Capítulo 22

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Fico ali encarando a tela, lendo e relendo a mensagem sem conseguir me decidir se devo ou não a enviá-la. Volto meu olhar para o homem lindo que dorme ali tranquilamente em minha cama, e clico em deletar. Volto para a cama e me aconchego em seu corpo. Seus braços me envolvem pela cintura, ajustando-se perfeitamente a mim, e assim adormeço.

Acordo sentindo um delicioso aroma de café fresco. Olho a meu redor, e o único vestígio de que eu não dormi sozinha é o perfume inebriante da fragrância amadeirada do perfume dele, que permanece impregnada em meus lençóis. Puxo o travesseiro ao lado e o abraço, enterrando meu rosto nele, inalando seu cheiro gostoso, o mesmo do qual eu me lembrava de tempos atrás.

— Bom dia, minha princesa!

Ele aparece na porta do quarto e, em suas mãos, ele tem uma bandeja muito bem arrumada com um pouquinho de tudo que ele encontrou na minha cozinha. Não havia muita coisa, pois depois que eu cheguei da viagem, não fui nem a padaria. Mas ele até que se virou bem.

— Hum... Já com saudades? Só me ausentei por alguns minutos — Ele fala ao me ver abraçada ao travesseiro em que ele dormiu.

— Bom dia, Johnata. Posso me acostumar com esse mimo, café na cama? — Pergunto surpresa ao vê-lo ainda ali. Por um momento, pensei que ele tivesse ido embora.

— Tudo o que você desejar, minha princesa, faço qualquer coisa para te ver feliz. E eu não pretendo ir a lugar nenhum, já perdermos tempo demais. Agora sente-se, vou alimentá-la.

Tomamos o café da manhã em um clima muito gostoso, comendo, brincando e nos acariciando. Matamos a imensa saudade que sentíamos um do outro, e saciamos a necessidade de estarmos próximos.

— John, tem açúcar no meu cabelo — Falo rindo muito e sacudindo a minha cabeça, tentando me limpar.

— Deixa que eu limpo você.

Ele me olha com aquele olhar safado que sempre me deixou com a calcinha inundada, coloca a bandeja sobre a mesinha de cabeceira e vira-se, me jogando na cama. Dou um grito com a surpresa de seu movimento repentino. Ele devora minha boca com a mesma paixão de outrora, e eu mais uma vez me perco na intensidade de seus beijos, gemendo em seus lábios.

— Quantas saudades eu senti desta sua boca macia! Não houve um dia sequer em que eu não quisesse você comigo, nos meus pensamentos e no meu coração.

Seu corpo continua sobre o meu, me prendendo, apoiado em seus antebraços. E mesmo que eu quisesse, e este não é o caso, não teria como fugir. Sinto o pulsar de sua ereção e sei que não saio tão cedo deste quarto. Estou deliciosamente perdida.

Fazemos amor na cama mais uma vez, no chuveiro, quando tentamos tomar um banho, e na cozinha, sobre a bancada de mármore, finalizando com outra vez no banheiro. Eu penso em como fui capaz de viver sem esse homem por todo esse tempo. Nós somos perfeitos juntos, nossos corpos tem uma linguagem própria que eu não consegui encontrar em mais ninguém. Sabemos exatamente o que o outro deseja, e as palavras nunca são necessárias, pelo menos durante o sexo.

Me arrumo em tempo recorde, pois eu deveria ter me apresentado lá no hospital duas horas atrás. São nove horas da manhã e eu nem vi o tempo passar, é sempre assim quando estou com ele.

— Johnata, você está de carro? — Pergunto, conferindo a hora pela milésima vez.

— Não amor, não estou dirigindo ainda. A fisioterapia está ajudando muito, mas não quero forçar a perna ainda. O motorista me trouxe ontem, e em seguida eu o dispensei. Vou chamar um táxi.

— Faz bem em não forçar a perna. Não precisa, eu te deixo em casa.

Chego ao hospital e a primeira coisa que eu vejo é a cara feia do diretor.

Uma paixão sem limites (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora