Faísca - ItaDei

Único

Havia um certo desafio em se envolver com alguém como Deidara e Itachi se sentia como uma faísca prestes a entrar em contato com um fio de pólvora.

O resultado? Uma explosão.

Era sempre uma explosão.

— Itachi... — Soou como uma súplica, um aviso, um pedido, mas o Uchiha não fez questão de interpretar. Os sinais que o corpo de Deidara lhe dava eram mais do que suficientes.

Era como o som agudo que anunciava o estouro de uma bomba e, ao contrário do esperado, Itachi não desejava fugir. A proximidade com o estouro só o deixava mais sedento e ele ansiava por aquele momento.

Um sorriso satisfeito lhe enfeitou os lábios. Havia alegria genuína no gesto, admiração, afeto e expectativa. Seu olhar estava voltado para o homem abaixo de si e ele percebeu que poderia observá-lo por horas. Nunca se cansaria.

De joelhos sobre o colchão, entre as pernas abertas de Deidara, ele vislumbrou a junção dos corpos, encarou, de forma desejosa, a forma que o outro absorvia tudo de si, lentamente.

Itachi subiu o olhar, percorrendo o torso tatuado, o rosto vermelho, a boca entreaberta e os cabelos.

Levou a mão até eles.

Os fios loiros contrastavam com o tom roxo de seus esmaltes e ele apertou o cabelo entre os dedos, com força, sem piedade, um sorriso lhe enfeitou os lábios quando ouviu o homem gemer abaixo de si.

— Hm? — Respondeu ao se inclinar sobre o outro, adentrando-o mais fundo por causa da posição.

Ele segurou os braços de Deidara acima da cabeça dele e se sentiu pulsar pela forma que era encarado. Os olhos azuis lhe fitaram com malícia, desafiadores e ele saiu lentamente, entrando da mesma forma, em seguida, somente para ver a determinação naquele olhar ser nublada com o prazer.

O inchaço nos lábios do homem loiro lhe mostrava o quanto ele segurava os próprios gemidos e Itachi sorriu, deixando um beijo sobre o rosto dele, mantendo sua boca próxima quando puxou seus cabelos com mais força, na região da nuca, fazendo-o se arquear, a cabeça jogada para trás.

— Geme para mim, Deidara — A voz grave soou e o outro estremeceu.

Itachi movimentou o próprio quadril quando se colocou de forma ereta. Sentia os braços trêmulos pelo esforço, mas não desejava parar, de forma alguma.

— Geme, amor — Sussurrou, enfiando-se com força, sentindo seu pau ser pressionado deliciosamente.

Ele sorriu ao ouvir o gemido abafado e soube que Deidara estava no limite, que não conseguiria se manter em silêncio por muito tempo.

— Você é tão lindo — Falou, o tom baixo, íntimo — Tão lindo.

O rosto de Deidara assumiu um intenso tom avermelhado quando Itachi separou mais as suas pernas e ele sequer pôde responder ao outro quando o Uchiha o penetrou novamente.

— Itachi! Porra! — Jogou a cabeça para trás, sentindo o corpo ser movimentado sobre o colchão por causa das estocadas brutas.

Encararam-se profundamente e ambos sentiram.

Era como o encontro de uma faísca com um fio de pólvora.

O prazer percorreu o corpo de Deidara, mais intenso a cada instante e ele gemeu, sem conseguir se conter, entregando-se à sensação. O suor escorria pelas pernas e ele ofegava pesadamente, seus ouvidos sendo agraciados pelos gemidos de Itachi e o som dos quadris se chocando.

— Isso — Gemeu com dificuldade quando o Uchiha envolveu os dedos no seu pescoço.

Itachi sorriu de forma ofegante, vendo o seu amor lhe encarar com os olhos azuis semicerrados, a face rubra, a boca aberta buscando por ar.

Deidara levou as duas mãos ao próprio pescoço sobre a destra de Itachi, fazendo-o apertá-lo com mais força, um sorriso ofegante e satisfeito lhe enfeitando os lábios quando os dedos lhe sufocaram com mais intensidade.

— Tão lindo — Itachi sussurrou, sentindo Deidara se contrair ao seu redor, as coxas trêmulas, a pele arrepiada — Goza para mim!

Ele gozou, o corpo inteiro se contorcendo sobre a cama, um gemido longo e entrecortado deixando seus lábios. Itachi se inclinou ao largar seu pescoço, colhendo seus ofegos com os próprios lábios enquanto o fodia com mais força, sentindo seus fios serem agarrados com firmeza.

Fechou os olhos, sentindo-se ser envolvido pela explosão que era amar Deidara quando o clímax lhe atingiu.