Uma aventura inesquecível - A busca | Volume II

Capítulo I - Nova identidade

Próximo a órbita do planeta Treon 70x7, uma pequena nave se aproxima. Com cores em vermelho e preto, uma roda na frente e duas atrás, uma imensa escotilha que era possível ver tudo que acontecia a sua volta, em uma  visão quase que perfeita de 270⁰.

No seu interior apenas um pequeno quarto para que o piloto pudesse descansar, uma privada para despejar os dejetos fisiológicos, armário de armas e claro, a cabine de comando que tinha apenas um assento, um painel com poucos botões e um frigobar na parte inferior.

No rádio da cabine tocava (The Final Countdown - Europe), enquanto dançava, um ser de longos pelos marrons, jaqueta de couro preta e óculos escuros se arrumava e dava os últimos retoques para realizar a missão que lhe foi conferida. Era Renval, o metamorfo que acabará de fazer um acordo em troca de sua liberdade.

Renval - Computador, por favor, analisar os habitantes deste planeta e procurar aqueles que passam despercebidos por todos.

O computador em poucos segundos faz toda a análise e traz o resultados com alguns nomes.

Renval - vejamos esse primeiro...
Hum, pequenos e puxados olhos azuis, orelhas pontiagudas, 1,56mt, fazendeiro, bom, gostei, mas que nome ridículo é esse? Neber? Neber?, os pais dele não devem ter desejado o nascimento, só pode, pois nunca vi nome tão ridículo.

Renval amassa a folha e tenta acertar na lata de lixo, o que não acontece.

Ele então abre uma pequena geladeira e pega uma Obvious Shadow, uma cerveja triplamente filtrada, feita com as águas puras do planeta Castea e das especiarias que nascem nos Alpes de Treon 70x7, considerada a melhor cerveja dessa região galática.
Enquanto se delícia com sua bebida ele pega outra ficha.

Renval - Hum.. uma fêmea.. Não lembro de me transformar em uma.

Renval então continua a ler a descrição

Renval - Hanjara Eleri, belo nome e bem melhor que Neber.
Uau, ela é híbrida meio Dephinus (basicamente humanos) e meio Chaehawk (seres com aparência de Husky Siberiano), trabalha como cartomante no subúrbio da grande cidade. Problemas físicos: cega.

Que droga, esbraveja Renval, antes de tomar toda sua cerveja e desta vez acertar o lixo com sua bola de papel.

Ele pega outra ficha e torce para que seja a ideal.

Renval - Esse parece interessante, pele negra, olhos da cor do ouro, 1,80mt, 80kg, cheio de músculos, um Dephinus perfeito. Pescador dos mares do Sul e que belo nome, Falko Owlery, gostei, ficarei com esse.

Falko era um justo homem, que nunca esteve envolvido em escândalos, furtos ou roubos, vivia sozinho, da forma mais reta possível, um verdadeiro exemplo.

Então Renval pede que o computador ative o GPS e o leve até onde estava o pescador.

Algumas horas depois, Renval pousa sua pequena nave próximo a residência de Falko Owlery, que desemaranhava suas redes enquanto assobiava uma antiga canção da região.

Renval se transforma em um Dephinus qualquer e vai ao encontro de Falko

Renval - Boa tarde amigo, desculpa atrapalhar seu ofício, mas estou perdido, minha nave deu pane no GPS, estava indo na grande cidade e acabei parando aqui, você poderia me ajudar?

e Falko tenta ajudar aquele visitante perdido.

Falko - Você está um pouco longe da grande cidade, mas para sua sorte eu sempre encontro objetos perdidos nos grandes mares, costumo consertar e vender, como fui com a sua cara e você parece ser um bom homem, vou lhe dá um de presente. Venha comigo.

Então Renval começa a seguir Falko até um grande galpão.
"Achei!" Grita Falko e indo em direção a Renval pergunta se ele sabia como instalar, Renval acenou a cabeça dizendo que sim.

Falko então convida Renval para ficar lá e saborear um Zylor, um tipo de peixe daquela região que costuma pesar mais de 50kg.

Falko - Qual seu nome mesmo?

e Renval fala seu nome.

Falko - diferente seu nome, mas isso não importa, tenho certeza que você vai amar o Zylor que faço, não existe melhor, só não vale se apaixonar por mim.

Os dois riem e enquanto prepara aquele delicioso peixe, Falko continua a querer saber mais sobre seu novo amigo.

Falko - O que você fazer na grande cidade, Renval?

Renval - Vou na universidade central, me falaram que lá posso encontrar a humana que atende pelo nome de Tarline d'Medici.

Falko - Sei quem é, não a conheço pessoalmente, mas já li grandes coisas a seu respeito. Dizem que ela veio junto com seu marido da Terra e que acabaram com alguns Wroshex, antes de ficarem suas vidas aqui.

Curioso Falko pergunta o que ele queria com Tarline.

Renval - Preciso que ela me leve para uma expedição, dizem que ela é a melhor deste planeta, aliais de toda a nossa região galática.

Falko - Então ela é a pessoa certa, pode confiar, se eu pudesse iria com você, mas como você viu, estou sempre trabalhando e também estou aguardando a visita de meu velho amigo Gabu, o capitão do Cachalote Peregrino, defensor e guardião dos mares do universo.

Conversaram durante horas e as Luas já estavam quase que em seu ponto mais alto.

Falko - Já está tarde Renval, porque não descansa essa noite aqui, a grande universidade está fechada nesse momento e te garanto, o nascer do Sol aqui é lindo.

Renval aceita o convite e vai para o quarto que lhe foi oferecido.
Passado algumas horas, Falko já estava dormindo, talvez no décimo sono.

Renval então se levanta lentamente e de forma cautelosa se dirige até o quarto de Falko, retira uma seringa de sua bolsa e injeta um sonífero no pescador.

Ele leva o inconsciente Falko até o galpão, enrola em algumas velas que ali estavam, amarra alguns pesos nas extremidades das velas, arrasta até o pier e lança no mar.

Enquanto Falko afundava, ele desperta, tenta desesperadamente se soltar das amarras, mas sem sucesso, poucos minutos depois Falko morre e seu corpo continua a afundar até tocar o solo do mar.

Renval toma a sua forma e com um sorriso no rosto suspira:

"Pensei que seria mais difícil, como existem seres inocentes no mundo".

Renval então vai até o galpão, pega alguns galões de combustível e começa a espalhar por toda a propriedade.
Retira um charuto do bolso, acende com um fósforo e em seguida joga no combustível que ele acabará de despejar, a casa logo é tomada pelas chamas e enquanto o fogo consome tudo, Renval toma a forma de Falko.

Ele entra em sua nave e configura a rota para a grande cidade.

O Sol já estava nascendo no horizonte, quando Renval fala consigo mesmo:

Renval - Até que aquele Dephinus patético tinha razão, o nascer do Sol aqui é maravilhoso.

Então Renval coloca seu óculos escuro, abre outra Obvious Shadow e ao som de  Death on the Road(Iron Maiden) ele parte para sua missão.