Forever!

Capítulo 1

Adriana não acredita ao ouvir o relato de sua irmã. Há dois dias atrás Vitória havia ido ao hospital com queixas de dores na região da cirurgia, agora estava tudo bem mesmo assim a morena estava preocupada com a sua irmã.

— Isso foi exatamente que horas da noite Vitória?
— Era tarde, Adriana!
— Eu ainda não acredito que você foi parar no hospital porque sentiu dores.
— Senti, acredite. * A loira confirma.
— Mas, o médico te deu todas as recomendações você sabia que devia repousar.
— Eu repousei, irmã!
— Jura, Vitória? * Ironizou Adriana.
— Não vem me culpar não, até porque a culpa é toda do José Ângel. * Disse a loira sem pensar, e quando se deu conta percebeu que havia falado demais.

As duas se conheciam muito bem, e a irmã mais nova de Vitória capitou no ar o que realmente tinha acontecido.

— É dele a culpa? Agora entendi tudo, vocês dois não quiseram esperar o tempo certo e foram brincar no mais novo parque de diversões. * Concluiu a morena ainda encarando sua irmã.

— Não, não fomos brincar com eles. O José Ângel só....aí Adriana eu fiz um movimento na hora que....e foi isso.
— Na hora que? Vitória Balvanera?
— Que gozei, pronto falei.
— Vitória minha irmã, não estou acreditando que estou ouvindo isso de você, sério!
— Aí, irmã! Achei que não teria nenhum problema José Ângel me fazer um carinho.
— E vocês contaram isso pra o médico da Urgência? * Indagou Adriana.
— Claro que não! Está doida? O importante é que agora eu estou ótima e na segunda eu volto ao trabalho.
— Já, irmã? Cuidado para não se esforçar muito, por favor!
— Não se preocupe, ficarei tranquilinha em minha sala resolvendo apenas as partes burocráticas.
— Acho bom!
— Mas agora me conta de vocês e sobre essa viagem inusitada.
— Será só uns dias curtindo o sol e a praia, Vicente precisa sair um pouco daquele hospital  e descansar um pouco foi a única forma que encontrei de aproveitar o feriado ao lado dele.
— Bom...eu e José Ângel estamos nos programando para passar o feriado em Cuernavaca, mesmo sem poder tomar muito sol e colocar um biquíni, quero curtir a paz daquele lugar.
— Estão mais do que certos, aquele lugar é maravilhoso.
— E o meu sobrinho favorito, está animado para viajar?
— Não fala em outra coisa, vamos levar um amiguinho dele para fazer companhia.
— Fico pensando quando Angelito tiver idade suficiente para viajar com a gente e levar amiguinho.
— Na certa ele levará Mia e o pai dela junto. Vitória e seus dois maridos, já pensou? Você, Mia, Angelito, José Ângel e Nelson....?
* A morena brinca.
— Para com isso, Adriana! Falando em Nelson ele me ligou ontem se fazendo de preocupado me perguntando porque não me viu pegando Angelito na creche.
— Ele não sabia da sua cirurgia?
* Perguntou Adriana.
— Agora já sabe!
— Vitória, tem certeza que Nelson realmente não sente nada por você?
— Adriana o que ele e eu e temos, e que inclusive já deixei bem claro para ele é uma amizade isso somente por consideração aos longos anos de matrimonio que tivemos e a nossa filha.
— E ele não entendeu isso?
— Entendeu sim, aí você e sua mania de ver maldade sempre.
— Quando você e José Ângel se conheceram era somente uma amizade, uma relação de patroa e guarda-costas, me lembro perfeitamente do dia que você me disse que José Ângel voltaria para essa casa somente na condição de vocês esquecerem o que tinha acontecido entre vocês, e você me garantiu que seriam apenas amigos. E essa amizade está rolando pelo visto há um bom tempo, com um filho e com direito a ida no hospital depois de gozar. *   Concluiu Adriana dando uma risada.
— Mas com o Nelson é diferente, ele me traiu e eu sou muito feliz ao lado do José Ângel e não penso em outro homem ao meu lado que não seja ele. * Respondeu Vitória um pouco irritada.
— Eu sei, eu sei! Estou apenas te provocando irmazinha.
— José Ângel é muito ciumento!
— E você também é Vitória! Principalmente se encontra Arriaga conversando com aquela funcionária dele, mesmo sendo assuntos de trabalho.
— Eu não gosto dela, eu confio no meu marido mas me irrita vê-lo todo sorridente enquanto fala com ela, mesmo que ele me diga que seja apenas uma cordialidade.

Chegando por trás Arriaga se defende com um sorriso.

— Não seja injusta comigo!
— Estava aí escutando nossa conversa, José Ângel?
— Claro que não meu amor, acabei de chegar, entrei pelos fundos porque sujei meus sapatos e não queria sair sujando todo o tapete da sala.
— Aham, aham.
— Oi, senhorita Adriana! Tudo bem? * Cumprimentou a cunhada.
— Tudo ótimo, estava aqui conversando com a minha irmã sobre a viagem que farei com o Vicente. É uma pena que vocês não podem ir com a gente, o Vicente iria adorar ter uma companhia masculina.
— Pelo que Vicente falou no nosso grupo de melhores esposos, ele não pretende ter companhia de ninguém a não ser a sua, cunhadinha. * Disse José Ângel em um tom de brincadeira.
— "Grupo de melhores esposos" * Gargalha Vitória.
— Vitória você não tem a curiosidade de olhar a conversa desse grupo não? * Indagou Adriana.
— Acho justo termos acessos, irmã. * Brincou Vitória.
— Isso nunca! * Afirmou José Ângel, enquanto beijava o rosto da esposa.
— Onde está o Angelito, amor?
— No quarto dele assistindo desenho. Não sei qual o milagre que aconteceu, mas, o nosso filho tem se comportado bem ultimamente.
— Ele é comportado como o pai, amor! * Murmura José Ângel se gabando.
— Não seja convencido, José Ângel! Deve ser fome, vai tomar um banho que pretendo almoçar mais cedo hoje.
— Realmente preciso de um banho, porque não posso deixar nosso filho na escola sem estar cheiroso. * José Ângel falou na intenção de provocar ciúmes na esposa.
— Como é que é, José Ângel?
— Ele está te provocando irmazinha. * Murmurou Adriana.
— Ah amor preciso estar bem cheiroso, porque as mães das amiguinhas do Angelito vem até mim para conversar e eu não posso estar fedendo. * Continuou provocando.
— Engraçadinho! Experimenta ficar amigo de mãe de aluno naquela escola. Olha eu não posso deixar José Ângel e Angelito sozinhos por aí, dando sopa está vendo Adriana? Porque os dois parecem dois pavões adoram se amostrar.

Os três gargalham das provocações, e José Ângel se retira deixando as duas sozinhas novamente na sala.

— Bom...acho que deu minha hora! * Falou Adriana enquanto se levantava na intenção de ir embora.
— Ah não, Adriana! Almoça com a gente hoje.
— Vitória eu não posso.
— Pode sim! Já está decidido, você almoça aqui e pronto. * Afirmou Vitória sem aceitar um "não" como resposta.

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