Revelações

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Liam...

  Soco o saco de areia como se estivesse socando aquele maldito do Ivan, como ele ousa escolher a Alicia como noiva? Como esse maldito ousa fazer isso? Deve estar curtindo com a minha cara, só pode querer me enlouquecer, dou chutes e socos, já estou todo suado, meu irmão Giovanni me chama.
- Chega irmão, vai dormir , amanhã temos a reunião com os malditos russos.- Só de ouvir essa palavra o ódio me consome.
- Não sei se vou conseguir ir, na hora que eu ver o maldito do Ivan vou dar um tiro bem no meio da sua testa.
- Liam você sabe que sua presença é obrigatória, e terá que se controlar.
- Você acha que não sei, e dependendo da decisão do conselho você não poderá fazer nada.
- Você acha que não sei, você acha que não pensei nisso, mais se o papai aceitar isso, eu vou traçar uma guerra.
- Isso seria traição contra a Cosa Nostra.
- Estou ciente disso, e não vou deixar condená-lo a uma vida de tortura e humilhação,  acha que eles vão tratar bem uma italiana?.
- Nós dois sabemos que não é só por isso. Vamos dormir e veremos o que será daqui pra frente.
    Vou para o meu quarto, puto e pensando em todas as situações possíveis que Alícia passaria nas mãos do Ivan, e me corrói por dentro imaginar seus gritos de dor e pedidos de ajuda. Acordo tomo um banho,  me visto e desço para o café, não falo com ninguém e meu pai me encara.
- Preciso que você esteja estável para essa reunião Liam.- Minha mãe me olha e não fala nada.
- Sei disso pai, não vou perder o controle.
- Espero.- Minha mãe suspira e diz.
- Marido, faça o possível para não permitir que isso aconteça, aquela criança passou por tanta coisa.
- Farei o possível.
   A conversa se encerra nisso, seguimos para a reunião todos em silêncio. Chegamos e fomos para a sala e esperar os russo chegar. Passam dez minutos e eles chegam o maldito Ivan svanoff dá um sorriso pra mim.
- Olá italianos.- Todos estão com as mãos próximas a suas armas, tem cinco soldados na sala, e quatro dos russo, o irmão do Ivan, Rubens tem uma cicatriz enorme próximo a boca.
- Ivan sente-se.- Ele se senta e diz com deboche.
- Parece que os outros estão atrasados.
- Eles já estão chegando.- Os outros entram e se sentam. O pai de Alícia me olha, apreensivo.
- Vamos começar a reunião, qual sua proposta Ivan?.- Coça o queixo e fala.
- Vocês já devem saber, mas vou dizer mesmo assim, quero Alícia Gambino como noiva, venho a observando e li algumas coisas a seu respeito que me interessou muito.- Fecho a mão com ódio.
- Não posso entregar a minha filha assim.- Stevon diz e meu pai faz sinal para ele se calar.
- Quem te passou essas informações sobre uma das nossas?.- Meu pai pergunta.
- Alguém próximo a vocês, mas não posso revelar as minhas fontes, me disseram que ela é sua prometida.- Aponta em minha direção. Recebo a permissão para falar.
- Sim como sabe ela é minha.- Da risada e fala.
- Não é só por isso que a quero, mas gostei pra caramba dela, me parece ter muito fogo na cama.- Quando eu ia dar um soco na cara do maldito, Giovanni me para.
- Você não tem outra coisa que queria como acordo? Poderemos te oferecer muitas virgens em troca de Alícia, ela não foi criada como uma mulher da máfia e não vai lhe agradar como esposa.- Meu pai se pronúncia.
- Vou pensar, mas minha decisão atual é ela e vocês podem ir pensando se querem ou não me entregar a garota em casamento. E eu quero uma parte do território americano para os meus negócios, vocês vem me impedindo muito de trabalhar por lá.
- Tudo bem vamos pensar na proposta, por enquanto você podem cessar fogo?.
