Até aonde você vai por amor

Inauguração

E se um dia eu existir em algum mundo paralelo, eu sinto-me tão desligada desse mundo que não sei onde me encaixo, as pessoas são apagadas e literalmente rasas e infiéis sempre nos julgando pelo que fazemos ou deixamos de fazer, que porra de puberdade é essa que temos prazer de falamos, mais não importa, somos metáforas ambulantes.

— Amaya, o jantar está pronto!
— Já vou.

Se tivesse uma palavra para definir a minha vida séria tédio.
Logo desce as escadas, a minha mãe já me esperava para o jantar, uma mulher muito ocupada, assim como o meu pai, em raras ocasiões reunirmo-nos.
Sentei-me a mesa, os meus pais estavam felizes mais sérios.
— Amaya, querida já escolheu o curso que irá fazer? Disse — Maria.

— Ainda é cedo mamãe, mais penso em direito. Disse — Amaya.

— Mais direito é número curso que poucas moças fazem querida. Disse — Loreno.

— Sei disso papai, mais eu quem decido o meu futuro, estou feliz pela minha escolha e vocês também deveriam ficar, só de eu pensar em fazer uma faculdade, já é de bom grado para reputação de vocês, logo estará nos jornais "Amélia Montserrat De Carvalho, estará a cursar direito em uma das melhores universidades da Inglaterra." Disse — Amaya.

— Estamos felizes filha, gostaria de fazer-te um pedido, hoje será a inauguração do nosso restaurante em Madrid, se puder ir conosco, a sua presença será especial para nós. Disse — Maria.

— Irei mamãe, dar-me só algumas horas para me arrumar, como já acabei de jantar, licença. Disse — Amaya, indo em direção ao quarto.

Porra essa inauguração vai ser um tédio, não conheço ninguém naquela joça, como não tenho nada para fazer mesmo, só vou olhar o movimento.

As horas passaram-se, quando olhei o relógio estava a 30 (minutos) atrasada.

— Amaya, você está atrasada, o motorista já está a sua espera.

— Estou indo Sofia, caralho nem vi o tempo passar, espero que os meus pais não percebam.

— Até mais tarde Sofia, beijos...

Chegando ao local da inauguração Amaya estava deslumbrante, com um vestido vermelho, um salto quinze, um perfume francês, que chama a atenção das pessoas ao redor.

— Amaya venha aqui. Disse — Loreno.
Gostaria de apresentar-lhe a filha do meu novo sócio, Agatha.

— Prazer Agatha. Disse — Amaya.

— O prazer é todo meu. Disse — Agatha.

— Licença queridas, fiquem a vontade. — Disse Loreno.

— Quer sai daqui? — Disse Agatha.

— Por favor isso aqui está um tédio. — Disse Amaya.

— Vem vou-te levar num lugar que você vai adorar. — Disse Agatha.

Enquanto subiam as escadas que dava acesso ao terraço, Amaya observava Agatha, os seus cabelos negros e os seus olhos verdes chegava a brilhar, a sua boca delicada.

— Chegamos. Disse — Agatha

— Gosto de vim aqui, faz-me esquecer dos meus problemas, é um lugar bem mais aconchegante para observar a beleza da lua, contar as estrelas e sentir ar puro, o que você faz no seu tempo livre? Disse — Agatha.

— Na verdade, eu não faço nada, não tenho amigos, sou literalmente uma loba solitária na floresta, tive alguns relacionamentos mais sem êxito, mais por enquanto é isso. Disse — Amaya.

— Que engraçado, uma moça tão linda como você está sozinha, parece até uma piada. Disse — Agatha.

— Obrigada pelo elogio, você também é extremamente linda Agatha, porquê está sozinha? Disse — Amaya.