Feriado de pascoa sempre foi um dos meus feriados preferidos, o fato de ser um coelho que entrega ovo de chocolate me deixa fascinada. Nunca entendi como um único coelho consegue entregar ovos para todas as pessoas do mundo. Será que um bando de coelhos tem uma fabrica de chocolate e entrega todos por portais?
Olho pela janela do tem enquanto balanço os meus pés de para frente e para trás.
–Você perdeu seu sapato de novo.– Fala minha irmã, solar. Ela parecia preocupada por minha falta de calçado.
–Tudo bem, eles vão voltar depois.– Respondo sem dar muita importância.
A velocidade absurda do trem da impressão de que as árvores estão brigando uma com as outras.
–Luna!–Solar me repreendeu.
Balanço freneticamente minha cabeça de um lado para o outro tentando afastar meus pensamentos e dar total atenção a minha irmã.
–O que?– Pergunto.
–Me ajuda a procura?– Pede ela.
–Não precisa, foram os narguiles que esconderam, logo eles aparecem.– Falo olhando no fundo dos olhos dela.
–Tô falando sério Luna!– Fala ela decepcionada como se eu não tivesse falando sério.
–Quanto mais procurar, mais é difícil de se achar.– Respondo e volto a olhar pela janela.
Solar suspira e sai pisando fundo.
Volto a visão para fora do trem e vejo algumas silhuetas entre as árvores cocei meus olhos, deve ser so imaginação minha. Olho para fora novamente as silhuetas começam a ficar cada vez mais frequente, como se tivesse muitas pessoas ou seres observando o trem. Uma fumaça meio esverdeada começa a surgir do lado de fora do trem, fico de joelhos no acento do trem para poder observar melhor do lado de fora.
O trem começa a se movimentar de uma forma estranha, a agitação começa a ficar pior, seguro firme na primeira coisa solida que encontro para não cair de cara no chão. Quando tudo fica calmo começo olha em volta o trem descarrilhou, nem sabia que isso era possível!
A fumaça verde esta se dissipando aos poucos, mas as silhuetas do lado de fora continuam lá.
Ando pelo vagão, realmente não esta certo. Abro a porta da cabine aonde minha irmã havia saindo instantes atrás. A cabine estava vazia, o que eu estranhei, não tem nada nem ninguém. Empunhei a varinha, se as pessoas desapareceram quer dizer que alguém tirou eles daqui. Ou talvez eles estão em outra cabine.
Andei rumo a próxima cabine mas algo me fez parar um barulho na cabine próxima.
–Você não deveria entrar aqui!– Eu conheço essa voz, é da mulher que vende doces aqui no trem. Os pudins que ela faz é deliciosos.
Dou um leve sorriso, pelo menos eu sei que não estou sozinha, dou mais um paço em direção a porta. Seguro forte a maçaneta e tanto abrir, mas a porta parece esta emperrada.
Um barulho extremamente forte me fez parar de tentar abrir a porta, o barulho é semelhante a uma queda, tento olhar pelo vidro da porta mas lá dentro esta mais escuro do que realmente deveria esta. Suspiro tomando coragem tento abrir a porta novamente, mas pulo para trás quando uma quantidade grande de sangue é espirrado na janela. Dou vários paços para trás me distanciando da porta.
–O que esta acontecendo?– Pergunto sem realmente querer saber da resposta.
Escuto gritos e sons que eu não sei distinguir de que são. em pouco tempo tudo ficou em silencio, andei recuosa até a porta, tentei abrir novamente, mas não consegui.
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Dark World
Mystery / ThrillerVoltando para casa para curtir o feriado com sua família, um pequeno acidente faz a viagem de Luna ser mais do que uma simples volta para casa, um mistério e personagens incompreendidos.