𝐴 𝑡𝑢𝑎 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑠𝑎

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Mando mensagem ao meu pai para avisar que vou a casa, e convido o Francisco para entrar.

Francisco: Queres mesmo que eu entre?

Lara: Sim, amanhã já o conheces.

Francisco: Amanhã?

Lara: Sim, o meu irmão amanhã vai fazer um jantar.

Francisco: Já me tinha esquecido, mas pelo menos assim já sei o que falar com ele.

Entramos em casa e mostro logo ao meu pai a camisa do Conceição.

Pai: Finalmente conseguiste, não falavas em outra coisa.

Lara: Pai, tenho um pessoa que te quero introduzir, vem -- o Francisco saí de trás de mim e o meu pai quase tem um ataque cardíaco -- Calma lá, não morras velho.

Pai: Olha a língua, não me invergonhes em frente a um Conceição -- Ele estica a mão e sorri -- Prazer Sérgio.

Francisco: Prazer em o conhecer Senhor Sérgio.

Pai: Não me chames de senhor só tenho 48 anos. Como é que me foste desencantar o Francisco?

Lara: Já sabes, jogo no Dragão, o mano e a Isa, casa partilhada e ele perguntou se eu queria dar uma volta, então aceitei -- ele olha para mim com uma cara -- Ó pai, não é nada disso que estas a pensar, bora vamos lá enquadrar esta camisa e pôr no meu quarto.

Entramos no meu quarto, este é um dos meus lugares favoritos em todo o mundo, onde eu tenho as minhas primeiras camisas e várias lembranças do Dragão, e temos umas boas fotos do Conceição espalhadas pelo quarto.

Francisco: Que quarto lindo, gosto dos espelhos nas paredes, parece que a minha cara está em todos os sítios deste quarto.

Eu tusso para limpar a garganta e olho para a parede das minhas camisas, já tinha um espaço guardado para pôr a camisa do Conceição.

Lara: Já que estás aqui, podes assinar por favor -- ele diz que sim, dou-lhe a primeira caneta que vejo a frente e ele assina a camisa.

O meu pai põe a camisa no quadro e prende na parede, eu começo a lacrimejar e o meu pai dá-me um beijo na testa, é muito importante ter estes momentos assim, quando notei estávamos os 3 em silêncio a olhar para a parede e o Francisco abraça-me, acabo por começar a chorar, o abraço intensificou a emoção. Ficamos mais alguns minutos e em segundos o clima voltou ao normal. Limpo as lágrimas e tiro a camisa que estou a usar e ponho em cima da cama, saímos do quarto e vamos para a cozinha.

Lara: Uii, vamos?

Francisco: Vamos, adeus Sérgio, até amanhã á noite.

Pai: Até amanhã Francisco, portem-se bem.

Lara: Amanhã peço ao mano para me trazer, para vir buscar o carro, e amanhã prepara-te á noite, o mano quer que eu te leve para o jantar.

Pai: Adeus pequenita -- ela dá-me um beijo na testa e eu dou um sorriso -- Bebê dragão a sair do ninho -- o Francisco dá um riso e sorri.

Lara: Pai, para com isso, estás a invergonhar-me, adeus cota dragão.

Vamos para o carro do Francisco, e quando eu entro ele fica a olhar para mim.

Francisco: Houve um momento muito intenso.

Lara: Só te tenho que agradecer, por me teres dado a tua camisa e pôr teres feito este momento acontecer, obrigada mesmo -- olho para ele e ele abraça-me.

Francisco: Foi um momento muito especial que nunca me vou esquecer -- olho para ele e consigo ver os seus olhos a brilharem -- O que a bebê Dragão quer fazer?

Lara: Comer, estou esfomeada, e isto do bebê Dragão fica entre nós tá? -- olhamos um para o outro e fazemos o pinky promisse -- Obrigada, o meu pai trata-me assim desde nova, sempre adorei que ele me chame assim.

Vamos a Gaia e acabamos por ficar lá até de madrugada, foi bom passar tempo com o meu Kiko Conceição, e não sei como não caí para o lado, foi tão bom de o ver fora do campo...

Golden BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora