Capítulo treze

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Clara:

Como eu posso ficar gripada tão fácil? Se bem que peguei muita chuva ontem e hoje o dia estava frio e nublado.
Mas eu detestava ficar doente quando estava sozinha, antes meus pais cuidavam de mim mas agora não tem ninguém aqui.

Eu apenas fiquei enrolada na coberta, já que a febre me fazia tremer de frio e tossia de vez em quando sentindo minha garganta doer. Estava esperando Minji que ficou de me trazer um remédio para febre mas até agora ela não chegou.

Fecho meus olhos sentindo minha cabeça doer, queria dormir mas não podia já que Minji viria aqui. E Então escuto batidas na porta, e me levanto devagar ainda enrolada na coberta para atender a porta pois só podia ser a Minji.

Mas não era

Para a minha surpresa Minho estava do outro lado da porta com algumas sacolas em mãos.

-Minho? -digo mais surpresa do que em dúvida

Ele sorri meigo

-Posso entrar? Trouxe remédios e ingredientes pra fazer uma sopa... Você comeu alguma coisa?

Neguei com a cabeça e dei espaço para ele entrar, e Minho foi direto para a cozinha deixando as coisas em cima da pia e vindo até mim que estava parada no meio da sala com a coberta dos pés a cabeça. Ele coloca a mão na minha testa e balança a cabeça em reprovação.

-Você tá queimando de febre -vai até o outro lado do balcão mexendo em uma das sacolas - Deita no sofá, eu vou te dar remédio

Faço o que ele manda e ele trás o remédio e um copo de água e eu tomo.

-Agora espera só um pouco, eu não vou demorar -ele diz e sai do apartamento quase correndo. Eu fico lá meio sonolenta enquanto o esperava.

Menos de cinco minutos depois ele volta, acompanhado dos seus três gatos.

-Não façam bagunça -ele diz para eles -Aqui, façam companhia pra Clara porque ela tá doente -ele coloca Dori em cima de mim e ela deita

Isso me arrancou um sorrisinho e eu acaricia a gatinha no meu colo, e ele volta para a cozinha

-Agora fica aí enquanto eu faço a sopa, tenta dormir um pouco você vai se sentir melhor -Minho estava tão cuidadoso que nem parecia aquele que quase quebrou a cara de Haejun ontem.

Não demora muito até que eu adormecesse.
Algum tempo depois escuto Minho me chamando calmamente até que eu despertasse.

-Sua febre passou, agora levanta pra tomar a sopa. - Minho se senta em frente à mesinha da sala enquanto assistia um programa de culinária, tinha duas tigelas em cima da mesa e ele começou a comer em uma delas.

Preguiçosamente me sento no chão, ao lado do rapaz que me olha rápido mas volta sua atenção para a televisão. Eu estava sem nenhum pouco de apetite mas assim que comecei a comer isso mudou.

Em silêncio eu acabei de comer, não estava tão disposta a conversar sobre qualquer coisa que fosse. Então assim que terminei fiz menção de levantar e levar minha tigela para a pia mad Minho não deixou.

-Sabe que precisa ficar bem logo, segunda feira você não tem uma prova? -Se levanta levando a louça para lavar.

Eu fico pensando em nada enquanto fico olhando para o chão

-Você tá me assustando assim, tô tão acostumado a te ouvir conversando alegre. É até triste te ver assim-Ele fala sorrindo

Eu então caio em cima do sofá de novo, já com sono mais uma vez por conta do remédio
Doongie dormia tranquilamente no tapete, Soonie estava comendo a ração que Minho trouxe e Dori estava esperando que eu deixasse ela subir no meu colo.

Eu fico deitada fazendo carinho em Dori e Minho quando termina de lavar a louça se senta de novo em frente à televisão, no chão. Após alguns minutos em silêncio eu decido questionar.

-Por que?

Ele me olha com duvida

-O que?

-Porque tá cuidando de mim? -eu já estava com os olhos pesando de novo

Ele dá uma risada nasal

-Sei que é ruim ficar doente e principalmente sozinho. Então não queria que você ficasse sozinha -ele sorri e eu sinto meu coração aquecer

-Você é perfeito, entendo porque todo mundo te ama. -eu piscava lentamente

Ele me olhava sorrindo e me encara de novo

-Melhor você dormir logo. Vou esperar pra levar meus gatos pra casa e não correr o risco de você roubar eles -Minho volta sua atenção para a televisão

-Obrigada -digo baixo e sorrio mesmo sabendo que ele não iria olhar e segundos depois eu durmo mais uma vez.

No ritmo das batidas- (Lee Know)Onde histórias criam vida. Descubra agora