Anahí: Pra casa? Eu posso ir pra casa com você? — Perguntou, ansiosa.
Alfonso: Eu trouxe roupas. — Disse, mostrando uma bolsa que estava aos pés dela — É só você se trocar, e nós vamos.
No fim Anahí vestia um conjunto de moletom azul claro, uma camiseta branca por baixo e sapatilhas, os cabelos caindo livremente pelas costas. Algumas enfermeiras vieram se despedir dela — havia história ali. Logo Alfonso a levou, guiando-a pelos corredores que ela não conhecia ainda. O carro esperava na porta do hospital, mas ela estancou na porta, o olhar distante, olhando os carros indo e vindo na rua.
Alfonso: O que foi? — Perguntou, segurando a mão dela.
Anahí: Meu pai... Meu pai está morto. É por isso que ele não pode vir. — Constatou, quieta. Robert dissera pra não contar a ela nada, então só lhe fora dito que a família dela não podia ir visitá-la, e que ela entenderia depois. — Está morto. Morreu em um acidente de carro. — Concluiu, o olhar desfocado, olhando os carros que iam e vinham. Ele congelou no lugar.
Ops.
Alfonso: O que mais você se lembra? — Perguntou, mortificado. Não conseguira nem um dia com ela. Anahí olhou em volta, e negou com a cabeça.
Anahí: Nada. Só me veio isso na cabeça. Eu estava feliz e me sinto muito triste agora. — Disse, desolada que dava dó.
Alfonso: Fazem anos. Anos antes do nosso acidente. — Disse, virando-a pra si — Ele te amava mais que tudo no mundo. Foi feito tudo o que foi possível. — Consolou, sentindo um alivio violento.
Anahí: Ele sofreu? — Perguntou, quietinha.
Alfonso: Não. Robert não deixou. — Garantiu, e ela assentiu. Ele a abraçou e ela retribuiu, abraçando-o forte — Não fique triste. Vamos pra casa, sim? — Ela assentiu, respirando fundo. Nem se lembrava o rosto do pai, mas por algum motivo saber que ele estava morto a fazia sofrer.
Alfonso distraiu Anahí durante a viagem, reapresentando ela a Nova York, apontando os lugares pela janela do carro. Funcionou, a dor foi suprimida pela curiosidade. Ela não conhecia nada. O motorista os deixou em frente ao prédio, e ela parou, lendo. Era um arranha céu a perder de vista, todo em mármore preto, e havia um letreiro discreto em letras prateadas, dizendo "Black Tower", e o numero do prédio.
Anahí: Nossa, moramos aqui? — Perguntou, passando pelo funcionário que abria a porta de vidro.
Alfonso: Moramos. — Disse, sorrindo de canto. Ela olhava tudo em volta, os olhos azuis deslumbrados olhando a portaria, o saguão e os elevadores.
Era tudo em mármore grafite, as paredes brancas. Ele afastou da cabeça que a ultima vez que ela passara ali, estava fugindo dele, desembestada, desesperada pra salvar Nate. Se ela não lembrava, tudo bem. Os dois pararam em frente ao elevador, e Alfonso o chamou. Ao entrarem no elevador luxuoso, com espelhos nas paredes, Anahí olhou o painel. Haviam botões pra os 35 primeiros andares, e a caixa onde se digitava a senha pros 05 do topo, que era onde os Herrera viviam.
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Enquanto Você Dormia (Efeito Borboleta - Livro 2)
FanfictionTRAILER OFICIAL: https://youtu.be/Um7zO-MwLKw Quando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das...