Saturn's Hell

Losing control

Ele... um bar... Um simples drink de amoras... E uma put4 tragédia por culpa dos meus nervos... ter 22 anos é fod4...

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Correndo pelo beco, me vejo ensanguentada e com uma intensa dor em todo meu corpo, meus pulmões queimavam com a respiração rápida e profunda, o cheiro forte de sangue que escorria pelo meu nariz e meus olhos me faziam tropeçar as vezes, tinha que ter pego justamente o beco mais escuro para chegar até em casa, afinal não é como seu eu tivesse muita escolha.

Entrei pelos fundos da casa, fechei todas as janelas tranquei todas as portas e apaguei algumas luzes. Fui para a pia banheiro e procurei me lavar desesperadamente, mas mesmo assim o cheiro daquele treco não saía do meu corpo, depois de pouco mais de uma hora lavando o rosto e as mãos com sabão eu já tinha me livrado quase totalmente daquele odor forte de carne. Me apoiei na pia olhando para baixo, sentia meus braços tremerem, minha cabeça tava um caos e minha mente não conseguia esquecer aquela cena perturbadora, aqueles gritos estavam me assombrando internamente...

Ao levantar minha cabeça e olhar meu reflexo no espelho, eu me via com os olhos negros com as pupilas rosas, lágrimas num tom de rosa escuro caiam do meu rosto e um estranho sorriso o estampava, "eu nem tô sorrindo, só posso tá ficando louca" pensei naquele momento. Minha expressão confusa mudou para pânico quando percebi que meu reflexo estava se transformando em outra silhueta, uma silhueta preta com detalhes rosas, parecida com a de Taylor.

A silhueta saiu do espelho de um jeito paranormal, por um momento quase ri por isso ter me lembrado da Samara, a famosa "menina do poço", mas qualquer pensamento aleatório que eu tivesse naquele momento era automaticamente esquecido, "então é assim que é o sentimento de estar num filme de terror?", bati de costas numa das paredes, sem saída, sem paz, sem família, sem nada, esquecida por tudo e todos, uma personagem qualquer na vida, sem papel, e pouco a pouco sem emoção...

Chegou um momento em que aquilo já estava tão próximo que eu caí no chão, "eu vou morrer" era a única coisa que se passava pela minha cabeça, a criatura estava bem perto, percebi que era a forma corrompida do Taylor. Ele se abaixou em minha frente e com a mão pressionou meu pescoço contra a parede, eu não conseguia respirar e estava pouco a pouco desmaiando, antes de apagar totalmente eu sentia tentáculos perfurarem meu corpo, pernas, braços, tronco, pescoço e boca, ele tava me possuindo... como um parasita num animal, sentia minha pele rasgar e algo entrar pelas feridas, era viscoso e uma espécie de líquido grosso, por fim eu desmaiei e apenas sentia um enorme cansaço e uma fadiga, o que foi uma m3rda pra mim que tenho ansiedade. Lembro de que após acordar no chão do banheiro eu apenas me lavei rapidamente e deitei em minha cama, adormeci quase imediatamente...

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"Ajuda, eu só quero ajuda, eu não quero morrer, eu só queria ter uma infância normal sem ninguém me perseguindo" entro num beco e passo por entre uma cerca deixando os dois caras para trás, chego numa área de floresta e acabo parando no quintal de uma casa, olho para a janela e vejo uma silhueta de alguém grande e de outra, também grande, porém menor que a primeira, ouço um grito meio rouco, pensei em ajudar mas meu braço já estava machucado de tanto fugir, me deitei em baixo de alguns arbustos que rodeavam uma árvore, perto do quintal daquela casa e pensei "amanhã vou ver se aquela pessoa tá bem..." durmo com os arbustos aquecendo meu corpo, mesmo com algumas dores.

[Amanhã será um novo dia...]