Quando saio do banho, não encontro Jimin no quarto, mas alguns minutos depois o vejo passando pela porta.
― Onde estava, lindo?
― Fui pegar algo para comer. ― mostra o pacote de salgadinhos.
Há algo de errado com ele, percebo na hora. Mas antes que eu possa dizer algo, Jimin passa por mim entrando no banheiro e se tranca lá.
― Jimin? ― chamo, batendo de leve na porta ― Está tudo bem, amor?
Não obtenho resposta.
― Jimin, amor, estou preocupado. Aconteceu algo? ― insisto.
Ele não me responde, mas ouço o chuveiro ser ligado.
Suspiro, decidido a esperar que ele saia.
Termino de me trocar, colocando uma calça moletom cinza que sempre uso para dormir e uma regata preta.
Conto no relógio os minutos que Jimin fica trancado no banheiro. Depois de quase meia hora lá dentro com o chuveiro ainda ligado, decido que não vou mais esperar coisíssima nenhuma. Vou até a porta batendo com mais urgência e decido usar a força para arrombar a porta se for preciso. E é o que eu faço quando continuo não obtendo resposta.
― Jimin? ― busco pelo platinado no banheiro, o encontro agachado dentro do boxe do chuveiro embaixo d'água. Ele ainda está vestido, abraçado aos joelhos e tremendo.
― Lindo? ― entro no chuveiro me agachando na sua frente. ― O que você tem, Ji? ― pergunto super preocupado.
Ele não responde com palavras, mas agarra meu pescoço me abraçando desesperado.
― O que houve meu amor? ― pergunto novamente, ainda mais preocupado.
― Só me abraça. ― pede com a voz fraca e arrastada, como se tivesse andado chorando.
― Oh, meu amor! ― o abraço bem forte.
Ficamos daquele jeito por um tempo bem longo, até que o mesmo se acalme. Eu me levanto trazendo ele comigo, desligo o chuveiro e saímos do box. Pego sua toalha pendurada o enrolando antes de pegá-lo no colo e levá-lo para o quarto. O deito em sua cama e ele me puxa para perto no mesmo instante, como se achasse que vou fugir.
― Eu vou ficar agarradinho a você, amor, mas primeiro vamos tirar essa roupa molhada ou vai pegar um resfriado. ― comento calmamente e carinhoso. Ele apenas assente.
Começo tirando sua blusa molhada e depois a calça. Pego roupas secas em seu armário e as visto com cuidado em seu corpo frágil. Jimin ainda está tremendo um pouco.
― Vai ficar tudo bem, lindo. ― terminando, me deito ao seu lado puxando seu corpo para perto do meu. Então, percebo o quanto de fato está trêmulo.
Um forte aperto se estabelece em meu peito, odiando vê-lo desse jeito e não saber a causa e como ajudar. Permaneço o abraçando até que se estabilize de alguma maneira.
Meia hora se passou, sinto que se acalmou, pois seu corpo não está mais trêmulo e sua respiração está tranquila, como se tivesse pego no sono. E estou certo, Jimin adormeceu abraçado a mim, com a cabeça pousada no meu peito e as mãozinhas apertando o pano fino da minha regata.
Não me restando mais nada, eu também adormeço, me aconchegando mais ao seu corpo quente e pequeno. Amanhã sem falta eu lhe perguntarei o que houve.
Acordo pela manhã e não vejo Jimin ao meu lado na cama.
Me sento olhando em volta a procura dele, mas nada do platinado dentro do quarto. Levanto da cama indo procurá-lo no banheiro, mas só encontro o cômodo vazio.
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Colegas de Quarto {Vmin}
FanficO pai de Park Jimin não vendo solução, coloca o filho no Internato Vinci, o melhor colégio de elite de Busan, na esperança dele tomar jeito. No novo colégio, Jimin conhece um grupo de garotos, os quais parecem dispostos a serem seus amigos. Porém...