Magnólia é uma mulher que soube aproveitar todas as oportunidades que a vida lhe deu. Estudou, se dedicou, tornou-se uma mulher forte e independente que tem sua mentalidade bem diferente da maioria das mulheres de sua idade. Sendo uma grande referên...
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Confesso que revê-la depois de vinte anos mexeu comigo de diversas formas. Boas e ruins! Magnólia se tornou uma mulher muito determinada, de caráter definido, de um censo crítico intenso, assim como seu olhar num tom amarelo sol que me acendeu de uma forma que me deixou constrangido.
Fiquei curioso com sua atitude explosiva diante das meninas que trouxe para casa. Não consegui definir se ela agia como uma irmã mais velha ou como uma mulher que estava com ciúmes. De qualquer forma, foi interessante vê-la nervosa ao ser questionada sobre.
O fato é que essa mulher que retornou de Londres me irrita muito. Nem de longe consigo vê-la como a minha maninha Mag. Seu temperamento explosivo, sua arrogância demasiada por saber que é boa no que faz e seu nariz empinado me deixam nervoso.
Ademais, sua cobrança e insistência para que eu fosse até a empresa e assim participasse da reunião me deixou possesso. Pensei que ela tinha sentido minha falta e que viria aqui para conversarmos sobre os motivos que a fizeram me ignorar por anos, mas não. A mulher simplemente veio me chamar atenção, ignorando seu sumiço de duas décadas, e no fim perdi minha paciência.
Ela me deixou muito puto!
Quando ela saiu daqui, meu pai apareceu para me chamar a atenção. Disse que a empresa era minha obrigação e que eu tinha que estar perto dela. Não dei muita ideia as suas palavras para não perder a razão e desrespeitá-lo, mas a verdade é que não gostei nada disso.
Fui à empresa simplesmente para dizer que não voltaria tão cedo, já que estava me dando férias. Não daria certo eu e Mag trabalhando no mesmo lugar, certamente entraríamos em conflito a toda hora, pois é o que tem acontecido conosco desde quando ela chegou aqui.
Vi seu olhar de decepção quando me retirei da sala de reunião. Decidi sair da empresa e caminhar pelas ruas da cidade tentando entender o que está acontecendo conosco. Não era para estarmos assim, sempre fomos muito próximos, amigos e até irmãos e, apesar de sermos adultos agora, ainda a vejo como aquela menina que me deixava dormir em seus braços quando tinha medo.
Passei anos tentando encontrar em outras pessoas os cuidados e carinhos que recebia de Mag. Nos dois primeiros anos, quando fomos passar as festas de fim de ano em Londres, eu já sentia a sua indiferença para comigo. Ela já não me tratava do mesmo jeito, com a mesma atenção e carinho. Pensei que fosse por causa da faculdade, até que um dia, quando terminei meu fundamental e fui para o ensino médio, liguei pra ela com o intuito de lhe contar que fui muito bem na escola e um homem atendeu dizendo que ela não podia falar comigo por estarem muito ocupados.
Na época, não entendi muito bem o que seria essa ocupação, mas hoje eu sei que ela me trocou pra foder com homens que ela mesma depois critica e descarta. Não foi nada legal isso. A partir daí, deixei-a em paz. Se ela não se importava comigo, eu também não iria me importar com ela. Passei a sair com garotas, fiz muito sexo com elas, beijei, curtir e tentei fazer amigos. Mas, no final de tudo, era a Magnólia que vinha em minha cabeça.
