Você sorriu carinhosamente para o lindo vaso de rosas vermelhas no balcão. Você amava a cor vermelho em todo o seu ser, a cor da paixão e dor amor, a cor do sangue, a cor do desejo. Ser florista é a profissão perfeita para a Mãe Natureza exercer. Você é um Eterno.
Desde almilhões de anos, quando você e seus companheiros de equipe pousaram na Terra, os humanos a conheceram e deram o nome de Mãe Natureza, ou na cultura grega, Gaia. Você era amorosa, calma, gentil e boa. Os humanos se sentiam bem com você, você os passava uma sensação de conforto e paz. Todos amavam você e confiavam em você, desde os primeiros povos você era representada como a deusa mãe. Seus poderes tinham aver com a terra. Você curava, você era símbolo da fertilidade e generosidade.
Sua atenção foi roubada da flor quando você ouviu o sino da porta tocar. Seu olhar se levantou para o homem loiro que entrou, seus olhos azuis eram cintilantes. Você sentiu uma bondade irradiar dele, mas você sabia que ele não era de um todo bom. O loiro se aproximou com um sorriso simpático, porém arrojado.
"Olá! Como posso ajudá-lo?" Você sorriu simpática, como sempre.
"Você tem rosas vermelhas?" Ele perguntou, uma fina camada de expectativa.
"Claro!" De seu lugar, atrás do balcão, você apontou para as rosas vermelhas em vasos do outro lado da loja. "Além de vermelhas, temos rosas negras também."
"Rosas negras?" Seu sorriso branco perolada surgiu em um sinal de surpresa. "Impossível... Elas são raras, quase inexistentes..."
"Ela existem na Turquia, se chamam Rosas Halfeti." Você sorriu para ele. "Com um pouco de química, consegui cultivar por aqui..."
No exato momento, o sinal tocou novamente e uma mulher ruiva entrou pela porta. Você foi pega de surpresa por sua imensa beleza, lindos olhos verdes e intensos, mechas vermelhas como fogo é um um pequeno sorriso perigoso nos lábios.
"Tem certeza que usou química?" Ela disse, a voz rouca e sensual. "Poderia jurar que seus poderes que as cultivaram."
"Bem, dá para notar que vocês não são clientes." Você levantou levemente os braços, um brilho dourado saindo de suas mãos. "Não gosto de machucar ninguém, então, vocês podem ir e me deixar em paz. É uma chance."