As semanas se passaram, e Anahí aprendia aos poucos, porém havia um avanço notável. Já aprendera a usar e controlar a voz, apesar de que não saber usar as palavras direito ainda. Alfonso ia lá todos os dias, e levava flores. Ela gostava dele. Ele não falava, pra não forçá-la, apenas ficava com ela, em silencio. Não parecia esperar nada, isso a agradava.
Anahí: Oi. — Disse, falando com ele pela primeira vez quando ele entrou no quarto. Alfonso piscou, sorrindo em seguida.
Alfonso: Oi. — Retribuiu, e ergueu a mão. Havia um buquê de rosas vermelhas — São pra você. — Anahí apanhou o buquê, cheirando as flores, tocando as pétalas.
Anahí: São muito bo... Bo... — Qual era a palavra? Ele esperou, quieto — Bonitas! São muito bonitas. — Agradeceu, e ele sorriu. — Porque você sempre vem? — Perguntou, curiosa. Ele ainda sorria.
Alfonso: Porque eu gosto de ver você. — Disse, simples, e ela sorriu, satisfeita. — Você se sente bem?
Anahí: Bem. — Assentiu. Ficava feliz quando ele ia lá. — Já posso andar. — Contou, animada. — Com anda... Anda...
Alfonso: Andadores. — Lembrou, e ela assentiu.
Anahí: É difícil, umas palavras me fogem. — Ela franziu o cenho, frustrada.
Alfonso: Vai passar com o tempo. — Garantiu. — E você poderá ir pra casa.
Anahí: Eu tenho uma casa? — O medico mandara ela desenhar uma casa essa semana, mas ela achou que sua casa era ali.
Alfonso: Tem. — Assentiu — Uma bem grande e bonita.
Anahí: Tem um jar... Jar... Jardim! Minha casa tem um jardim? — Perguntou, animada. Alfonso franziu o cenho. Moravam em um arranha-céu.
Alfonso: Não. — Ele viu o desapontamento no rosto dela — Mas podemos providenciar um.
Anahí: Pro-vi-den-ci-ar. — Soletrou, sem entender a palavra.
Alfonso: Conseguir. Providenciar e conseguir são sinônimos. — Anahí assentiu.
Anahí: Sua casa é perto da minha? — Ele sorriu de canto, vendo ela acariciar as rosas.
Alfonso: Bem perto. Na verdade, nós dois moramos na mesma casa. — Anahí franziu o cenho — Mas é bem grande, tem espaço. — Ela assentiu, pensativa.
Anahí: Porque moramos na mesma casa? — Perguntou, intrigada.
Alfonso: Porque eu era muito sozinho antes de você chegar. — Disse, neutro, e Anahí considerou por um instante, sorrindo pra ele em seguida.
Infelizmente houveram batidinhas no vidro. Alfonso olhou e era Robert, que o chamava, com outro homem. Ele era alto, tinha os olhos verdes e cabelos cor de mel. Alfonso pediu licença a Anahí, que ficou com suas rosas, e saiu.
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Enquanto Você Dormia (Efeito Borboleta - Livro 2)
FanfictionTRAILER OFICIAL: https://youtu.be/Um7zO-MwLKw Quando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das...