Naquela noite, Tobio ouviu tudo que Hinata tinha a dizer, sobre como estava sendo difícil, e como este queria que tudo passasse, e ele o apoiou, dizendo que sempre estaria ali para ele. E pelo menos 3 dias na semana, Kageyama dormia na casa do ruivo, para não deixá-lo sozinho. Foi assim durante as cinco semanas que se passaram.
...
— Oe, Kageyama.
— Hm?
O rapaz olhou pelos ombros enquanto guardava os esfregões na dispensa do ginásio, permanecia com o olhar frio de sempre e o ruivo sorriu abertamente, se aproximando com uma toalha limpando o suor que acumulou na testa.
— Foi um ótimo levante que deu hoje..._ limpou a garganta, agora descansando a toalha sobre seus ombros._ Sabe, eu não queria voltar para casa hoje, sabe... Meu avô vai estar lá e... você sabe...
— Vem pra minha casa então._ cortou de forma simples, e trancou a dispensa caminhando para fora, sem antes puxar o braço do menor que o seguiu rapidamente.
...
Novamente Shouyou foi colocado no cano de sua bicicleta, e foi empurrado pela calçada, enquanto ambos mantinham um silêncio necessário. Deixou seu corpo cansado repousar no seu amigo, que se firmou para que ambos não caíssem, até chegar ao duplex de cores neutras que era localizado em uma rua calma. A bicicleta foi deixada na garagem e logo ambos entraram na casa, que teve a luz acesa em seguida.
— Tadaima.
Disse sem receber nenhuma resposta, mas este pareceu não se incomodar, apenas retirou seus sapatos e entrou apenas de meias em sua casa, sendo seguido pelo garoto que apenas o olhava curioso.
— Etto, Okaeri, Kage-kun._ disse o ruivo com um sorriso bobo, e logo foi abraçado pelo maior, retribuindo na mesma hora o vínculo, era costume dos dois demonstrar afeto quando estavam sozinhos.
— Obrigado, Boke._ disse com algumas lágrimas nos olhos enquanto encarava o outro, que apenas limpou o rosto do mesmo.
— Você sabe que eu também vou estar sempre aqui, porque eu gosto muito de você, rei._ sorriu abertamente, o que tirou uma risada anasalada do maior, que em um impulso deu um selo no canto de sua boca, ato que fez o garoto o olhar incrédulo.
Kageyama apertou mais o abraço e logo deu mais um selinho, porém agora nos lábios macios do ruivo, que sorriu novamente.
— Eu também gosto muito de você, boke.
" Deixar claro seus sentimentos, e apoiar seu amigo, é a melhor coisa à fazer no momento, ignore suas próprias dores para ser o pilar de alguém, com o tempo e amor elas serão curadas por si só, a desistência não pode ser considerada. O amor pode ser a cura para a depressão, demonstrações de afeto podem curar também. E com o tempo, tudo se ajeita. Deixei que a alegria substitui a dor, e que o coração e mente sejam curados lentamente. A dificuldade vai mostrar que no fim, a vitória será apreciada, e ficará tudo bem. Tenha em mente que dará tudo certo, e verá que tudo aconteceu, pois você deixou que acontecesse."
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Cinco Formas de Curar uma Depressão - KageHina
FanfictionQuando Kageyama percebe depois de uma aula de sociologia que seu melhor amigo e crush secreto pode estar em depressão, ele cria uma lista de possíveis formas de curá-la. História de minha autoria, postada anteriormente em 2018 na plataforma Spirit.