É aqui que começa

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As explosões estavam sendo feitas e sendo correspondias com outros sinais de fumaça, me dando ainda mais esperança de que era ela dizendo que estava ali, que ela estava me esperando, que ela estava me procurando assim como eu a procurei desde que despertei.

Taiju e Yuzuriha foram a procura de madeira que pudessem ser usadas como lenha para aumentar a fumaça.

Mas não levou tempo para que Tsukasa voltasse com uma lamina no pescoço da morena.

- "Se as armas da ciência entrarem em jogo, eu não serei o mais poderoso". Parece que você está prestes a perder o controle, Tsukasa. - Provoquei. 

- Poderia dizer isso. Se fizer armas da ciência e reviver as antigas gerações, eles vão começar a guerrear por interesse e voltaremos a criar um mundo manchado. Eu não importaria de sujar minhas mãos para acabar com isso. - Respondeu.

- Agora você terá que matar Senku, O Cara da Ciência, não é? Todo o EUA estaria chorando se ouvisse que a sua sentença misericordiosa é a pena de morte.

- Sim. Mas, primeiro, não se importaria em me dar a receita para o fluido de reviver da petrificação? - Questionou ao aproximar a lâmina no pescoço de Tsukasa.

Ele não estava para brincadeira, ele mataria a garota sem hesitar. Estralando o pescoço, disse:

- Desculpe, mas não sou gentil como você. Eu só consigo descobrir coisas com lógica. Não me interessa o que fizer com essa mulher. Tem muitas mulheres por aí.

Em resposta, ele cortou o cabelo castanho da garota, aquele pelo qual ela tinha grande apego, deixando seu pescoço á mostra.

- Não tente negociar, Senku. Você nunca enterrou a Yuzuriha. Sua melhor escolha teria sido enterrar a Yuzuriha em algum lugar, longe de onde ela foi petrificada. Assim ela nunca se tornaria refém. Não tem como não ter pensado em algo que até eu pensei. Mas você não fez isso. Foi pelo Taiju ou pela Yuzuriha? Não, deve ter sido pelos dois.

Droga! De fato, eu teria feito isso se os dois não fossem tão apaixonados, era uma opção mais lógica.

- Você se diz lógico, mas tem amigos que são importantes para você. - Continuou. - Eu tenho muitos admiradores, mas nenhum humano precioso. Por isso, Senku, eu ganhei. 

- Na verdade. - Começou Yuzuriha levando as mãos ao cabelo recém cortado, massageando seu couro cabeludo. - Eu até que gostei disso. Lavar o cabelo é horrível neste mundo.

Ela pegou a lâmina e a aproximou de seu pescoço.

- Não conte para ele, Senku. Enquanto ele não tiver a receita do liquido para sobreviver, o Tsukasa não pode mata-lo. Eu não me importo. Mas você tem que sobreviver para garantir o futuro de todos.

Me senti encurralado.

Yuzuriha era uma amiga. Uma grande amiga. Que não se importa em colocar a mão no fogo por seus amigos. Ela era, não apenas a minha amiga, mas o amor de Taiju e uma das amigas mais estimadas de S/N.

Suspirando fundo, lhe contei a fórmula. Ele não tinha mais motivos para me deixar viver. Mas Yuzuriha, Taiju e minha amada S/N vão ficar bem.

Se aproximando de mim, oferecendo algo que eu não iria concordar, mesmo sabendo disso, me ofereceu. Abandonar a ciência era algo que eu não concordaria e ele sabia disso.

Estralei meu pescoço novamente. E, avisando que iria atingir meu nervo cervical com um único golpe, me senti satisfeito. 

- Senku, se tivéssemos nos encontrado há 3.700 anos atrás... - Não consegui não imaginar como teria sido bom se tivéssemos tal amizade. - Se tivéssemos nos encontrado antes desse planeta ter se tornado um mundo de pedra, você teria se tornado meu primeiro amigo.

Você vai nos salvar, meu doutorOnde histórias criam vida. Descubra agora