Mais um dia estava se encerrando, eles me disseram que eu iria ir embora com eles. Mas, não poderia ser de uma forma tão brusca ou suspeita pro "meus queridos pais." A porta se encontrava aberta, eu não estava amedrontado por nada mais.......porque passar uma última noite por aqui seria mais do que necessário ao meu ser. As cortinas escuras e densas, bloqueavam facilmente a visão de qualquer um, com a escuridão tudo se complicava mais, enquanto isso em minha cabeça e coração não tirava o fato de que Trenton, me quer como namorado. É que também me ama, apesar de tudo ser tão "mágico" quero avançar devagar, nada rápido demais e para eu poder ter a devida noção que é pra valer. Eu me jogo no sofá e logo em seguida meu estômago reclama, coloco uma almofada de pelúcia em cima da minha cabeça, protestando a pegar alguma coisa pra comer. Sou muito preguiçoso, até na hora de jantar!
-Caio! Que boa surpresa te encontrar por aqui! Eu fiquei sabendo de tudo e.....-. Molly, vêem correndo novamente em minha direção, desta vez de felicidade. Ela estava com o braço enfaixado e vários curativos ao redor de seu rosto, também percebi que ela andava mancando ás vezes.
Molly, na maioria de falar comigo ou qualquer outro indivíduo, não consegue completar a frase. Isso porque ela tá tentando entender o português, que ela mesma resolveu estudar. Por conta das "dificuldades" propositais, linguísticas que Rosangela e Gustavo planejaram, a coitada da Molly, teve que se virar do seu modo. Eu como não sou trouxo e nem nada, não resolvi deixar barato e ajudo-a estudando inglês, tudo que sei é muito vago também. Porém, a gente até apostou que quem aprendesse algum dos nossos idiomas nativos, iríamos pagar um almoço grátis e quando saímos visitar um lugar de cada país que moramos. Tenho que admitir, essa é uma aposta tentadora que fizemos, é que vença o melhor!-Molly, nem me fale! Foi horrível o desenrolar da história! A Marisol não era nem um terço de "santinha" que nós estávamos pensando!.-. Conversar com ela, parecia terapia. Simplesmente sou apaixonado na companhia da, Molly. Qualquer tipo de defesa e ataque que tínhamos sempre contávamos um para o outro, enfim, ela é um caminho sem volta quando se conhece........uma verdadeira anja♡♡
-Wow......talvez.....talvez, eu tenha me confundido com as garotas. Caio, tu me descreveu que, Marisol, tinha os cabelos enrolados e loiros!.-. Ela fica incoformada de como pode ter se precipitado, na hora que ocorreu a suposta "morte" dela.
-Mas, Molly........você olhou pra cara da baranga, um só momento? Parou ou não?.-. Noto que falei "baranga" e caio na gargalhada. Eu tava tanto pegando costume de novo com o Ramon e Bianca, que acabei "resucitando" a minha parte brasileira. Molly, não compreende nada do que porque de tanta "graça" mas acaba caindo no riso ao me ver sorrindo.
Quando, voltamos a recuperar o fôlego na sala de estar, fico sério perante a ela.
-Molly, eu tô conhecendo alguém, bastante interessante daqui. Bem, não namoramos mas também não somos amigos.......então, mas se for pra dizer o que estamos pra mais, diria um relacionamento sério entre nós dois.-. Como, Molly, era minha confidente eu queria manter toda reciprocidade com ela o máximo possível. Molly, de imediato não diz nada, fiquei receoso caso ela não tivesse entendido o que acabei de dizer.
-Molly, is important, your opinion. But.....-. Desta vez sou interrompido por ela. Molly, faz um aceno para que eu possa parar de falar.
-Você o conheceu bem ou não? Que bom, Caio......só se sabe que Rosangela e Gustavo não vão permitir......-. O tom dela era de tristeza. Cruzo meus braços e tomo um guaraná que tava em cima da mesinha trasparente, que ficava ao centro da sala.
-Eu sei disso, Molly. Como também meus amigos que me resgataram pensam me trazer de volta para o Brasil. Não sabemos se vai funcionar como da outra vez que tentei não vim pra cá.......mas, eu quero continuar tentando até o final. Eu espero que dessa vez dê certo! Estou depositando até meu último pingo de suor para ir embora daqui! Eu vou sentir muita sua falta......-. Molly, quer chorar mas se contenta. Ter que deixa-la seria minha maldição pro resto da vida, mas com certeza se tentarei sair também fazerei o possível para ela ir fora daqui também.
-Irão manter namoro a distância caso, aceite namorar com ele?.-. Outro fato e que, Moly, sabia perfeitamente de que eu era gay. Ela nunca, criticou ou me abandonou, muito pelo contrário, sempre deu, seu total apoio desde do começo.
-Pode ser uma possibilidade. Por enquanto, quero ir devagar e conhecer mais um pouco dele, antes de ir para um relacionamento! Agora me diga, Molly. Como você está? Olha como minha "lindinha"tá! Minha princesa, tá dodói! .-. Aperto as bochechas dela que ficam "vermelhinhas" igual tomate.
-Ha,ha......bem melhor agora que você está....ainda sinto algumas "pontadas" de dores. Mas... o médico me alertou fazer repouso em meia e meia hora tomar os devidos cuidados que assim, poderei voltar a ser como antes!.-. Aqueles retardados tiveram a audacia de ferir, Molly. Confesso que na hora que a vi correndo em meus braços tão indefesa daquele jeito, queria sair correndo e mata-los com minhas próprias mãos! A policia daqui, era muito calada, e se sabiam de alguma coisa não tavam nem aí. Ah, não ser que se houvesse homicídio......;(
-Molly, não quero ser chato. Mas pretende continuar trabalhando, aqui? Eu sinceramente não posso te suportar aqui dentro! Temos que arrumar um jeito de sair dessa, porra, a qualquer preço! Eu não vou te abandonar.-. Jurei a mim mesmo naquele local e hora. Molly, tem um olhar sem opção e me diz responde uma última vez.
-Obrigada, mas eles me pagam bem e chatangeiam contar certas coisas para meus pais que eu ainda não estou preparada para dizer aos meus pais! Mas eu te amo muito, Caio! Por favor, não vá agora......por favor.-. Ela deita a cabeça em meu colo enquanto o relógio na parede já dava a meia-noite. Minha cabeça ficou embaralhada, sem saber o que deveria fazer e principalmente o que iria acontecer. O futuro era uma causa incerta, mas que sempre persistia em nossa cabeça.
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''Que Comece O Show'' [2 Temporada]
RandomCaio Guilherme Santos, tem 23 anos é sua ficha "escolar" e extensa, assim como seu histórico criminal de assaltos a mão armada, tentativas de homicídios com participações com a gangue mais bem procurada pelo Brasil. Será que diante deste novo cenári...