Capítulo 50

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Roy e eu acordamos antes das cinco da manhã. Motivo: uma mamãe enjoada e um papai preocupado. Após o episódio do enjoo, não conseguimos mais dormir. Então resolvemos assistir Agents of Shield. O que não sabíamos, é que logo pegaríamos no sono novamente.

Acordo por volta das nove, com um cheirinho de café invadindo minhas narinas. Um aroma delicioso!

— Hum... — espreguiço-me e abro os olhos — Que cheiro bom!

Roy acabara de colocar a bandeja de café na mesa de cabeceira ao meu lado.

— Espero que esteja com fome, linda. — beija o topo da minha cabeça.

— Faminta! — respondo. Olho pela janela e sorrio ao perceber que o tempo estava bom — O que acha de tomarmos café na varanda?

— Uma ótima ideia! — pega a bandeja e sai do quarto.

Espreguiço-me mais uma vez, antes de vestir o robe e calçar as havaianas que trouxe do brasil. Tinha uma coleção lá em casa. Pego a cartela do bendito remédio que devo tomar na parte da manhã, e saio do quarto. A casa estava silenciosa sem a presença de Emily, que viajara há cinco dias. Era tão estranho.

— Pegou o remédio? — Roy me questiona assim que apareço em nossa varanda. Dou um sorriso lateral e balanço a cartela no ar. Ele sorri satisfeito e afasta uma cadeira para que eu me sente.

— Isso é tão nostálgico... — comento, tomando meu assento.

— Uma pena que precisaremos voltar daqui há seis dias. — coloca o prato com algumas frutas e pães doces em minha frente. Isso me faz lamber os beiços e devorar um deles.

— Não quero pensar nisso agora, meu bem! — respondo com a boca cheia — Ainda temos muito o que fazer aqui.

— E quais são os planos para hoje? — pergunta após bebericar seu café.

— Thom nos convidou para um jantar à noite. Mas se você estiver livre, o que acha de irmos naquela praia onde fizemos nosso primeiro piquenique? — aponto para o céu — o tempo está lindo e tão gostoso... — fecho os olhos e inspiro profundamente — Deus é tão bom!

— Sim, Ele é! — escuto sua risada baixa — E eu gostei da ideia. Será um ótimo cenário para relembrar o quanto eu te amo! — segura minha mão sobre a mesa — Mas antes, darei uma corrida no Central Park, para não perder o costume.

— Também quero ir! — meus olhos brilham de animação.

— Nem pensar! — arrasta a cadeira e se coloca de pé.

— Roy! — tento protestar, mas ele me corta.

— Você lembra quais foram as orientações do médico? — faço bico e rolo os olhos, enfiando um pedaço de maçã na boca — Prometo que não demoro. — Entra em casa, após selar nossos lábios rapidamente.

Termino meu café e recolho as comidas e louças da mesa. Meu marido já tinha saído de casa. Coloco um louvor e vou para a cozinha. Decido preparar alguns aperitivos para levarmos mais tarde para a praia. Tal ideia me deixou extremamente animada.

— Os que esperam em Deus, correrão e não se cansarão. As suas forças se renovarão! — canto no ritmo da música — Pois Deus sempre é fiel, em todas estações. Ele é Deus de milagres!

Minha mente estava tão imersa em Deus, que mal percebo meu celular tocando. Corro para a sala e abaixo o som. Pego o aparelho e atendo.

— Pai! — saúdo alegremente.

— Filha? — sua voz é preocupada — Filha, você está bem?

— Estou! — franzo o cenho — Aconteceu alguma coisa?

𝗗𝗮 𝗩𝗮𝗿𝗮𝗻𝗱𝗮 | Em Paris [Livro 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora