Banger; capítulo único

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Toda vez que você me olha eu bato um recorde
Você vai sentir o grave no seu corpo essa noite
Fazendo aquela melodia doce que eu gosto
Amor, quando fazemos isso é como uma música, tocando os lábios a noite toda.

Banger, 11:11

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Já eram mais de oito da noite quando Caitlyn colocou os pés naquela boate.

Ela encarou o letreiro verde neon do A Última Gota antes de suspirar vagarosamente e revirar seus amendoados olhos azuis. Estava inquieta e contrariada, nem queria estar ali para início de conversa. Deu outro suspiro longo, agradecendo educadamente ao motorista pela corrida até ali e deixando uma gorjeta considerável ao homem de meia idade, que agradeceu com um sorriso amigável e deixou seu contato gravado no celular de Caitlyn, caso ela precisasse de alguém para buscá-la mais tarde. Bateu a porta da Range Rover preta e colocou os pés na calçada, sentindo muitos olhares sobre ela. Alguns a olhavam com desdém e desprezo, outros com inveja, indiferença e até mesmo com desejo. Aquele não era o tipo de lugar que ela costumava frequentar, e todas aquelas pessoas a encarando reforçaram ainda mais que aquele não era o seu lugar.

Pensou em mandar uma mensagem ao motorista para que ele voltasse, mas meneou a cabeça e apertou os olhos, lembrando-se do motivo de estar ali. Além do mais, era só uma noite e todos os seus amigos estariam lá com ela, não havia nada de ruim que pudesse acontecer. No máximo ela ficaria bêbada e beijaria algumas garotas na pista de dança. Era uma festa como qualquer outra.

Empurrou a porta dupla com ambas as mãos e entrou. O barulho dos seus saltos pretos de camurça já não ecoavam quando ela tocava os pés no chão, sendo abafados pela música eletrônica no último volume. Haviam muitas pessoas ali, mais do que ela conseguia contar, e conforme ela cortava a multidão atraía certa atenção para si. Alguns homens a comiam com os olhos, mas os olhares das mulheres eram os únicos que a interessavam. Trocou flertes silenciosos com algumas delas, mais por diversão do que por real interesse, no momento, não tinha interesse em beijos ou sexo casual, mas, talvez ela mudasse de ideia em algumas horas depois de alguns drinks.

Esgueirou-se mais um pouco por entre os corpos de desconhecidos, agarrando a bolsa e a sacola que levava consigo junto ao corpo até finalmente avistar aquele grupo de pessoas que lhe era tão familiar. Aproximou-se com um sorriso no rosto, gesto que foi imediatamente retribuído por seus amigos ao vê-la.

— Não acredito que você apareceu mesmo! — Ekko foi o primeiro a cumprimentá-la, dando um abraço apertado na mais alta.

— Prometi que viria, não prometi? — Caitlyn disse rindo, ainda abraçada ao amigo. — Eu não perderia isso por nada nesse mundo. — soltaram-se daquele aperto confortável e caloroso. O homem estava radiante, mesmo com a pouca iluminação era possível ver o brilho em seu olhar. Como num estalo, a de olhos azuis lembrou-se da sacola que carregava consigo, rapidamente a entregando para Ekko. — Feliz aniversário, chefinho.

O de cabelos platinados agarrou o objeto de papelão, abrindo o saco cuidadosamente e puxando de lá seu presente que foi escolhido a dedo por Cait. Era uma jaqueta de moletom preta, com alguns detalhes em branco do lado de fora e um forro amarelo por dentro, sendo um tamanho maior do que o aniversariante parecia usar, já que ele preferia roupas largas. Ekko prontamente vestiu a peça, a jogando por cima da regata cinza-azulada que usava. Olhou o próprio corpo de cima para baixo, vendo como a jaqueta completava perfeitamente todo o restante do conjunto, que era formado por uma calça jogger cinza chumbo erguida até um pouco abaixo dos joelhos, meias pretas de cano longo e um par de Nikes Air Jordan brancos e amarelos - que também foram dados por Caitlyn.

Banger | CaitVi One-shot +18Onde histórias criam vida. Descubra agora