Alfonso chegou no hospital sem Nate na manha seguinte. O menino custara a dormir, contando a Gail, eufórico, sobre a mãe. Depois, quando dormiu, teve febre. Robert alertada: Febre emocional. A vida de Nate sempre fora tranqüila, pacifica, e agora vinha esse tsunami de emoções. Não demorou muito melhorou e ele se ferrou no sono, apagado.
Alfonso sorria ao parar na porta do quarto mas Anahí... Chorava. Era evidente que chorava, mesmo que baixo. Entre o choro haviam alguns gemidos angustiados, algo que cortava a alma dele. Ele abriu a porta do quarto imaginando mil coisas: Ela lembrara tudo, chorava pelo que havia perdido, chorava de ódio dele... Mas ela só tinha um caderninho na mão, e um lápis.
Anahí tinha aulas, e estava aprendendo a escrever. Não era fácil, principalmente pelo tremor nas mãos. Robert disse que era resultado do coma, que passaria, mas a frustrava demais.
Alfonso: Ei, ei, ei! - Disse, se apressando até a cama e parando as mãos dela - O que foi?
Anahí: Eu não consigo. Eu queria aprender logo pra poder ir pra casa, e ficar com você e com o Nate. - Disse, totalmente triste - Minhas mãos ficam tremendo e eu não consigo. - Completou.
Alfonso: Está tudo bem. É difícil pra todo mundo. - Ela o encarou e ele secou o rosto dela com os dedões, apaziguando-a. Anahí respirou fundo, encarando-o. O fato de ele estar ali a acalmava, de novo.
Queria que você me presenteasse,
Um sonho escondido, ou nunca entregado...
Anahí: Eu sou burra. Olhe isso. - Ela apontou, desgostosa, o caderninho com as letras que ela tentara copiar.
Alfonso: Você não é burra. - Cortou, rígido - É só questão de tempo. O tremor vai passar. - Prometeu - Eu vou ajudar você.
Anahí: Onde está Nate? - Perguntou, dando falta do menino.
Alfonso: Ferrado no sono. Madison o trará mais tarde. - Anahí assentiu.
Anahí: Fique comigo. - Disse, triste, e ele acariciou o cabelo dela.
Alfonso: Sempre. - Prometeu, sincero, e ela sorriu de canto, abraçando-o.
Ele a abraçou de volta, confortando-a. Era tão frágil... Anahí fungou no peito dele, se sentido em paz novamente. Confiava em Alfonso. Se ele dizia que tudo ficaria bem, é porque era verdade.
Alfonso: Eu trouxe algo pra você. - Disse, mexendo nos bolsos.
Anahí: Chocolate? - Perguntou, com um sorriso de canto.
Alfonso: Não, chocólatra. - Brincou. Ela não entendeu a palavra, mas estava curiosa demais pra questionar. Ele tirou duas caixinhas de veludo da Cartier do bolso - São suas alianças.
Desses que não sei abrir diante de muita gente,
Porque o maior presente é só nosso, para sempre.
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Enquanto Você Dormia (Efeito Borboleta - Livro 2)
FanficTRAILER OFICIAL: https://youtu.be/Um7zO-MwLKw Quando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das...