📜 9- Uma história de Amor

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Enquanto Orochimaru e Kabuto dormiam, na casa da Tsunade, ela e Hiruzen já haviam bebido bastante sakê e estavam bem alegres. Eles haviam se conhecido há quase vinte anos. Descobriram o amor nos braços um do outro, quando passaram juntos algumas noites de um inverno rigoroso. Foram momentos dignos de um livro de romance, mas acabou igual começou: de repente. Sem final feliz.

Hiruzen era jovem e sonhava em conhecer todas as bibliotecas do Japão, e talvez do mundo. Sua sede de conhecimento era insaciável. Enquanto Tsunade, queria o mesmo que as mulheres daquela época: marido, filhos, casa, estabilidade. O jovem cheio de sonhos com bibliotecas e livros não podia lhe dar o que esperava da vida. No dia em que ele partiu, a pobre moça chorou muito. E levou muito tempo para que ela se recuperasse. Contudo, nunca o esqueceu.

Muitas vezes ao longo dos anos, Hiruzen sentiu saudades. Pensava em voltar para vê-la, acariciar os belos cabelos loiros, sentir seu perfume... Mas não poderia alimentar nenhuma esperança no coração dela, pois ainda queria ser o andarilho que persegue o saber pelo mundo. E sabia que voltar só faria a loira sofrer. Por isso, voltara à cidade disfarçado, somente para vê-la de longe e perguntar aos conhecidos como ela estava. Fez isso várias vezes, até o dia que se mudou para a aldeia onde começou a cuidar de Orochimaru e Kabuto. Desde então, Tsunade passou a morar só nos seus sonhos e lembranças.

Agora finalmente estava ali, frente a frente com ela, desfrutando o prazer de observar sua face corada, devido à ingestão de bebida alcoólica, o sorriso cativante e aqueles olhos cor de mel que sempre amara.

Após algumas garrafas de sakê, teve coragem de perguntar:

- Você nunca se casou, Tsuna?

- Não - respondeu ela, virando para o lado e fitando a parede - Sou o tipo de mulher que ama apenas uma vez na vida - falou com um sorriso triste voltando a olhá-lo por baixo dos longos cílios.

Aquilo foi suficiente para Hiruzen. Ele inclinou-se sobre a chabudai¹ e, segurando os dois lados do rosto dela, tomou seus lábios num beijo cheio de amor e saudades, que ela retribuiu na mesma intensidade.

- Eu também! - disse num sussurro quase sem ar - Nunca toquei outros lábios depois de provar os seus.

Ele contornou a chabudai deitou-a sobre o tatame. Beijou-lhe o rosto, os cabelos, os ombros... Devorou seus lábios com luxúria e deixou uma trilha molhada pelo pescoço alvo e o colo perfumado, enquanto ela se esforçava para abrir o kimono e libertar os seios fartos, para que pudesse também sentir seus toques nessa região tão sensível. As mãos dele subiam pelas coxas roliças, apertando, marcando e se apropriando daquele corpo que, agora sabia, sempre fora seu.

Os sons de prazer que escapavam dos lábios dela eram iguais aos da juventude. No momento em que tocou-a sob a roupa íntima, no centro de sua feminilidade, sentiu-a tremer prazer. Mas ele queria mais. Separou as coxas alvas, afastou o pequeno pedaço de seda, que impedia a visão da delicada região em forma de orquídea, aspirou seu perfume por um instante e logo em seguida provou o sabor inigualável da sua amada, deixando a língua passear naquele pedaço do paraíso.

Seus gemidos ecoavam pelo shōgi². Hiruzen se deleitava em proporcionar tamanho prazer àquela a quem amava. Quando seu ápice se aproximou, Tsunade agarrou-lhe os cabelos, empurrando-o de encontro à sua pélvis, desejando aumentar o contato. E não demorou para que ele sentisse nos lábios o gozo que provocara.

Deitou ao lado dela, esperando-a se recuperar do orgasmo recente e admirando sua beleza ainda mais exuberante devido ao orgasmo recente. Finalmente recuperada, Hiruzen terminou de tirar as suas vestes da amada e suas próprias. E se amaram com carinho e luxúria, como nos velhos tempos...

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