Capitulo 43

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Anahí dormiu de novo. Ele não. Inverteu as posições, embalando-a em seus braços, e velou o sono dela. Não sabia quando poderia fazer isso de novo; não era idiota de pensar que terem transado significava algo. E ela dormiu tranqüila, quieta, calma. Quando o climatizador fez as luzes do borboletario aumentarem, avisando que amanhecera, Alfonso a apanhou no colo, levando-a consigo. Anahí, ferrada no sono, nem sentiu. Ele a deitou no sofá, cobrindo-a com um lençol, tomou o banho mais rápido da sua existência e voltou pra sala com sua muda de roupas e o laptop. Se aprontou ali mesmo, o laptop aberto e ela debaixo das vistas.


Gail: Bom dia. — Disse, vendo Anahí apagada — Ela está bem?


Alfonso: Já esteve melhor. — Disse, desgostoso — Traga meu café aqui, por favor. — Gail assentiu.


Ele tomou café na mesa de centro, trabalhando ali mesmo. Assim podia cuidar dela e trabalhar. Imprimiu algumas coisas, resolveu alguns assuntos, então ela despertou. Anahí apertou os olhos perante a claridade, se espreguiçando, então o olhou, desconfiada. Ele ergueu uma sobrancelha, e ela também.


Anahí: O que eu estou fazendo aqui? — Perguntou, abraçando o lençol. 


Alfonso: Sujando meu sofá branco de terra. — Brincou, e ela revirou os olhos. Os dois rolaram na terra a noite toda, o resultado era inevitável. 


Anahí: Eu dormi? — Perguntou, se sentando, parecendo maravilhada.


Alfonso: Umas seis horas. — Ela assentiu, pensativa. Não tivera muitos sonhos, mas também nenhum pesadelo — E encheu meu sofá branco de terra.

Anahí: Alfonso, vai se foder. — Ele não conseguiu evitar o sorriso de canto ao ouvir aquilo naquele tom de voz.


Alfonso: Aqui. — Disse, passando uma pasta pra ela enquanto levava a caneca de café a boca. 


Anahí: O que é isso? — Perguntou, abrindo a pasta.


Alfonso: Seu ateliê. Já está ativo outra vez, no mesmo local. Aliás, os funcionários já devem estar lá. — Disse, olhando a hora.


Anahí: Como você conseguiu fazer isso? — Perguntou, e ele ergueu a sobrancelha pra ela, que revirou os olhos. — Ok. Eu vou trabalhar. — Disse, decidida, e se enrolou no lençol, saindo dali.


Alfonso: Aproveite e mande alguém vir limpar o sofá. — Alfinetou, e ela o olhou por cima do ombro... Um olhar nada educado.

Alfonso saiu vinte minutos depois; já estava atrasado. Estava anos atrasado. O elevador abriu, e ele entrou no apartamento de Jennifer olhando em volta. Jonathan veio da cozinha, lendo o jornal e comendo uma maçã, e a próxima coisa que teve noção foi do punho de Alfonso acertando o meio do seu rosto. Nariz quebrado, com certeza, mas veio um segundo murro, um terceiro...


Alfonso: Verme, lixo... — Murmurava entre os murros, mesmo depois do outro ter caído.


Enquanto Você Dormia (Efeito Borboleta - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora