Capítulo Único: Rebirth

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— Acho que estamos prontos, — Draco diz, endireitando-se e olhando ao redor da sala mal iluminada.

Parece algo saído de um museu mágico. Está cheio de artefatos mágicos tão antiquados que são mantidos apenas para a idade, e não para o uso. Qualquer especialista diria que a magia que eles carregavam está adormecida agora.

Não mais.

Não nesta sala.

Há runas esculpidas no chão, arcos cuidadosos mapeados para seguir a interseção das linhas ley no subsolo, tudo levando a uma série de círculos concêntricos escalonados no centro da sala. A magia elemental está vazando deles.

O ar está parado e tão carregado de magia que Draco pode senti-lo cobrindo sua língua e dentro de seus pulmões. Ele tinha esta sala cortada nas pedras abaixo da Mansão Malfoy, ainda mais abaixo do que as passagens sinuosas da masmorra, tentando chegar o mais perto possível fisicamente das linhas ley. Não há varinhas ou qualquer outro tipo de magia mágica aqui. Se Draco tentasse lançar um feitiço simples em uma sala com tanta magia elementar bruta, ele poderia muito bem explodir a mansão inteira.

Há um zumbido suave que emana de um enorme caldeirão de prata que fica no meio dos círculos. O som é tão fraco que é quase imperceptível, mas parece cada vez mais insistente, o gemido baixo ao mesmo tempo enervante e sedutor.

Se Draco ouvir, ele se vê caminhando inconscientemente em direção ao caldeirão, mesmo quando os cabelos de sua nuca se arrepiam e um suor frio começa a escorrer entre suas omoplatas.

Tudo sobre a magia na sala parece diferente. Ele não deveria estar lá mesmo enquanto permanece obstinadamente, invocando a magia que está adormecida há tanto tempo que a maioria dos magos esqueceu que ela existiu.

Sai fora, mortal. Nossa magia não é para o seu tipo.

Ele se vê caminhando em direção ao caldeirão antes de se segurar. Um calafrio percorre sua espinha.

Ele balança a cabeça e se vira.

— Granger, você está...?

Sua voz para quando ele se vira para encontrar Granger uma pilha amassada no canto mais distante do banco. Ela está caída contra a parede, com os olhos fechados. Um frasco lacrado segurado frouxamente em uma mão, uma fraca luz azul, pouco mais brilhante que a luz das estrelas distantes, brilha fracamente dele.

Seu coração aperta enquanto ele se move em direção a ela, os olhos correndo entre ela e o frasco em seu colo.

— Granger? — Ele se ajoelha, seus dedos correndo pela garganta dela, tentando encontrar o pulso. — Granger?

Ele encontra a vibração da vida sob sua mandíbula, tão fraca quanto a luz dentro do frasco, mas ainda lá, ainda segurando. Ele suspira e a puxa para frente.

— Estamos tão perto. Estamos quase lá. Apenas espere um pouco mais.

Ela não se mexe, em vez disso, cai contra o peito dele, ainda inconsciente. Ele envolve seus braços ao redor dela por um momento, descansando o queixo no topo de sua cabeça antes de limpar a garganta.

— Granger, acorde. Eu preciso de sua ajuda.

Sem tirar os dedos do ritmo reconfortante de seu pulso, ele bate levemente contra suas bochechas com a outra mão, tentando acordá-la, acariciando sua têmpora. Seus cachos pegam e se enrolam em torno de seus dedos.

— Mmm —, ela finalmente diz, mexendo.

Draco instantaneamente se senta sobre os calcanhares, afastando-se e inclinando-a contra a parede enquanto suas sobrancelhas franzem e ela acorda.

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