- Está bem, trégua por um mês, depois disso se eu não obtiver nenhuma resposta terá guerra. Você diga a minha noiva que estou louco para sentir o gosto da sua boca.- Aponta pra mim e eu bufo de raiva. O desgraçado sai gargalhando e que vontade de meter uma bala na sua cabeça maldita.
    A reunião segue entre nós, e todos questionando o que vamos fazer, alguns dizem que o melhor é entregar Alícia, outros dizem que não o pai da Alicia se revolta, questiona até o fim para não entregarem sua filha. A reunião se encerra sem uma decisão. E meu pai diz que vai mandar fotos de algumas garotas a Ivan e que ele quer ouvir a opinião de Alícia.
- Pai não podemos deixa-la decidir isso é fora de cogitação.- Meu pai bufa dentro do carro.
- Eu também gostei da garota pai, não podemos fazer isso.- Giovanni fala.
- Eu quero lugar com ela, já que fez aulas de lutas, quero que me mostre o que sabe fazer.- Fico confuso com o que os meus irmãos disse.
- A decisão será a melhor possível, e temos que ver o que a garota vai escolher, eu tenho um plano, vamos ver se ela vai aceitar.- O olho e pergunto.
- Que plano?.- Pergunto.
- Quando todos estiverem presentes eu falo.
    Fomos para casa e fico puto, isso não pode ficar assim o maldito entra nos nossos territórios, faz a merda toda, quer a minha Alícia e fica por isso mesmo, eu quero mata-lo pessoalmente e de preferência aos pouco, vai ser um prazer tortura-lo .
  Chega sexta feira e minha mãe armou um baile para comemorar o meu aniversário, não queria isso, tem muita merda acontecendo. Venho falando com Alícia somente por telefone, não vejo a hora de vê-la, quando estiver em minha frente vou desfrutar pedaço a pedaço do seu corpo, fazê-la sentir toda a saudade que estou, meu irmão Giovanni entra no quarto e diz.
- Depois da festa podemos ir pegar umas putas irmão, já faz tempo que você não faz isso, vai ficar com bolas azuis dese jeito.- Arrumo minha gravata e falo.
- Não quero, tenho coisa melhor pra fazer.- Giovanni balança a cabeça.
- Vai ficar só esperando a Alicia? E se ela não vier?.- O encaro semi cerrando os olhos.
- Vai cuidar da sua vida e não me enche, não estou afim de puta nenhuma e isso não por causa da Alicia, se eu quiser foder qualquer uma eu fodo.
- Aham sei. Vamos a mamãe está nos esperando para receber os convidados.
   Desço e para próximo a porta ao lado dos meus irmãos e os convidados vão entrando, o maldito do Augusto veio e me cumprimenta quando um sorriso falso, seu filho aquele mauricinho, mimado vem logo atrás. Meu coração para quando vejo Alícia e seu pai caminhando na minha direção, como está linda perfeita, e querendo me matar de ciúmes, os seus peitos estão quase saltando do decote, me deu vontade de parar essa festa agora e arrancar os olhos de todos os malditos fodidos que ousar olha-la, vem e me abraça.
- Você quer me fazer arrancar os olhos de todos aqui?.- Sorri e se solta do abraço.
- Acho que alcancei o meu objetivo.- Nem dou atenção aos outros convidados que entram.
- Então foi intencional, vamos subir para você me dar o meu presente.- Ri mais ainda.
- O seu presente está aqui.- Pego a caixa que só agora percebi que ela estava segurando, abro e vejo uma Glock com o meu nome gravado.
- São iguais.- Afasta a fenda e me mostra que está com uma pistola igual a minha na perna, porra essa mulher é foda demais.
- Você quer me matar só pode.- Balanço a cabeça em negativa, minha mãe mostrar a mesa que está designada a eles, e as duas saem conversando, observo os homens de olho nela e porra vou matar um hoje por culpa dela. Pego uma taça de champanhe encostado na parede sem tirar os olhos dela. Lucca se aproxima e diz.
