As vezes a vida tenta nos dizer coisas necessárias para nosso próprio crescimento, porém, nos recusamos a ouvir e ver o que ela tem para nos mostrar com medo de sofrermos. Preferindo a ignorância e a cegueira, ao invés da dura verdade.
Evitar as fe...
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MEL💄
Não sei quanto tempo já se passou que me jogaram nesse lugar. Ali, apenas havia uma cama e um pequeno banheiro a esquerda.
Permaneço sentada no canto do quarto, com minhas pernas encolhidas e os braços em volta das mesmas. Lágrimas caem sobre minhas bochechas, sinto medo, angústia, preocupação... O futuro é incerto.
Ouço alguém destrancar a porta e encaro na direção. Era um dos capangas de Augusto, e ao que parecia, ele trazia comida em uma bandeja.
Ele adentra e caminha até mim. Se abaixa e coloca a bandeja no chão a minha frente.
-É melhor comer para não morrer de fome. Será frustrante para nós se você morrer de outra maneira, além da que planejamos para você. -Fala firme.
Me sinto incomodada com ele que, continua parado a minha frente. Sinto seu olhar sobre mim e me encolho ainda mais.
O vejo levar uma das mãos até minha perna. Me levanto rápido e me afasto dele, sentindo medo.
-Ta fugindo por que? -Ele fala me empurrando contra a parede e ficando com o corpo colado ao meu, me causando arrepios.
Tento me desvencilhar, mas não consigo. Sinto ele tocar na minha bunda e aperta-la. Ele segura meu rosto a força e começa a beijar meu pescoço.
-Não, por favor! Para! -Peço chorando. Mas ele fingi não ouvir.
O homem me gira, fazendo com que eu fique de costas para ele e de frente a parede. Ele me agarra por trás e aperta meus seios, sinto seu membro pressionando minha bunda, sinto nojo.
Começo a gritar desesperada e ele tapa minha boca.
A porta se abre bruscamente, o fazendo assustar e, me soltar.
-O que você está fazendo? -Augusto indaga e desfere um tapa no rosto do cara.
-Desculpe, senhor! -Fala com a cabeça baixa.
Eu me encolho chorando e abraçando meu corpo. Me jogo no chão me sentindo uma merda, desabo no choro ainda mais, como uma criança.
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TYLER 💀
-Onde você vai, Tyler? -Will pergunta, me vendo andar até meu carro.
-Eu vou atrás dela! -Abro a porta, mas Will segura meu braço.
-Se você for, eles te prenderão lá e não terá escapatória. Irão te torturar até que conte onde está o caderno e aí, te matarão! A mesma coisa acontecerá com Melanie. Enquanto eles não souberem sobre o caderno, você e ela ficarão vivos. Aguenta mais um pouco, Tyler. Pelo menos até Peter conseguir a ordem para pegá-lo! -Diz me fazendo encara-lo. Ele tem razão.
-Você tem razão. Mas é difícil cruzar os braços, sabendo que Melanie está nos braços dele, Will!
-Eu sei, mano... Eu sei! Mas para salvar ela, agora, você precisa cruzar os braços e aguentar.
(...)
Anoitece. Me deito na cama e encaro o lado que Mel dormia, sinto meus olhos inundarem de água.
-Eu vou te salvar, minha Pandinha! Nem que eu tenha que matar cada homem que atravesse meu caminho, nem que eu tenha que matar meu próprio pai... Mas eu vou te tirar daí!
Eu não consigo dormir. As horas passam e meus olhos não conseguem fechar. Minha preocupação com Melanie, aumenta a cada minuto, não sei o que estão fazendo com ela, se a machucaram... Me sinto um inútil.
Dormir sabendo da situação dela é torturante e angustiante.
Encaro as horas no celular e vejo que já são 5:25 da manhã. Me levanto e ando até a cozinha, começo a fazer o café. Will dormia na pequena sala em cima de um colchonete.
Ouço o computador apitar, ando até ele e encaro a tela. Era uma mensagem de Peter.
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CONSEGUI! ESTOU INDO AI AGORA PARA RESOLVERMOS ISSO. JA ACIONEI A EQUIPE DE ATAQUE E ELES ATACARÃO AINDA HOJE.
