Barcelona.

Barcelona X Hotel San Diego

Aeroport de Barcelona-El Prat. 11: 55 AM

O bronzeado batia os pés ansiosamente no chão do Aeroporto. Nervoso, ansioso, eufórico. Talvez fosse a maior aventura de sua vida . Talvez fosse sua melhor decisão. Ou fosse a maior loucura que já tivesse feito em seus vinte e quatro anos, como assim dizia seu melhor amigo sul coreano Jimin. Nascido e criando em Barcelona, filho de um casal liberal - até demais - Taehyung Kim era um garoto, homem - vai dá interpretação de cada um -  único. Não aquela ladainha de clichês baratos "você é diferente das outras". Único porque ele era autêntico. Porque ele era ele e não tinha medo da sua verdade. Graças a sua criação era muito bem resolvido em grande parte de suas questões. Único porque todo ser humano é único e ninguém é igual a ninguém. E ele sabia disso.

Vestindo uma calça Alfaiataria Ampla marrom na tonalidade café, uma camisa social de mangas curtas branca com os botões mais abertos do que deveriam, revelando seu peitoral dourado, magro, e malhado. O rapaz levantou com sua plaquinha com frases em hangul escritas com uma caligrafia questionável. Os cabelos pretos bem hidratados presos ao topo da cabeça com o óculos de sol de grife - presente de seu novo, hummm,  amante? Sugar Daddy? Termos tão antiquados não lhe agradavam. Ficante talvez fosse melhor. Combinado perfeitamente com a paleta de cores de seu look e todos os outros acessórios. Lábios hidratados com mel e pigmentados por tanto passar a língua neles. O Kim era um pecado. O melhor pecado. E ele sabia usar isso ao seu favor.

Desembarcando junto de outros passageiros da primeira classe, o moreno não conteve um riso desacreditado quando viu o cartaz de boas vindas de um jovem bonito e agitado demais entre as outras pessoas. Jeon vestia uma camisa social preta, dois botões discretos abertos, magas dobradas na altura dos cotovelos mostrando suas tatuagens do antebraço direito. Uma calça de alfaiataria na estampa quadriculada preta e cinza, totalmente colada em suas coxas duras e torneadas . Um belo peitoral, um belo par de coxas. Constatar isso fez a nuca do Kim arrepiar. Jeon era quente, gostoso e promíscuo. E ainda era o velho rico. Um bônus, por assim dizer.

— Bem vindo gatinho. Serei seu guia turístico. Sério?—Jeon questionou em espanhol ao se aproximar do Kim - que era ainda amais bonito pessoalmente, mesmo sem um pingo de maquiagem - tirando a mascara do rosto. Taehyung sorriu e abaixou cartaz. O sotaque de Jungkook era forte, mas sua voz era tão suave e gostosinha que deixou pra estranhar isso em outra hora.

— Vou te levar pra conhecer Barcelona antes de conhecer minha cama ué. — Soltou com sorriso arteiro e jovial nos lábios. O Espanhol era ousado, atrevido, sem restrições e papas na língua. E o milionário adorava isso no mais novo.

— Que romântico. — Ironizou tirando uma risada gostosa de outrem, o que o fez rir também. Conversou poucas vezes com o jovem antes de embarcar para Europa. Algumas por mensagem, outras por ligação. Pelo pouco que ouviu pode perceber que Taehyung era um espírito livre. Sem raízes e amarras. Sem normas e leis. Ele era leve.

— E gostoso. — Piscou para o mais velho e sorriu sentido seu ego se elevar pelo longo olhar que o homem deixou em seu corpo. Amava ser desejado, invejado, admirado pelas pessoas. Era um exibicionista, amava todas as atenções em si.

— Não posso discordar. — Comentou com a voz mais baixa e olhar carregado de um brilho que Taehyung conhecia bem, pois também portava. Luxúria. Jeon segurou a cintura do mais novo de modo possessivo e o guiou para fora do aeroporto, sabendo que seus seguranças cuidariam das malas para si, assim como também já tinha um carro e um chofer os esperando lá fora.

Taehyung não se importou nenhum pouco com o ato bruto do mais velho. Gostava daquilo, de que as pessoas sentisse que ele fosse uma posse deles . Isso o fazia sentir ainda mais fome. Fome de liberdade, de prazeres. Fazia seu ego aumentar. O fazia sempre querer mais e mais. Se acreditasse em Deus, seu pecado capital seria luxúria, ou talvez gula. Ou ambos. Era guloso e ambicioso, sabia disso e tal fato não lhe incomodava.  A sagrada família que lhe perdoasse, mas ele preferia o pecado.