Capitulo 12

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Alfonso chegou no hospital sem Nate na manha seguinte. O menino custara a dormir, contando a Gail, eufórico, sobre a mãe. Depois, quando dormiu, teve febre. Robert alertada: Febre emocional. A vida de Nate sempre fora tranqüila, pacifica, e agora vinha esse tsunami de emoções. Não demorou muito melhorou e ele se ferrou no sono, apagado.


Alfonso sorria ao parar na porta do quarto mas Anahí... Chorava. Era evidente que chorava, mesmo que baixo. Entre o choro haviam alguns gemidos angustiados, algo que cortava a alma dele. Ele abriu a porta do quarto imaginando mil coisas: Ela lembrara tudo, chorava pelo que havia perdido, chorava de ódio dele... Mas ela só tinha um caderninho na mão, e um lápis.


Anahí tinha aulas, e estava aprendendo a escrever. Não era fácil, principalmente pelo tremor nas mãos. Robert disse que era resultado do coma, que passaria, mas a frustrava demais.


Alfonso: Ei, ei, ei! - Disse, se apressando até a cama e parando as mãos dela - O que foi?


Anahí: Eu não consigo. Eu queria aprender logo pra poder ir pra casa, e ficar com você e com o Nate. - Disse, totalmente triste - Minhas mãos ficam tremendo e eu não consigo. - Completou.


Alfonso: Está tudo bem. É difícil pra todo mundo. - Ela o encarou e ele secou o rosto dela com os dedões, apaziguando-a. Anahí respirou fundo, encarando-o. O fato de ele estar ali a acalmava, de novo.


Queria que você me presenteasse,

Um sonho escondido, ou nunca entregado...


Anahí: Eu sou burra. Olhe isso. - Ela apontou, desgostosa, o caderninho com as letras que ela tentara copiar.


Alfonso: Você não é burra. - Cortou, rígido - É só questão de tempo. O tremor vai passar. - Prometeu - Eu vou ajudar você.


Anahí: Onde está Nate? - Perguntou, dando falta do menino.


Alfonso: Ferrado no sono. Madison o trará mais tarde. - Anahí assentiu.


Anahí: Fique comigo. - Disse, triste, e ele acariciou o cabelo dela.


Alfonso: Sempre. - Prometeu, sincero, e ela sorriu de canto, abraçando-o.


Ele a abraçou de volta, confortando-a. Era tão frágil... Anahí fungou no peito dele, se sentido em paz novamente. Confiava em Alfonso. Se ele dizia que tudo ficaria bem, é porque era verdade.


Alfonso: Eu trouxe algo pra você. - Disse, mexendo nos bolsos.


Anahí: Chocolate? - Perguntou, com um sorriso de canto.


Alfonso: Não, chocólatra. - Brincou. Ela não entendeu a palavra, mas estava curiosa demais pra questionar. Ele tirou duas caixinhas de veludo da Cartier do bolso - São suas alianças.


Desses que não sei abrir diante de muita gente,

Porque o maior presente é só nosso, para sempre.

Enquanto Você Dormia (Efeito Borboleta - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora