Capítulo 45

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- O que vamos fazer? - Gabo pergunta assim que nos separarmos do abraço que o mesmo tinha me dado

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- O que vamos fazer? - Gabo pergunta assim que nos separarmos do abraço que o mesmo tinha me dado.

- Eu não sei, me sinto apavorada. - Digo passando as mãos nos meus fios negros de cabelo.

O meu soulmate se senta ao meu lado no chão, seu braço dá a volta pela minha cintura me puxando para mais perto do seu corpo. Ele beija o lado da minha cabeça de forma terna, fecho os meus olhos com seu gesto me sentindo confortável para tal coisa, mas nem tudo é flores.

A partir do momento que minhas pupilas deixam de enxergar as paredes cinza a nossa frente meu coração dispara com a visão que tenho, o meu eu criado pelo medo da mulher que se denomina minha mãe se encontra caída no meio da floresta dessa vez não na caixa, mas na floresta em si. Ela parecia estar correndo antes pois seu peito sobe e desce em sinal de exaustão, a mesma estica a mão onde está meu ponto de vista como se estivesse me vendo também, ele parece balbuciar algo então me forço a entendê-la.

- São... apenas... sombras... - E o que eu entendo, mas sem compreender o que a ela quer dizer.

Sou despertada por Gabo me balançando e me chamando em um tom desesperado. Meus olhos colam no seu enquanto tento respirar, o que acabou de acontecer? Minha mente se encontra em um turbilhão, mau consigo raciocinar.

- Meu amor, está tudo bem? - Eu apenas assinto com um gesto de cabeça. - o que ouve? Você me assustou, parecia presa dentro de si. - Sua voz preocupada me faz puxá-lo para um abraço.

- Eu... eu não sei bem o que aconteceu em um estante eu estava aqui e no outro eu me encontrava dentro da floresta vendo o meu eu criado pela minha mãe, a mesma parecia que tinha acabado de cair, acho, e tentava dizer alguma coisa. - Digo sentindo os meus nervos a flor da pele.

- Você entendeu algo? - Gabo pergunta perecendo curioso.

- Uma frase que eu não sei o que quer dizer. - Passo minhas mãos entre meus fios em gesto agoniado.

- O que ela falou? - Gabo pergunta paciente, como se seu timbre de voz mudasse me quebraria.

- 'São apenas sombras', algo assim. - O meu soulmate franze o cenho em minha direção.

- O que você acha que quer dizer?

- Não sei, isso que está me matando, eu não faço a menor ideia do que seja. - Respiro fundo para não surtar por completo.

Pensa Blue, pensa, eu não teria essa visão por nada, teria?

Sombras, é o poder principal da minha mãe, eu tenho traços de sombras, mas não é tão forte quanto o de ar. E se for isso. Não estamos lutando contra algo sólido, não vamos derrotá-los com armas ou até mesmo com poderes não especifica, as minhas sombras podem refugiar as de Estela, mas não pode acabar com elas.

- Eu tenho um plano, e estaremos mortos caso ele não dê certo ou até mesmo ninguém me esculte. - Externo em voz alto os meus pensamentos. - Temos que sair daqui. - Gabo assente ficando de pé então estende uma mão em minha direção para me ajudar a fazer o mesmo.

Saímos da sala de pânico comigo a frente e ele logo atrás. Vamos em direção ao barulho de explosões as mesmas que me fez cair mais cedo, ao chegarmos lá damos de cara com Kai projetando um escudo enorme contra entrada do castelo, onde seres horríveis tentavam de toda forma entrar.

- Resolveram voltar? - O moreno pergunta entre dentes.

- Tenho um plano. - Digo fazendo o mesmo erguer uma sobrancelha.

- Qual? - Não é Kai quem pergunta, mas sim Atena que chega aonde nós estamos.

Olho em direção a quase coroada rainha, e vejo seu rosto duro olhando para mim.

- São sombras, não vão conseguir vencê-los com armas ou poderes específicos. - Repito fundo organizado as palavras em minha mente. - Vamos encurralá-las em algum ponto do castelo, no caso eu vou, você usa seu poder da luz para dissipá-los, vamos fazer desses seres nada. - Atena pisca algumas vezes, como se buscasse entender melhor o que foi dito.

- Como vai encurralá-los? - A ruiva pergunta.

Eu sorrio internamente por ter ganhado uma chance, sem questionamentos, sem desdém ou até mesmo dúvidas, apenas uma chance que deveriam ter dado a mim antes e talvez isso não estivesse acontecendo.

- Preciso de que algo chame atenção delas, sombras tem medo de luz então precisamos de escuridão.

- Mas temos algumas horas até anoitecer. - Kai diz mordendo lábio pelo esforço que está fazendo, logo ele vai estar esgotar é nítido.

- Todos nós possuímos o breu dentro de nós apenas temos que utilizá-los para o bem. - Os dois me olham confusos. - Preciso de o máximo de pássaros negros que conseguirem, peça parar usarem o lado escuros de céus poderes em uma espécie de muro alto levarei as sombras até lá e com isso Atena poderá usar seus poderá para dissipá-las.

- Precisa de um escudo negro é isso? - Atena pergunta é eu assinto. - Tudo bem, vou pedir para todos irem para o jardim explicarei o que eles devem fazer.

- Kai está se esgotando não vai poder participar. - Constato recebendo um som bufado do moreno. - Você também não pode usar seu poder no escudo. - Digo a ela a vendo assentir.

- E eu? - Gabo pergunta.

- Ajude a sua irmã, use sua força total nisso, certo? - O meu soulmate nega. - O que foi dessa vez Gabriel? - Questiono.

- Não quero deixá-la sozinha. - Seu tom choroso me faz querer desistir, como pode ser um bebesão?

- Ficarei bem prometo. - Viro de costas para o mesmo e falar com Kai, mas sou virada por ele.

Os lábios do meu soulmate tocam o meu, me deixando levemente surpresa, não aprofundamos a coisa em si, mas senti-lo me faz ficar leve e ter esperança de que vai dar tudo certo.

- Kai eu assumo daqui, corram vou segurar aqui por cinco minutos nada mais nada menos, vocês têm esse tempo para chamar os outros e começar o escudo escuro por favor mão demorem. - Os três assentem indo embora.

Por muito pouco depois que o Kai derrubou as barreiras as sombras avançaram para dentro do castelo. Eu só preciso me concentrar, aguentar esses cinco minutos propostos nada mais que isso para não me esgotar.

O tempo se passa lento, me sinto um pouco surda por conta das explosões do lado de fora, tento de todas as formas me manter calma pois qualquer erro pode matar não só a mim, mas a todos nesse lugar.

Dois, três, quatro minutos se passaram até chegar finalmente no quinto o que pareceu uma hora. Solto o escudo feito por mim e automaticamente solto as minhas sombras tão grandes quanto as que estão em minha frente.

Os espectros criados pela minha mãe invadem o interior do castelo então eu os guio pelo corredor largo até o jardim do outro lado do recinto.

Eu só não pensei que fosse tão difícil.

Eu só não pensei que fosse tão difícil

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Pássaros negros - O Primeiro Reino vol.2 🌟Onde histórias criam vida. Descubra agora