Capítulo 23

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Maraisa

Assim que eu acordei eu senti um vazio tão grande no peito, não era mais a mesma coisa, acordar todo dia e ela estar ali ao seu lado ou lhe esperando acordar com um sorriso enorme no rosto ou dormindo lindamente ao seu lado, dessa vez foi diferente, eu acordei e não senti ela ali ao meu lado, saiu de meus pensamentos por minha pequena menina na porta me olhando.

- Oi meu amor - digo chamando ela para subir na cama

- Oi mamãe - ela diz meio sonolenta - é verdade que a titia lila vai vim cuidar de mim?

- É verdade sim meu amor - digo e deito com ela na cama, ela logo voltou a dormir e eu me levantei indo para o banheiro tomar meu banho e me arrumar

Eu deixei Cecília dormindo em minha cama e desci para tomar café, quando eu estou quase chegando na parte de baixo eu me assusto com uma loira sentada em meu sofá.

- Ai que susto loira - eu digo para lila

- Oi baixinha - ela diz e vem me abraçar - você não vai mesmo?

- Não isa , eu sinto muito, mas você é minha melhor amiga assim como a sn, eu não posso depor a favor de nenhuma das duas - ela diz e pega Cecília no colo

- Tudo bem lila, eu já vou se não vou me atrasar - eu digo e saiu

Chegando no local eu vejo Maiara sentada em um banquinho tomando seu café e olhando para o nada, eu aceno para a mesma, mas logo congelo quando vejo quem vem atrás dela, era sn, ela tava com um semblante triste meio abatida, os olhos meio inchados, me doeu o coração ver ela assim, ela passa por mim olha nos meus olhos fazendo eu desviar o olhar para o chão, ela passa por mim e entra.

Tudo o que eles falavam da sn me abalava um pouco, mas eu não de mostrei nenhum sentimento pois eu precisava da minha filha, então deixei que eles falassem.

Sn Araújo

- Então quer dizer que quando Maraisa teve Cecília vocês não estavam juntas? - a advogada de Maraisa pergunta

- Não - eu respondo

- A criança tem apenas os sobrenomes Pereira e Gentile, certo? - a advogada pergunta

- Você está dizendo que a Cecília é menos minha filha só por que ela não tem meu sobrenome - eu digo indignada - Porque isso ia ser algo inaceitável para qualquer um aqui nessa sala que já adotou ou é adotada - eu digo e olho para Maraisa que desvia o olhar no mesmo instante

O meu celular começou a tocar sem parar, e eu logo atendi.

Ligação

- Alo

- Oi sn, desculpa te ligar agora eu sei que não é o momento, mas a Sophia está com muita febre ela precisa ir para o hospital agora

- leve ela para o hospital agora, eu te encontro lá - eu digo e desligo

Ligação off

- Eu não sei qual vai ser a decisão de vocês, mas... A Cecília é minha filha independente de qualquer coisa - eu digo e dou uma pausa - eu não sei se vocês sabem, mas eu tenho duas filhas e uma delas tá precisando ir para o hospital agora, independente da decisão que vocês tomarem eu sempre vou amá-la - eu digo me levanto pegando minha bolsa e saiu.

Depois que eu sai eu fui direto para o hospital, no carro eu chorei bastante, assim que eu cheguei fui logo perguntando para os médicos onde estava Sophia, eles disseram que ela estava tomando soro, e eu fui direto para a sala.

No dia seguinte

E lá estava eu, novamente, naquele tribunal, eu estava sentada em um banquinho olhando para o céu quando eu sinto alguém sentando do meu lado, eu nem precisei olhar para saber quem era, foi só eu sentir o perfume, aquele perfume doce que eu amava, era ela, Maraisa.

- Eu só quero dizer que independente da decisão da juíza, você sempre vai ser a mãe da Cecília, sempre, independente de qualquer coisa - Maraisa diz me olhando

- As coisas que você deixou eles falarem sobre mim... Eu nunca deixaria eles falarem isso de você - eu digo sem olha-lá

Quando ela ia dizer alguma coisa, Augusto chegamos anunciando que a juíza tomou a decisão.

Continua...
Não esqueçam de dar estrelinha. <3

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