Ele me mordeu.
O tipo de mordida que levaria meses para desaparecer.
O tipo de mordida que tornou óbvio para cada lobisomem no mundo
exatamente a quem eu pertencia. O tipo de mordida que gritava que eu
pertencia a ele.
Aiden Norwood tinha acabado de me marcar. "Você é minha para a
temporada", ele sussurrou. "Outro homem toca em você e eu o matarei."
Então ele se virou e me deixou lá na entrada da Casa da Matilha.
Eu não sabia se queria fazer amor com ele ou matá-lo.
Uma coisa era certa; um dos dois ia acabar acontecendo.
Capítulo 7 - As Meninas
Sienna
Quando alguém sorri em público, sozinho, sem motivo aparente, sem nenhuma
preocupação no mundo, isso só pode significar uma coisa: paixão na certa.
Isso foi o que eu vi quando olhei para Emily, minha melhor amiga, sentada no ponto de
ônibus, esperando por mim, chutando seus sapatos distraidamente. Um grande sorriso bobo
no rosto.
"Em!" Eu gritei, acenando.
Ela se virou, abalada por seus devaneios, e se levantou. Ela sorriu para mim, mas era
um sorriso diferente. Um sorriso mais moderado e familiar.
Nem perto do brilho do sorriso que ela guardou para si mesma.
"Ei, Si" ela disse, me dando um abraço rápido. "Então, o que está na agenda para
hoje?"
"Uma nova galeria que estou morrendo de vontade de conferir. Vamos!"
Achei melhor interrogá-la no caminho. Dê-lhe um segundo para se orientar primeiro.
Afinal, o amor não era uma prioridade na minha vida atualmente. Eu tinha apenas quinze
anos. A Bruma só começaria no ano seguinte. Nada no mundo poderia me preocupar agora.
Mas isso não significa que eu não estava curiosa. Enquanto caminhávamos por um
atalho panorâmico no meio da cidade, descobri que não conseguia mais me conter
"Então", eu disse, olhando para Emily, "tem alguma coisa pra me contar, Em?"
"O quê? "Emily disse rápido demais. "Eu... não sei do que você está falando."
Nada convincente. Suas bochechas vermelhas e olhos penetrantes traíram qualquer
segredo que ela estava escondendo.
"Qual é, Em!" eu disse, cutucando-a. "Sou eu. Você sabe que pode me contar qualquer
coisa"
Emily suspirou, olhos no chão, chutando uma pinha. Mas eu sabia que ela iria desabar.
Éramos melhores amigas. Nunca guardamos segredos. Por que Emily iria começar agora?
"Você jura não contar a ninguém?"
"Juro por tudo."
E eu falei sério. Os olhos de Emily finalmente encontraram os meus, e eu vi uma
sugestão daquele sorriso radiante nos cantos de sua boca. Ela mal conseguia se conter.