- Vou convidar a Alicia pra dançar.- O encaro e pergunto.
- Por que ?.
- Não posso dançar com a minha cunhada? Na verdade é pra não dar muito na cara o seu ciúmes.
- Não estou com ciúmes.
- Tá bom.- Sai e a convida e ela aceita, os dois começam a dançar, os malditos ficam babando olhando para sua bunda, até os que estão dançando com as suas mulheres estão olhando, falando nas mulheres vejo olhares de ódio e inveja para Alicia, augusto e seu filho Felippo se aproximam aja paciência.
- Bela festa liam.- Felippo fala.
- Minha mãe organizou.
- Aquela garota que está dançando com o seu irmão é muito linda, será que tenho chance?.- A taça se quebra na minha mãe de tanto que apertei.
- Óbvio que não, ela é minha.- O garçom vem e me entrega um guardanapo para limpar a minha mão,  que merda que está acontecendo todo mundo quer a Alicia agora?.
- Deixa disso Liam, você sabe que ainda não foi tudo firmado.- Maldito Augusto, só pode estar procurando a morte e ele vai encontrar.
- Não foi ainda, mas ela sempre foi a minha noiva e isso não vai mudar.
- Bom se não der certo entre vocês dois, vou tentar arriscar, aliás se o pai dela fechar o acordo ela não tem muito o que questionar.- Tento manter a calma, porque já estou imaginando cenas de tortura demais.
- Com licença.- Me retiro e vou até Alícia e meu irmão e a puxo para dançar tango, é ótimo para matar todos de inveja.
- Você é tão gostosa que todos a estão desejando.- Cruza a perna na minha, e deslizo a mão na mesma perna.
- Você exagera demais.- A giro e puxo.
- Bem que eu queria estar exagerando, meu coração não vai aguentar muito, estou quase tendo um ataque cardíaco aqui.- Pula no meu colo e começo a girar a segurando.
- Você está brincando com a minha cara.- Logo agora.
- Porra você me deixou de pau duro Alícia.- Segura o riso, porque essa dança exige expressão seria. Dançando até a música acabar. Acalmo o meu amigão, vejo Catharina fazendo gesto para segui-la, vou até ela e digo.
- No escritório agora!.- Vou para o escritório e ela vem atrás. Entro, fecho a porta e sento na cadeira.
- Liam eu não deveria ter vindo, mas eu não podia mais guardar isso.- Me sirvo de um copo de uísque.
- Fala logo de uma vez, não tenho tempo para enrolação.- Segura o choro e fala.
- Eu estou grávida!.
- O que?.- Alícia fala quando abre a porta.- Que merda foi essa que essa mulher acabou de falar.
- Alícia por favor, sai deixa que eu resolvo isso.- Vem em minha direção para ao meu lado e fala.
- Mas eu não vou mesmo, fala logo garota desembucha, ou eu meto um tiro na sua testa.- Sei que não é momento pra isso, mas o meu amigão até despertou depois dessa.
- Eu estou grávida de três meses, o Liam sempre transava comigo, todas as vezes me procurava na boate.- Catharina engole seco, e Alícia me encara como se fosse a própria Lilith, me levanto e vou na direção da Catharina seguro em seu pescoço.
- Mas que porra de armação é essa!? Não mente, eu sempre usei camisinha, não mete essa pra cima de mim!.- A solto um pouco para a maldita respirar.
- Liam... Eu juro... Eu ia guarda pra mim, não queria te prejudicar... Eu não estou mentindo.- A solto e ela coloca as mãos no pescoço, buscando fôlego, Alícia caminha lentamente e vai na direção dela e diz.
- Você diz que não está mentindo correto?.- Balança a cabeça confirmando.- Vamos fazer um teste de DNA. Dependendo do resultado Liam assumirá a criança, agora se for negativo, espero a criança nascer, entrego em um lar adotivo e você, irá morrer pelas minhas mãos.- Essa mulher mete medo em qualquer um.
