Capitulo 3 - Príncipe Trovão

183 32 0
                                    

"Argh! filho da puta..."

Plop. Plop. Plop.

O barulho do sangue pingando no chão, o gosto metálico do sangue tateando em sua boca, sua visão que começava a distorcer enquanto ele sentia a excruciante dor de ter uma espada atravessando seu torso...

Ele queria falar...

Gritar...

Rugir...

Mas tudo que podia fazer era morrer em silêncio enquanto era observado pelos olhos julgadores do menino a sua frente.

Ele sentiu seus cabelos serem puxados quando a dor se intensificou em sua cabeça, relutante, seus olhos pousaram no líder inimigo, segurando um corpo em suas mãos.

"I-ir-irmão-sênior... Mao..." Suas palavras estavam cheias de tristeza e descrença, ele olhou para os lados para ser recebido com a visão de milhares de cadáveres empilhados um do lado do outro. Sua sanidade lentamente foi reduzindo enquanto ele perdia o controle.

A tristeza que ele sentia foi trocada pelo ódio, seu objetivo de tentar entender, havia sido dominado pelo pensamento da vingança, ele encarou a pessoa a sua frente enquanto era nublado pela raiva.

Seus cabelos azuis desgrenhado e olhos cor da mais pura prata que refletia seu rosto, ele mordeu o lábio inferior enquanto lágrimas involuntariamente começaram a descer pelo seu rosto.

"Porque... tosse." Ele, que estava feliz, sentirá a verdadeira face do mundo do cultivo.

A um dia atrás ele estava nas nuvens, sendo o herdeiro da seita, com um talento maior do que até mesmo alguns ditos príncipes, ele sentirá que era abençoado, até mesmo quando encontrou aquele tesouro que rapidamente se ligou com ele.

Parecia que tudo estava predestinado a acontecer. Até que sua seita fora invadida, seus guardas foram mortos, as mulheres aprisionadas e os anciões todos perderam seu cultivo, ele lutou pela gloria do que um dia foi a Seita do Deus do Trovão, enquanto via os corpos de seus amigos.

Com ele capturado, a pequena porção de cultivadores que ele juntou não tinham mais esperanças.

Ele não acreditava neles.

Ele não acreditava em si mesmo.

O jovem sorriu a frente dele, fazendo-o sentir como se o inferno tivesse acabado de cair sobre seus ombros.

"Uma seita fraca como essa..." Sua voz gultural soou e a cada palavra que saia de sua boca, era como atirar uma flecha nele. "Como ousam usar o nome de deus do trovão."

Sua expressão foi quebrada enquanto lentamente ele ligava as peças. "Então foi por isso!?" Sua voz desesperada saia como suplica enquanto ele juntava todas as forças para conseguir falar. "Por causa de um nome!?"

O jovem a sua frente soltou o corpo em seus braços não se importando com os danos, ele caminhou em meio a pilha de corpos e ficando a poucos centímetros dele, disse:

"Você não conhece minha fama? eu mato por muito menos que isso." O sorriso de zombaria fora transformado.

Pela primeira vez, ele sentiu o terror.

O medo da morte.

Tapa! Tapa! Tapa!

O jovem deu três tapinhas em seu rosto e tirou seus olhos dele como se não valesse apena dar uma segunda olhada.

"Pode continuar."

Como uma luz no fim do tunel, seus olhos brillharam enquanto ele sentia a mão que puxava seus cabelos os soltarem e ouviu passos cada vez mais distantes, ele achará que eles tinham desistido de mata-lo, sorriu com a visão enquanto sentia uma imensa alegria.

Sistema Roubo de CultivoOnde histórias criam vida. Descubra agora