria sem explicação. Ele bem tentava fazer Nate dormir no próprio quarto, e as vezes conseguia, colocando-o lá enquanto dormia, mas a verdade é que os dois preferiam dormir juntos. Naquela manhã Alfonso acordou e sorriu, vendo o filho agarrado em seu braço, se soltou dele e seguiu sua rotina. Foi pro escritório, adiantou algumas coisas, voltou pro banheiro de onde saiu de banho tomado e barbeado, se aprontou e voltou pra cama.


Alfonso: Você não precisa acordar ainda, mas está pensando seriamente nisso. — Disse, acordando o filho, que assentiu — Está pensando? 


Nate: Tô. — Murmurou, dormindo, e Alfonso riu, beijando o cabelo do menino. Sempre o despertava 20 minutos antes dele precisar levantar.


Ele não sabia que seria um dia cheio. Logo voltou e acordou o menino, levando-o pro banho, então os dois se aprontaram e vieram pra sala, Nate bonitinho em uma calça azul clara e uma camisa branca e Alfonso impecável em seu terno cinza.


Nate: Bom dia, Ga... Gai... — Ele se atrapalhou, enquanto o pai o colocava na cadeirinha.


Alfonso: Gail. — Sussurrou, ajudando-o, e ele sorriu.


Nate: Bom dia, Gail.- Disse, todo pomposo, e Gail sorriu, trazendo o prato com o mingau dele.


Gail: Bom dia, menino Nate. Bom apetite. — Disse, tranqüila, e Nate atacou seu prato. Alfonso sorriu, tomando um gole de seu café e abrindo o jornal. Era impossível não gostar do menino.


Mas, falando na exceção a regra... Alfonso terminou seu café primeiro e foi aprontar suas coisas pra sair, checando o celular, deixando Gail ajudando Nate a terminar o suco, e se bateu com Jennifer sentada na sala. 


Jennifer: Alfonso, quanto tempo mais vai me dar esse gelo? — Perguntou, parecendo magoada — Eu disse a você, foi um acidente. Não atenda isso, me dê atenção. — O celular chamava.


Alfonso: O que teria acontecido se eu não tivesse chegado, Jennifer? — Perguntou, se sentando numa poltrona. O celular continuou — Teria batido no meu filho?


Jennifer: Sabe que eu não seria capaz! — Disse, exasperada.


Alfonso: Eu não sei de mais nada. — Cortou. O celular parou de chamar e caiu na caixa. A saudação de Alfonso soou na sala.


- Herrera, deixe sua mensagem.


Então veio a voz de Robert. Parecia afobado, apressado, não sabia se dizer ao certo. Alfonso franziu o cenho.


- Irmão, sou eu. Escute, eu sei que parece impossível, eu não... Não dá pra explicar agora. Anahí acordou. Venha pra cá.

Enquanto Você Dormia (Efeito Borboleta - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora