Uma Perdição de Playboy: Por Trás dos Seus Medos (Livro 2) - DEGUSTAÇÃO

Capítulo 1 - No fundo do poço! (Parte 1 - Acontecimentos)

Oi, amores! Bom dia! Tudo bem?

Espero que sim!

Bora de capítulo? Ansiosa para compartilhar a história de Bela e Phillip agora completa para vocês. \o/

Uma fim de semana MARA e abençoado pra gente! <3

P.S.: Caso queiram ler o livro todo antes de concluirmos aqui na plataforma, ele está disponível na Amazon. Link na minha BIO.

***

Bela Gusmão

Não me pergunte quantos dias, horas ou até mesmo minutos se passaram desde o dia em que decidi congelar meu coração. Pergunte-me apenas, se ainda estou viva e de pé... Ou melhor, não me pergunte nada. Só me deixe aqui caída, sentindo a água fria em minha pele e as inúmeras canções de amor que faziam parte da minha trágica história de amor...

Uma luz clara invadiu a escuridão do meu quarto e a voz do rei Roberto Carlos que inspirava o meu poema sofrido foi interrompida de forma brusca, dando lugar à voz de uma vaca chamada Sara Dias Bittencourt.

— Mas que palhaçada é essa?

Levantei de cara feia e olhei para a minha amiga inconveniente e estraga-prazeres.

— Eu que te pergunto... Que palhaçada é essa?

Atrevida como sempre, levantou o nariz arrebitado, abriu a bolsa e pegou o celular. Sentei na cama, tentando me adaptar à claridade que incomodava meus olhos e cruzei os braços. Sem que eu esperasse, Sara apontou a câmera do celular na minha direção e tirou uma foto.

— Se você não tirar essa bunda da cama agora, medusa... — pausou de forma ameaçadora —... juro que posto agora sua foto no Instagram e marco todo mundo que vier à minha cabeça.

— Você não teria coragem! — a desafiei com o olhar e fui retribuída da mesma forma.

— Quer pagar para ver? Porque se você quiser, incluo mais uma dívida no meu bloquinho de anotações.

Levantei-me da cama e caminhei a passos largos e ligeiros até o banheiro, e quando me olhei no espelho, tomei um susto com o estado deplorável do qual eu me encontrava.

— Jesus!

— Apaga a luz! — disse atrás de mim aos risos.

Meus cabelos estavam um emaranhado de fios, minhas olheiras um buraco negro e minha pele de pêssego, mais parecia um maracujá com as marcas do edredom e travesseiro.

— Eu só queria saber quem deixou você invadir meu território? — Apoiei as mãos na pia e olhei por cima do ombro para Sara.

— Não se esqueça de que eu tenho total liberdade na sua casa, Bela Gusmão. E, pare de falar e agir como se estivesse no Discovery Channel.

— Liberdade essa que já está se tornando inconveniente. Eu estava curtindo a minha dor, ouvindo o rei e recitando um poema de minha própria autoria quando você entrou como a dona do lar e estragou todo o meu momento depressivo. Por que você é assim?

Peguei minha escova de dentes e dei início à minha higiene pessoal. Higiene essa que estava fazendo somente uma vez ao dia. Deplorável, eu sei!

— E, qual o problema de assistir Discovery Channel? — tirei a escova da boca e falei, irritada.

Sara me olhava de cara fechada, com o celular encostado no queixo. E, depois de um tempo pensando, disse:

— Você é bem grossa, sabia?

Parei por um segundo e a encarei pelo espelho. Pela milésima vez, eu a tratei mal e a chateei. Já fazia duas semanas que Sara vinha aqui e levava as mesmas patadas de sempre. No início, ela sofreu junto comigo, chorou e se entupiu de besteiras, mas depois que foi com o meu irmão buscar minhas coisas no apartamento do Charles, ela voltou nervosa e diferente. Tentei arrancar dos dois o que tinha acontecido, mas não tive sucesso. Daquele dia em diante, Sara colocou uma meta na vida dela chamada: tirando a Bela da fossa!