Contém: Assassinato, suicídio e conteúdo sexual explícito
.
Muitos não gostavam do cheiro ou da cor, mas Kim Dahyun amava a sensação do sangue ainda quente em suas mãos. A cor vívida clareando em contato com a água enquanto a garota esfregava o corpo no banho.
Tinha sido um dia de diversão, e uma noite de prazer. A coreana tinha dois empregos e gostava de ambos, mas tinha que confessar que o que fazia durante o dia lhe deixava mais extasiada do que ao anoitecer.
Ela era uma stripper ainda desconhecida a noite, a boate que trabalhava sendo um amparo quando se viu perdida entre dois caminhos, e escolheu o pior na visão de todos, mas Dahyun nunca disse que queria seguir a mesma linha de raciocínio da sociedade sobre o que era bom ou não.
Ela tinha uma aura escura desde criança e era notável e irreparável, uma criança que preferia enterros a aniversário era totalmente questionável. Agora com seus 20 anos de idade, ela sentia que as emoções tinham aflorado a cada coração que ela escutava bater uma última vez.
A água caía em seus cabelos loiros, tirando os respingos vermelhos, os olhos se mantinham fechados, mesmo com sua mente aberta em mil pensamentos. Ela não se questionava porque gostava tanto daquelas sensações, apenas gostava e ponto.
A jovem gostava de como pegava as pessoas de surpresa, gostava de ver a veia em seus pescoços pulsar mais forte, a respiração entrecortada. Gostava da sensação líquida nas mãos, e em quanta força tinha que fazer para tirar a sua lâmina da estrutura óssea que atingiu.
Kim Dahyun não se importava com quanto tempo aquela vida demorou para ser gerada, não ligava para quantas palavras aquela pessoa aprendeu ou quantas línguas ela falava. No final, todo o conhecimento adquirido na escola, faculdade ou trabalho era em vão quando não conseguiam se defender de um golpe da loira.
Eles desperdiçam suas horas com coisas banais, se matavam de trabalhar, eram loucos por dinheiro, queriam amor e companheirismo. Dahyun achava isso tudo uma bobagem.
Era tudo muito simples para a garota, algum ser rancoroso entrava em contato com ela e lhe oferecia dinheiro, dinheiro esse que ela conseguia se manter e comprar seus equipamentos. Lhe davam um nome e uma data, e fácil assim a vida que alguém demorou normalmente mais de quinze anos para construir, era detonada por algum objeto cortante, às vezes as próprias unhas longas da assassina.
— Dahyun, telefone pra você
Ela escutou a japonesa falar por trás da porta e fechou o registro do chuveiro. Hirai abriu a porta e entregou o telefone para a mão estendida seca rapidamente na toalha de Dahyun.
— Alô?
— Ouvi dizer que você é boa com prazos
O sorriso largo estampou seu rosto sombrio e ela escutou a pessoa do outro lado da linha atentamente. Pelo visto essa noite não dançaria na boate, mas conseguiria obter prazer de outra forma.
×
Chou Tzuyu gostava de receber suaves beijos do vento, o prédio mais alto da cidade era sempre visitado ao anoitecer pela taiwanesa. Ela se sentava na beira do mesmo e observava tudo se encolher lá embaixo, os carros, as pessoas, seus problemas.
Criada para matar, criada para ser uma arma, era isso que Tzuyu era para sua família, um fantoche preso em cordas. Porém mais cedo naquele dia ela havia cortado todas as linhas que a prendiam.
Ao contrário do que ela poderia fazer, que seria matar todos aqueles que a fizeram ter uma vida miserável, ela somente os ameaçou com seu "jeitinho" e saiu pela porta da frente. Assinou sua liberdade pela manhã e já sabia o que viria a seguir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Linha Sanguínea - Datzu
General FictionDahyun e Tzuyu eram assassinas de aluguel e foram contratadas para matar uma a outra, mas o que seus chefes não sabiam é que elas também eram amantes. O sentimento superaria uma ordem? o dinheiro? ou quem sabe a sede por sangue? - OneShot, 2022 ∆ So...