- Não vou esperar a criança nascer Alícia, vou matar essa maldita agora.- Falo pegando a minha arma, Catharina se treme toda, Alícia faz gesto pra mim parar.
- Não é preciso esperar os nove meses Liam, pergunte ao médico com quantos meses de gravidez  já pode fazer o teste.- Vai em direção a porta e fala.- Se a criança for sua , não me caso com você.- Bate a porta e me deixa ali.
- Era isso que você queria? Acabar com a minha vida? Vai embora daqui, você não foi convidada!.- Ela sai e eu bebo o resto que sobrou no copo e o arremesso na parede com ódio, mais que merda mais um problema, mas o pior vai ser acalmar Alícia. Volto para a festa, me sento a mesa que nossa família está, ela me olha e vira o rosto, minha mãe fala.
- Vocês formam um belo par, achei tão lindo vocês dançando.- Alícia sorri forçado.
- Muito obrigado dona Rosa, a propósito você aceitaria um homem que sua ex está grávida?.- Bate os cílios me pirraçando.
- Se fosse no meu caso, eu não aceitaria, seria muita dor de cabeça, claramente a ex seria uma sombra nas nossas vidas. Mas porque a pergunta?.- Ela bebê um gole do champanhe e diz.
- Só estou avaliando informações por causa dos pretendentes.
- Mas mãe se o cara não tiver culpa? Se ele não sabia disso?.
- A meu filho mesmo assim, a mulher não é obrigada aceitar filho de outra.- Olho para Alicia, que bebê um champanhe atrás do outro.
- Vamos papai? A viajem é longa e não quero chegar tarde. Feliz aniversário Liam, tenham uma ótima noite.- Seu pai se despede e ela sai, vira e me mostra a língua, vocês acreditam nisso, ela me mostrou a língua, não acredito nisso, me deu vontade de colocá-la no meu colo e lhe dar umas boas palmadas. Várias filhas dos nossos aliados ficaram se jogando a noite toda em cima de mim depois que Alícia se foi, Augusto está com um sorriso vitorioso que até agora não entendi o porquê, estou com uma suspeito que isso foi armação sua, mas não tenho provas então tenho que ficar na minha. Sei que isso sobre Catharina vai me dar muita dor de cabeça ainda, principalmente com aquela pirracenta, vou ter que dar um jeito de acalma-la. Lucca vem até a mim e fala.
- Irmão, recebi uma notícia que o carro que a Alicia estava capotou, o motorista disse que os russo a levaram.- Quebro outra taça e meu coração parece que parou.- Vou avisar o papai.
   Merda, merda, merda não pode ser isso não pode estar acontecendo, o que eu faço agora? Meu coração está disparado, me pai fala algo que não consigo entender, estou em pânico, não sei o que fazer, não sei o que falar, Giovanni me tira do transe que estou.
- Liam, olha pra mim, precisamos de foco para resgata-la, precisamos estar calmos. Os soldados foram levar o pai de Alícia para o hospital, parece que ele não sofreu nada grave.  Nosso pai foi atrás de reforços, e o Lucca foi rastrear o carro dos russos, precisamos de você.- Confirmo com a cabeça, vejo minha mãe chorando e vou até ela acalma-la. Os convidados foram dispensados então estamos somente nós e alguns que fazem parte do conselho estão com o Dom.
- Meu filho, o que eles vão fazer com a menina? Fio Santo a proteja, traga ela de volta sã e salva, Liam traga nossa menina de volta.- A abraço e falo.
- Eu prometo mamãe que vou trazê-la de volta, e esses malditos vão jogar sangue, eu prometo.
- Se eles a machucarem faça o pior com eles.- Confirmo com a cabeça e vou onde meus irmãos estão. Se é guerra o que eles queriam é guerra que vão ter.

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