Capítulo 04

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 CAPÍTULO 04

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CAPÍTULO 04

— E o misterioso caso das garotas, como anda?

— Ainda sem respostas, sem novidades. Ah, Joe. São tantas perguntas sem respostas, meu amigo. — Ethan lamentava acerca do caso com Joe, seu melhor amigo, no Niki's Bar, ponto de encontro do pessoal de New Empty depois do trabalho.

— Como pode, cara? Vocês quatro são os melhores policiais que já conheci em toda minha vida! Não é possível que não consigam encontrar uma pista desse maldito sádico!

— Pois é, Joe. Vivendo e aprendendo. Eu também me achava um bom policial, antes de tudo isso. Agora, já não tenho certeza de mais nada.

— A cidade está comentando, sabe?! O falatório tá rolando solto, as pessoas estão com medo e já não confiam tanto assim na polícia. Eu sei que estão fazendo tudo que podem, não me entenda mal. Mas isso nunca aconteceu antes por aqui, cara. Não bastasse um caso sem solução, agora já são três! E quem será o próximo?

— Caramba, Joe! Eu sei, cara. Também nasci e cresci nessa cidade, lembra disso? A única coisa na qual consigo pensar em meio a toda essa merda é: por que eu? Por que logo agora, no nosso tempo, na nossa vez de prestar serviços à comunidade? Esse é o tipo de situação, meu amigo, que te transforma em herói ou te corrói até a morte. E no pé em que as coisas estão, eu não duvido que acabemos os quatro na cova, bem antes do tempo natural.

— Credo, Ethan! Calma, não precisa ficar assim também, vocês vão ficar bem. Existem coisas que fogem ao nosso controle, no fundo todo mundo sabe disso e, se não conseguirem encontrar o culpado, bola pra frente, vida que segue. Não é mesmo?

— Não, Joe. De forma alguma. Esse não é o tipo de culpa que podemos carregar nos ombros sem sentir as consequências diariamente. A responsabilidade é nossa, a segurança dessas pessoas está em nossas mãos, e nós estamos fracassando. Essa gente confiava em nós, agora todos nos olham com desdém e repulsa como se não estivéssemos tentando encontrar o culpado, posso sentir isso.

— Cara! E se arranjássemos um bode expiatório? — perguntou Joe, todo animado com a sua nova ideia e orgulhoso de si mesmo, como se fosse um gênio que acabara de resolver os problemas do mundo.

— Incriminar uma pessoa inocente? Tá maluco, Joe?

— Pensa, Ethan! Pelo menos isso restauraria a confiança que a população tinha na polícia!

— Mas condenar alguém assim? Você sabe que o responsável por essa barbárie vai pegar pena de morte, né?!

— Cara, fazer o que. Alguém tem que pagar o preço, meu irmão.

— Nossa, Joe. Às vezes, essa sua indiferença com a vida das pessoas me causa náuseas, sabia? Mas já que alguém tem que pagar o preço, que tal você?

— Ei, cara! Tá doido é?! Tô tentando ajudar e você quer me jogar na cadeira elétrica? Meu Deus, Ethan!

— Fica mais difícil culpar um inocente se esse inocente formos nós mesmos, não é, meu amigo? Aí parece injusto, né?! — Ethan satirizou e deu risada da cara de desconcertado que Joe fez.

Rastro AbissalOnde histórias criam vida. Descubra agora