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Aqueles que tem olhos e mesmo assim não enxergam, aqueles que tem mãos e se mantém incapazes de sentir a vida, aos que gritaram e ordenaram:
Queime-as, enforque-as, execute-as!
Pobres mortais, o pedido...
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Quando cheguei na capital da Inglaterra eu tinha apenas 6 anos, era um herdeiro que viveu cercado de muitas pessoas, tendo companhia de muitos, mas nada se compararia a tê-los comigo. Meu rei e minha rainha, alguém que por questões óbvias eu cresci sendo armadamente proibido de chamá-los de papai e mamãe!
Eles olhavam-me e viam apenas um nome, o nosso nome sendo mantido espelhado em mim. Eu carregaria o nosso trono em minhas costas, eu carregaria a nossa lenda quando partissem. Algo que não demorou de acontecer, uma grande chacina foi direcionada aos Lupollo. Os reinos vizinhos queriam mais que acordos e tratados, eles queriam e conseguiram derramar nosso sangue!
Eles estavam retornando da cidade que se ergue ao oeste, Londres! Emboscados e sem nem conseguirem reagir, apenas sangraram até a morte. Suas cabeças foram enviadas para nós. E o pior, é que nem mesmo lembro-me de chorar. Como poderia sentir por pessoas que nem mesmo me amavam? Não se importavam com as minhas escolhas, e nunca estavam lá quando eu realmente precisei. Como eu choraria? Eu e Jasmine, minha irmã mais nova fora tudo que sobrara. Por isso os acontecimentos de hoje não poderão ser adiados!
Minha coroação chegou, e nessa manhã me erguia como Arthur Lupollo VI, o novo rei da Inglaterra!
Minha irmã por outro lado, é a princesa e a primeira que sentirá as consequências de minha nomeação!
TOC
Uma batida soa na porta dos meus aposentos, pelo grande espelho vejo o comandante de meu exército. Ele já estava com os olhos ao chão enquanto me viro e conserto a minha longa roupa.
― Eles o aguardam meu Rei!
Caminho em sua direção e ele segue sem me olhar.
― Minha irmã?
― A princesa já aguarda com as outras mulheres no grande salão! ― Edward responde.
Começo a caminhar e logo ele e mais dois me seguem, o silêncio se permanece enquanto nos aproximamos da grande sala do palácio, a orquestra já havia sido anunciada para não tocar enquanto me aproximasse. Diferente de alguns presentes nesse local, não via a data de hoje como uma celebração. Era mais um fardo que me fora passado!
Contudo, como um bom e cruel rei. Essa função que me fora passada será empenhada com sucesso!
Os inimigos, vingativos, ladrões e qualquer outro que vier ameaçar meu reinado pagará com a vida!
― Meu Senhor! ― assim que chegamos no salão Frederico se aproxima ― É um prazer estar aqui para nomeá-lo!
Faz uma reverência a minha frente, assim como as outras pessoas daquele salão. Passo por ele e começo a caminhar em direção do local que por anos admirei observar o meu pai, mesmo que de longe... o trono! Ele nunca me permitia vir aqui, não permitia que o tocasse, o abraçasse ou até mesmo falasse sem que o reverenciasse.
